Desde 2002 que o diretor, produtor e roteirista Sam Raimi não pensa em outra coisa a não ser no Homem-Aranha, um dos mais populares personagens de histórias em quadrinhos da história. Raimi, ao lado de Bryan Singer (e seu “X-Men – O Filme”, de 2000), são os responsáveis pelo renascimento de um gênero que andava bem decadente: o de filmes baseados em histórias em quadrinhos. Os dois diretores têm muita coisa em comum: ambos são fãs dos livrinhos, respeitam os seus personagens e as histórias que eles protagonizam e, principalmente, um apurado senso cinematográfico – o que faz com que os filmes deles sejam únicos e sigam uma linha de continuação que não contradiz em nada o que foi abordado anteriormente.
Os filmes do Homem-Aranha são ancorados, basicamente, por uma frase que foi dita para Peter Parker (Tobey Maguire), pelo seu tio Ben (Cliff Robertson), no primeiro filme da série: “grandes poderes trazem grandes responsabilidades”. É justamente a morte de Ben, que foi assassinado após uma tentativa de assalto, que faz com que Peter Parker assuma de vez o manto do Homem Aranha, lutando pelas pessoas indefesas e fazendo a sua parte para deixar o mundo um lugar mais pacífico.
Em “Homem-Aranha 2”, Peter se vê dividido entre o seu lado herói e o seu lado humano. Ele não consegue ajudar as pessoas que mais importam em sua vida – a tia May (Rosemary Harris), o seu objeto de afeição Mary Jane Watson (Kirsten Dunst) e o melhor amigo Harry Osborn (James Franco) – e, por causa disso, aposenta o seu uniforme. Um novo vilão, no entanto, o faz voltar à ativa.
Na terceira aventura do herói nos cinemas, “Homem-Aranha 3”, Peter Parker está, provavelmente, no momento mais especial de sua vida. Tudo está dando certo. Ele continua conciliando a faculdade e o trabalho como fotógrafo e, além disso, conquistou de vez o amor de Mary Jane – com quem pretende se casar. Quando a polícia o procura para dizer que o verdadeiro assassino de seu tio, Flint Marko (Thomas Haden Church), fugiu da cadeia, Peter começa a flertar com o sentimento da vingança, que o vai consumindo aos poucos.
O elemento mais interessante do roteiro de “Homem-Aranha 3”, que foi escrito por Sam Raimi, Ivan Raimi e Alvin Sargent, é a compreensão maior que eles nos oferecem sobre os vilões do herói. Eles são pessoas comuns, que se deixaram abater por suas obsessões (a sede de vingança no caso de Harry, a vontade de humilhar aquele que lhe causou o mal no caso de Eddie Brock/Venon – interpretado por Topher Grace – e o desejo de conseguir o dinheiro que pode trazer a saúde de sua filha de volta no caso de Flint Marko). Parker também tem a sua obsessão (encontrar para a polícia o assassino foragido de seu tio) e será consumido por esse lado negro (o Aranha abandona seu habitual uniforme em prol de um traje todo preto), se transformando num cara um tanto arrogante, seguro de si e cheio de “mojo” (a única coisa meio ridícula nisso tudo é o visual meio “emo”, com franjinha na cara e lápis preto no olho), que usa o seu poder exclusivamente para o seu bem próprio.
“Homem-Aranha 3” não é o melhor filme da série, mas é, provavelmente, o filme mais divertido da franquia até agora. Assistir Tobey Maguire se divertindo na pele do Peter Parker do lado negro vale o ingresso. O filme tem poucas cenas de ação (mas, acredite, todas as lutas entre o herói e seus vilões valem a pena) e o importante aqui é aprofundar de vez a construção do personagem Peter Parker e, principalmente, o de Mary Jane (pela primeira vez, vemos os seus medos e conflitos). Vale tirar o chapéu para Sam Raimi pela coragem de terminar “Homem-Aranha 3” sem um gancho para a continuação. A grande surpresa aqui é ver um filme que tem um começo, um meio e um fim bem desenhados. Acho que o Homem-Aranha acabou de passar pela sua fase de transição. Peter Parker não é mais aquele jovem tímido e desajeitado. Ele está entrando na sua vida adulta – e “Homem-Aranha 3” mostra isto com perfeição.
