Saturday, September 29, 2007

As Férias do Mr. Bean (Mr. Bean's Holiday, 2007)

O Mr. Bean é um popular personagem, criado pelo humorista Rowan Atkinson e pelo diretor, produtor e roteirista Richard Curtis (de filmes como “Simplesmente Amor”, “O Diário de Bridget Jones”, entre muitos outros). Ele apareceu pela primeira vez em uma série de TV que durou cinco anos (1990-1995) e fez a transição para o cinema, em 1997, com “Mr. Bean – O Filme”, do diretor Mel Smith. “As Férias de Mr. Bean”, filme dirigido por Steve Bendelack, de acordo com Rowan Atkinson, marca a última vez em que ele vestirá a pele do personagem.

O filme tem uma trama básica, que coloca Mr. Bean como o vencedor de uma rifa, cujo prêmio, além de uma viagem para Cannes (em pleno festival de cinema da cidade), são 200 euros e uma filmadora novinha em folha. A partir desse eixo principal, o diretor Steve Bendelack, deixa Rowan Atkinson à vontade para improvisar, em meio às encrencas em que o Mr. Bean irá se meter – comer ostras; perder seu passaporte e todo o dinheiro que possuía; tentar arrumar carona; e, principalmente, entregar – são e salvo – o filho (Max Baldry) de um dos jurados (Karel Roden) do festival de cinema de Cannes, que acabou se perdendo do pai em uma conexão de trem.

Quem está familiarizado um pouco com o personagem de Rowan Atkinson, sabe que Mr. Bean não é um homem de muitas palavras. Ele resmunga algumas coisas. Se ele se comunica com alguém, é através de caras e bocas e gestos exagerados. Um tipo de comédia física diferente, mas que é feito com bastante competência por Atkinson.

Em um filme como “As Férias de Mr. Bean”, em que as improvisações formam grande parte do roteiro do filme, existem espaços para erros. E eles ocorrem com bastante freqüência no filme, tendo em vista que algumas gags não funcionam – como as intermináveis cenas em que Mr. Bean tenta conseguir carona e acaba ficando preso em um cubículo de madeira. No entanto, assim como “Os Simpsons – O Filme”, “As Férias de Mr. Bean” soa como um episódio mais longo do seriado. Quem gosta do personagem, vai adorar o filme. Quem torce o nariz para esse tipo de humor besteirol, vai achar a película completamente irritante.

Cotação: 3,0

As Férias de Mr. Bean (Mr. Bean's Holiday, Inglaterra, França, Alemanha, 2007)
Diretor(es): Steve Bendelack
Roteirista(s): Simon McBurney, Hamish McColl, Rowan Atkinson, Robin Driscoll
Elenco: Rowan Atkinson, Steve Pemberton, Lily Atkinson, Preston Nyman, Sharlit Deyzac, Francois Touch, Emma de Caunes, Arsène Mosca, Stéphane Debac, Willem Dafoe, Philippe Spall, Jean Rochefort, Karel Roden, Max Baldry, Pascal Jounier

Friday, September 28, 2007

Nunca é Tarde Para Amar (I Could Never Be Your Woman, 2007)

Em 1995, a diretora e roteirista Amy Heckerling fez o filme “As Patricinhas de Beverly Hills”. Nele, duas amigas chamadas Cher (Alicia Silverstone) e Dionne (Stacey Dash) transformam por completo a novata Tai (interpretada por uma gordinha Brittany Murphy) para que ela possa arrumar um namorado. Ao mesmo tempo em que isto acontece, Cher percebe que também quer encontrar um amor, mas acaba chegando à conclusão de que achar o homem dos seus sonhos independe da imagem, da popularidade ou das roupas que vestimos.

