No documentário, Guggenheim equilibra imagens da palestra de Al Gore com vídeos e depoimentos do dia-a-dia do ex-vice-presidente dos Estados Unidos em que ele enumera o seu histórico com o tema do meio-ambiente (numa paixão que começou ainda pequeno na vivência na fazenda da família e se consolidou mais tarde na faculdade e na luta no congresso e na vice-presidência do país), bem como momentos cruciais de sua vida pessoal (o acidente com o filho caçula e a morte da única irmã) que o fizeram lutar ainda mais por essa causa.
Toda a argumentação de Al Gore parte de uma simples pergunta: “qual o mundo que você gostaria de deixar para os seus filhos?”. Esse é um questionamento pertinente e todas as respostas que Gore oferece são muito bem fundamentadas em índices, pesquisas, artigos e reportagens. O ex-vice-presidente refuta as críticas aos teóricos que defendem a urgência da preservação do meio-ambiente. Gore ainda soluciona as dúvidas gerais do público sobre o tema e faz com que a gente entenda a importância de brigar por esta causa.
“Uma Verdade Inconveniente” é um documentário informativo, elucidativo e impressionante em certos momentos. A idéia por trás do filme é muito interessante. Se Al Gore não pode dar as palestras em todas as cidades do mundo, com o filme ele poderá fazer com que a sua mensagem alcance um número muito maior de pessoas. Ao fazer com que nós tomemos uma atitude positiva diante do tema do aquecimento global e dos danos do homem no meio-ambiente, “Uma Verdade Inconveniente” acaba dialogando muito com “A Rainha”, um outro filme que mostra que um ato pode fazer muita diferença em se tratando da política.
“Uma Verdade Inconveniente” é o tipo de filme que deve ser visto por todos e que deve ser passado nas escolas, faculdades e associações comunitárias. O cuidado com o planeta é uma necessidade urgente. Ainda não se convenceu? Fique então com as palavras de Al Gore ao receber o Oscar de Melhor Documentário no último dia 25 de fevereiro: “Meus caros americanos e pessoas ao redor do mundo, nós precisamos resolver o problema da crise climática. Essa não é uma questão política, é uma questão moral. Nós temos tudo que nós precisamos para começar, com a exceção da vontade de agir. E este é um recurso renovável, vamos renová-lo”.
Cotação: 9,5
Crédito Foto: Yahoo! Movies
10 comments:
Chegou na locadora, né??? Tenho que alugar. Ainda mais pq vc deu nota 9,5!!!!!!
bjs!
Chegou na locadora, Otávio. Mas, eu assisti ao documentário no cinema mesmo. Pode alugar o filme sem medo.
Beijo!
Outra coisa, gosto muito dos seus textos. Acho que já disse isso, não? Mesmo discordando algumas vezes (o q é normal), considero suas opiniões relevantes e tentarei alugar o DVD neste final de semana...
Falando em cinema, hoje estreou em SP os seguintes filmes: MOTOQUEIRO FANTASMA, LETRA E MÚSICA e NOTAS SOBRE UM ESCÂNDALO.
Bjs!
Otávio, muito obrigada pelo elogio. Também adoro os textos que você escreve. As discordâncias são naturais e bem aceitas. Gosto é de discutir cinema.
Aqui em Natal, as estréias foram "Letra e Música" e "Motoqueiro Fantasma".
Beijo e bom final de semana!
As estréias de Natal foram as mesmas de Goiânia, Kamila!
Há muito tempo um documentário não dava tanto o que falar (Michael Moore, alguém?), e esse Uma Verdade Inconveniente me pareceu bastante sincero. Kamila, já percebi que você gosta muito de política: deu 10 para A Rainha e 9,5 para esse que dialoga com o filme do Frears.
bjo e grande fim de semana!
Túlio, não sou fã dos políticos, mas gosto de discutir política e gosto de filmes que se posicionam, como "A Rainha" e "Uma Verdade Inconveniente".
E você foi mais do que feliz ao dizer que "Uma Verdade Inconveniente" é um filme muito sincero. O que é bom é que o Al Gore, ao contrário do Michael Moore em seus filmes, não é o foco do documentário. O importante é a mensagem que ele tem para passar.
Beijo.
Oi Kamila, eu ainda não vi esse filme, mas fiquei muito desapontado em saber que a casa do Al Gore consome 20 vezes mais energia que uma família média norte-americana, a sua equipe não desmentiu e disse que ele tentará mudar isso, ou seja, faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço, é um pouco demais.
Vejam a noticia nesse link: http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2007/02/28/ult1766u20541.jhtm
Kamila, também gosto muito de filmes que tomam posição, mesmo que eu não concorde com ela.
E também a música desse documentário é belíssima. Torci muito pela vitória dessa canção no Oscar, porque a apresentação da Melissa E. foi o momento-reflexão da noite.
bjo!
Cassiano, li essa notícia e fiquei extremamente decepcionada. Pensava que o Al Gore colocava em prática o que prega (uso de energias alternativas, e de equipamentos eletrônicos econômicos)....
É aquela velha história do "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço".
Túlio, a canção da Melissa é muito bonita e casa perfeitamente com o filme - o que é mais legal ainda. Mesmo assim, ainda torcia por "Love You I Do" no Oscar.
Beijo.
Tb fiquei Kamila, e me desmotivou muito para ver esse filme.
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