Cotação: 8,5
Crédito Foto: Yahoo! Movies
Os filmes do Homem-Aranha são ancorados, basicamente, por uma frase que foi dita para Peter Parker (Tobey Maguire), pelo seu tio Ben (Cliff Robertson), no primeiro filme da série: “grandes poderes trazem grandes responsabilidades”. É justamente a morte de Ben, que foi assassinado após uma tentativa de assalto, que faz com que Peter Parker assuma de vez o manto do Homem Aranha, lutando pelas pessoas indefesas e fazendo a sua parte para deixar o mundo um lugar mais pacífico.
Em “Homem-Aranha 2”, Peter se vê dividido entre o seu lado herói e o seu lado humano. Ele não consegue ajudar as pessoas que mais importam em sua vida – a tia May (Rosemary Harris), o seu objeto de afeição Mary Jane Watson (Kirsten Dunst) e o melhor amigo Harry Osborn (James Franco) – e, por causa disso, aposenta o seu uniforme. Um novo vilão, no entanto, o faz voltar à ativa.
Na terceira aventura do herói nos cinemas, “Homem-Aranha 3”, Peter Parker está, provavelmente, no momento mais especial de sua vida. Tudo está dando certo. Ele continua conciliando a faculdade e o trabalho como fotógrafo e, além disso, conquistou de vez o amor de Mary Jane – com quem pretende se casar. Quando a polícia o procura para dizer que o verdadeiro assassino de seu tio, Flint Marko (Thomas Haden Church), fugiu da cadeia, Peter começa a flertar com o sentimento da vingança, que o vai consumindo aos poucos.
O elemento mais interessante do roteiro de “Homem-Aranha 3”, que foi escrito por Sam Raimi, Ivan Raimi e Alvin Sargent, é a compreensão maior que eles nos oferecem sobre os vilões do herói. Eles são pessoas comuns, que se deixaram abater por suas obsessões (a sede de vingança no caso de Harry, a vontade de humilhar aquele que lhe causou o mal no caso de Eddie Brock/Venon – interpretado por Topher Grace – e o desejo de conseguir o dinheiro que pode trazer a saúde de sua filha de volta no caso de Flint Marko). Parker também tem a sua obsessão (encontrar para a polícia o assassino foragido de seu tio) e será consumido por esse lado negro (o Aranha abandona seu habitual uniforme em prol de um traje todo preto), se transformando num cara um tanto arrogante, seguro de si e cheio de “mojo” (a única coisa meio ridícula nisso tudo é o visual meio “emo”, com franjinha na cara e lápis preto no olho), que usa o seu poder exclusivamente para o seu bem próprio.
“Homem-Aranha 3” não é o melhor filme da série, mas é, provavelmente, o filme mais divertido da franquia até agora. Assistir Tobey Maguire se divertindo na pele do Peter Parker do lado negro vale o ingresso. O filme tem poucas cenas de ação (mas, acredite, todas as lutas entre o herói e seus vilões valem a pena) e o importante aqui é aprofundar de vez a construção do personagem Peter Parker e, principalmente, o de Mary Jane (pela primeira vez, vemos os seus medos e conflitos). Vale tirar o chapéu para Sam Raimi pela coragem de terminar “Homem-Aranha 3” sem um gancho para a continuação. A grande surpresa aqui é ver um filme que tem um começo, um meio e um fim bem desenhados. Acho que o Homem-Aranha acabou de passar pela sua fase de transição. Peter Parker não é mais aquele jovem tímido e desajeitado. Ele está entrando na sua vida adulta – e “Homem-Aranha 3” mostra isto com perfeição.
Cotação: 8,5
Crédito Foto: Yahoo! Movies
15 comments:
Kamila, incrível como você tocou no ponto!
Acho que o que mais me atraiu no filme foi isso, o começo-meio-fim. E sem falar que achava os filmes da série meio chatos por serem focados em poucos personagens. Agora não, com três vilões e mais uma penca de histórias simultâneas, o que se vê é que Sam Raimi não perde tempo e entrega acontecimento atrás de acontecimento.
Por isso, é impossível se cansar do filme, e no fim da sessão ainda fica um certo gostinho de "já acabou?". Claro que quero uma continuação, mas por Homem-Aranha não ser meu herói favorito e por não gostar tanto assim do Raimi, ficarei satisfeito se HOMEM-ARANHA 3 for o fim.
bjão!
