Thursday, December 22, 2005

King Kong (2005)



Ao longo de 110 anos de cinema, muitas imagens se tornaram eternas e icônicas. Uma das imagens mais míticas vistas na grande tela é o momento em que o King Kong, do alto do Empire State Building, em Nova York, se debate para se defender contra os que ele acredita serem os homens malvados e para proteger a mocinha por quem ele se afeiçoou. Esta imagem em particular foi a que fez o então menino Peter Jackson querer ser um diretor de cinema. Jackson sempre acalentou o sonho de recontar a história do King Kong e só agora, 72 anos depois do lançamento do primeiro filme, o diretor neozelandês consegue lançar o seu remake.

Chamar o filme de Peter Jackson de remake talvez seja uma denominação errada. Nos dias atuais, as possibilidades para se retratar uma história como a do King Kong são infinitas. Jackson, então, resolveu apelar para uma megalomania já familiar para aqueles que conhecem o seu trabalho na trilogia “O Senhor dos Anéis”. Tudo no “King Kong” de Jackson é grande: os cenários, os efeitos e, principalmente, as atuações e a sua direção.

O eixo principal da narrativa de “King Kong” se encontra em dois personagens: o diretor de cinema Carl Denham (Jack Black) e a atriz Ann Darrow (Naomi Watts). Tanto Carl quanto Ann estão em sérios apuros – ele com o estúdio de cinema que financia o trabalho que ele está desenvolvendo e ela sofre com a falta de dinheiro e de emprego. O diretor e a atriz também compartilham uma relação especial com o destino – enquanto Carl acredita em intervenções providenciais, Ann tenta fugir de tudo isto.

É a bordo do navio cargueiro “Venture” (não por acaso uma palavra que significa sorte ou destino), que Carl embarca com Ann, o roteirista Jack Driscoll (Adrien Brody), sua equipe de filmagens, além da tripulação do navio para uma viagem em busca da Ilha da Caveira, um lugar que não está localizado no mapa e, portanto, permanece inexplorado pelo homem. A Ilha será a locação do novo filme de Denham e lá todos eles entrarão em contato com seres estranhos e assustadores. Todos que estão a bordo do “Venture” passarão por profundas transformações; mas, a mais importante delas acontecerá com Ann e, por meio de seu contato com o troglodita e – inicialmente – insensível Kong, a atriz questionará as suas convicções na medida em que ela passa a conhecer uma nova forma de amor, de proteção e de fé.

"King Kong” é um filme feito de muitos momentos de apreensão, de suspense e de ação, mas a película é, acima de tudo, uma grande história de amor. Relatos de uma bela que se apaixona por uma fera já foram contados aos montes pelo cinema, mas, com “King Kong”, Peter Jackson adiciona uma técnica perfeita ao elemento da sensibilidade, provando que é possível, sim, se fazer filmes impecáveis de um ponto de vista prático sem se esquecer da engrenagem principal de um grande filme: a emoção.

4 comments:

Anonymous said...

tô morrendo de vontade de ver, quem sabe na próxima semana..
Pelo jeito que vc descreveu, o filme vai superar as minhas expectativas, e será mais um trabalho maravilhoso do Peter Jackson. É engraçado que a filmografia dele tomou um rumo megalômano, mas ele começou fazendo produções bem mais modestas. Vc se lembra de "Almas Gêmeas", certo? Adoro esse filme. Com esse "King Kong" talvez ele deixe de ser só o diretor da trilogia do anel e entre para os meu diretores favoritos, quem sabe..

Andei atualizando o outro blog, dá uma olhadinha se tu tiver tempo..

http://romeikacortez.zip.net/

Tô preparando as listas de fim de ano, mas ainda tô com uns 12 filmes em CD pra ver aqui em casa, a maioria que não passou no moviecom. Uma pena eu ter perdido Crash na telona=/

Bjoss

Anonymous said...

Mtu tdu seu blog...muito interessante mesmo...não sou mto chegado em cinema mas axei super interessante essa matéria do king kong...
Bjaum..
tdu di bom pra vc

Justin Quayle said...

Uala!

Concordo com o que escreveste lá, devemos ser tolerantes com o que nos é mostrado no cinema. O meu problema é ser um tanto que "racional" demais nesse aspecto, não gosto muito das cenas "frias".
Esse, para mim, foi o problema de "King Kong", várias interrogações me surgiram no decorrer da projeção.
Além das que eu citei no blog, nos nossos não raros conflitos, achei estranho precisarem levar o personagem título para impressionar o mundo, qualquer um daqueles insetos já seria mais do que suficiente e me pergunto como foi que fizeram pra levar o macaco de navio até NY.
Fora isso, os efeitos são impecáveis e totalmente convincentes.
Só para deixar a minha opinião. Mesmo que a nossa percepção do filme não sejá lá muito parecida, valeu por comentar, participar e principalmente ler os nossos comentários conflitantes.

Abraço

Ah.. muito bem escrito

[]' Justin

Anonymous said...

Amei esse filme!!! Vi hj, adorei:) Naomi Watts, a loira mais linda e talentosa de Hollywood. Jack Black, se confirmando como um dos meus atores favoritos (Escola de Rock, Correndo atrás do diploma- que ele fez com o Colin Hanks) e agora king kong...Peter Jackson está cada vez melhor..e pode rir de mim..mas achei o Adrien Brody um charme;p