O roteiro de “A Grande Família – O Filme”, que foi escrito por Cláudio Paiva e Guel Arraes, segue uma linha independente da do seriado. Após a morte de um colega de trabalho, Lineu procura um médico para fazer um check-up. O resultado dos exames indica que Lineu tem uma mancha no peito. Temendo o pior, o patriarca decide não saber se as suas perspectivas de vida são boas. Pensando que vai morrer, Lineu começa a se preocupar com o futuro daqueles que irão permanecer após a sua partida.
Quem acompanha com regularidade o seriado sabe que, além da personalidade certinha, um dos traços marcantes de Lineu é a condição dele de pilar da família Silva. É à sua correção e conforto que todos recorrem. O que a trama de “A Grande Família – O Filme” reitera é somente a transformação que Lineu tenta fazer nos seus parentes. Ele quer que Agostinho deixe a vida de malandro e ofereça segurança financeira para Bebel (ainda mais agora que eles decidiram ter um filho). Ele quer que Tuco decida finalmente qual o rumo que dará à sua vida. E, principalmente, Lineu quer ter a certeza de que Nenê continuará a ser bem cuidada. É nesta última parte que o filme nos introduz a um novo personagem: Carlinhos (Paulo Betti), o gerente de supermercados com o qual Nenê planejava se encontrar na noite em que acabou começando a namorar Lineu.
“A Grande Família – O Filme” começa quando Lineu e Nenê estão prestes a completar quarenta anos de casados. A celebração do aniversário de casamento é feita sempre no baile em que eles se conheceram. A notícia que Lineu recebe sobre o seu estado de saúde faz com que ele comece a tomar uma série de atitudes, as quais são recebidas com estranhamento pela sua família e que fazem com que Nenê se reaproxime de Carlinhos.
“A Grande Família – O Filme” é uma película que agradará em cheio aos fãs do seriado. Para os cinéfilos que não conhecem o programa, o filme será também uma experiência interessante. O diretor Maurício Farias escolheu um recurso narrativo já utilizado em filmes como “Corra, Lola, Corra” e retrata o desespero de Lineu em três versões diferentes, mas que possuem algo em comum: a valorização da família como o eixo principal de nossas vidas, afinal essa é a única constante que possuímos.
Cotação: 6,5
Crédito Foto: Yahoo! Cinema
13 comments:
Kamila, sem querer entrar nos "méritos" de Guel Arraes e seu cinema popular, mas eu fico chocado quando vejo em entrevistas na tv ou revistas os cineastas tupiniquins falando que o nosso cinema está cada vez melhor.
Sinceramente, é preocupante essa grande presença de Trair e Coçar..., Muito Gelo e Dois Dedos..., Zuzu Angel diante de poucos e raros O Céu de Suely ou Cinema, Aspirinas e Urubus.
Acredito que A Grande Família - O Filme possa até ser um passatempo divertido e cômico, mas esse não deve ser o futuro buscado pelo cinema brasileiro.
bjo!
Assino embaixo de seu comentário, Túlio. Concordo com tudo que você falou. Filmes como "A Grande Família" são bons para trazer um público que não frequenta muito as salas de cinema. Mas, o ideal seria que tivéssemos mais "O Céu de Suely" e raros "A Grande Família".
Beijo.
OPSS, podem colocar meu nome nessa ai tb, concordo plenamente.
A QUEM ELES (GLOBO) QUEREM ENGANAR???
Sim! O CÉU DE SUELY e CINEMAS, ASPIRINAS E URUBUS! E CIDADE DE DEUS!!!
Abs!
Que bom que, pelo menos em relação a este tema, todos nós concordamos! :-)
Kamila, e repito: que bom que todos aqui estão conscientes de quanto o caminho que está sendo traçado pelo cinema brasileiro pode dar em nada. Uma coisa são Central do Brasil, Cidade de Deus, Cidade Baixa ou O Céu de Suely - filmes de boa qualidade lançados vez ou outra. Outra é encher nossas telas com filmes que parecem telenovelas - Olga, alguém? - ou desperdiçar dinheiro de incentivo público com as "preciosas" obras do Moacyr Goés. Aliás, se tem um cara que presta um desfavor ao desenvolvimento do nosso cinema, é ele.
Abs!
Túlio, se o Cassiano pega no pé de "Os Infiltrados", você pega no do Moacyr Góes. :-)
Kamila, Moacyr Góes é um mercenário esquizofrênico que vende sua pseudo-obra em troca de alguns níqueis e ainda parece feliz por aceitar dirigir videoclipes em longametragem da Xuxa e constrangedoras obras do padre Marcelo Rossi. Odeio ele.
Sim! Moacyr Góes e Daniel Filho fazem mil filmes por ano!!!
Abs!
Respeito sua opinião, Túlio.
Kamila, vc pode até perguntar "por que tanto ódio no meu coração", mas te digo que tenho motivos pessoais para odiar o tal do Moacir Gois. Odeio!
bjo!
Não faria esse tipo de pergunta, Túlio. Eu também odeio algumas pessoas da indústria cinematográfica! :-)
Olá Kamila, sou psicóloga e no município onde trabalho desenvolvo um projeto social com famílias que recebem recursos do programa bolsa família.
Estou a procura de algum filme que aborde os conflitos familiares, você tem alguma sugestão???
Meu e-mail para contato é: alexandra@wnet.com.br
Obrigada!!!
Abraços,
Alexandra V. de Oliveira
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