Sem duvida Homem-Aranha 3, é o filme mais humano da trilogia, um filme emotivo fantasiado de uma aventura adolescentes, nos bombardeado com varias metaforeas.
Até mais.
Os: Minha critica do filme(http://revistadecinema.blogspot.com/)
Naum achei tão bem acabado como o Homem-Aranha 2,mas naum deixo de ver as suas qualidades.Diverte até certo ponto,mas cansa em seus inúmeros vilões e na necessidade de faz~e-los aparecer em cena(Venom então).Quanto ao personagem Peter Parker e a Mary Jane acho os pontos positivos deste terceiro filme.Fora isso, algumas fraquejadas de Raimi o tornam inferior ao segundo,mas naum catastrófico.
Bom, não sei quanto à vocês, mas eu não achei o filme nada cansativo. Acho que a quantidade de personagens (que alguns podem achar excessiva) não prejudica o andamento do filme.
Como o Túlio disse, o filme nunca é monótono. Sempre tem algo novo acontecendo.
O filme tem suas qualidades, mas tem um roteiro bagunçado. Disseram que a produção foi iniciada sem um roteiro pronto... não sei se é verdade, mas...
E as qualidades estão no efeitos visuais. Fantásticos. O Tobey Maguire é ótimo - só acho que a cena da dança na rua é patética, constrangedora. Eu confesso que ri, mas é ridícula. É o pior da série. Nunca ruim. Mas fraco em relação ao anterior.
Bjs!
Otávio, não sei se as filmagens de "Homem-Aranha 3" começaram sem um roteiro pronto. Como disse, eu acho que esse filme tem algumas qualidades. O melhor desenvolvimento da personagem Mary Jane, a abordagem do Peter Parker vingativo é muito boa, os efeitos são excelentes.
Foi também como eu disse. Não é o melhor filme da série. Também não acho que seja o pior.
Com certeza, Kamila, uma coisa nem quem não gostou do filme pode negar: não há espaço para tédio em Homem-Aranha 3! Até as piadas estão mais bem encaixadas (a barganha de J.J. pela máquina da garotinha é inesquecível!)
bjão!
Exato, Túlio. Sei que "Homem-Aranha 2" elevou o nível dos filmes da franquia, mas acredito que, antes de tudo, os filmes da série são uma diversão e devem ser encarados dessa maneira.
Beijo.
Kamila, eu e você estamos num nível de sintonia de 100%!!!!
hehehe
Agora é aguardar próximos filmes-diversão dessa safra que promete.
bjão!
É verdade, os meses de maio, junho e julho prometem em termos de diversão.
Beijo.
Hmm... eu acho que é possível fazer filmes de verdade em qualquer gênero. Mesmo em ação, aventura, ficção científica ou fantasia.
Acho que O SENHOR DOS ANÉIS, por exemplo, não é encarado (pela esmagadora maioria) como "apenas diversão". São filmes de verdade, assim como HOMEM-ARANHA 2 ou X-MEN 2. Ou OS CAÇADORES DA ARCA PERDIDA... Acho que esse rótulo serve para um A HORA DO RUSH... Se HOMEM-ARANHA 3 existe, sua obrigação é tentar superar o anterior, que elevou o nível da série. Ser ao menos divertido serve para um QUARTETO FANTÁSTICO 2, que sairia no lucro, afinal o 1 é uma bomba. Bom, é o que eu penso.
Bjs!
Foi o que eu disse um pouco mais acima, Otávio. Sei que "Homem-Aranha 2" elevou o nível artístico da franquia, mas, no final, acredito que os filmes da série foram feitos para o propósito de divertir. Não acho que as pessoas vão assistir a um filme como "Homem-Aranha" esperando ver uma obra-prima do cinema.
Beijo.
Não. Obra-prima não. Mas se o 2 elevou o nível, a responsabilidade do 3 aumenta. É isso...
E esse é o problema com esse tipo de filme... a maioria não leva a sério. Eu esperava um filmaço :-)
Bjs!
Otávio, entendo seu pensamento. Sei que existiam altas expectativas em relação ao "Homem Aranha 3". Para mim, que não tinha essas expectativas, o filme foi ótimo.
Beijo.
:-))))
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