De uma certa maneira, em “Nunca é Tarde Para Amar”, Amy Heckerling volta a tocar nestes mesmos temas. Como todos nós já estamos cansados de saber, vivemos em um mundo aonde a aparência é tudo e no qual as pessoas fazem de tudo para corresponder a este ideal de beleza. A produtora e roteirista Rosie (Michelle Pfeiffer) pode não levar estes princípios para a sua vida pessoal, mas os propaga no bobo programa juvenil que produz e roteiriza. Entre quatro paredes, Rosie, na realidade, meio que se conformou com sua vida de divorciada (o ex-marido, que é interpretado por Jon Lovitz, a trocou por uma mulher na faixa etária dos 20 anos) e de mãe da pré-adolescente Izzie (Saoirse Ronan, que será vista no final do ano no favoritíssimo ao Oscar 2008, “Desejo e Reparação”, de Joe Wright).

O que faltava na vida de Rosie, portanto, era um pouco de emoção e de imprevisibilidade. Estes dois elementos irão aparecer quando ela conhece o ator Adam (Paul Rudd), que irá fazer uma participação especial no programa dela. Os dois, apesar das diferenças, se aproximam e começam a viver um romance – que é pontuado pelas inseguranças de Rosie, as quais são representadas pela personagem da comediante Tracey Ullman (uma espécie de figura que só existe na imaginação de Rosie) e que começa a colocar em discussão o fato de que é ridículo uma mulher de 40 anos sair com um rapaz de 20; de que, em algum momento, ele vai querer constituir família ou se cansar e ir em busca de algo novo, entre outras coisas. Além disso, “Nunca é Tarde Para Amar” acrescenta um elemento ainda mais interessante neste cenário todo: Izzie começa a querer trocar as brincadeiras com bonecas pelo jogo de flerte com os garotos. Ela está vivendo sua primeira paixão e este sentimento faz um paralelo muito bom com toda a situação que sua mãe está vivendo.

“Nunca é Tarde Para Amar” é um filme que funciona, principalmente, por causa da excelente química entre o seu par central. Paul Rudd (que havia trabalhado com Amy Heckerling no grande sucesso que foi “As Patricinhas de Beverly Hills”) coloca seu nome como um dos melhores atores de comédia da atualidade. Já Michelle Pfeiffer, que com este filme retorna aos cinemas depois de uma ausência de três anos (ela ainda poderá ser vista em “Hairspray – Em Busca da Fama”, de Adam Shankman, e “Stardust – O Mistério da Estrela Cadente”, de Matthew Vaughn), está em seu papel mais acessível até hoje. Ela interpreta uma mulher comum em um filme que critica de maneira bem clara todo este mundo de beleza plastificada emulado por Hollywood, aonde o talento é uma ferramenta em extinção.

Cotação: 6,8

Nunca é Tarde para Amar (I Could Never Be Your Woman, EUA, 2007)
Diretor(es): Amy Heckerling
Roteirista(s): Amy Heckerling
Elenco: Michelle Pfeiffer, Paul Rudd, Saoirse Ronan, Tracey Ullman, Jon Lovitz, Sarah Alexander, Brittany Benson, Jed Bernard, Twink Caplan, Victoria Chalaya, Olivia Colman, Rory Copus, Stacey Dash, O.T. Fagbenle, Sam Fusaro, Troy Gentile, Iddo Goldberg, Sally Kellerman, Michelle Kochanski, Ashley Lloyd

Thursday, September 27, 2007

Preview 2008 - "State of Play"

Depois de oito anos de uma parceria muito bem-sucedida em “Clube da Luta”, filme do diretor David Fincher, os atores (e grandes amigos) Edward Norton e Brad Pitt se reúnem novamente. Desta vez, para o thriller político “State of Play”, que é baseado em uma minissérie da BBC e será roteirizado por Matthew Michael Carnahan (de “Lions for Lambs”) e Tony Gilroy (de "Michael Clayton") e dirigido por Kevin MacDonald (de “O Último Rei da Escócia”).

O filme conta a história de um famoso político (Norton), que vê a sua carreira ser ameaçada quando um repórter – e seu ex chefe de campanha – (Pitt) começa a investigar o assassinato de sua amante, num estranho acidente de metrô.

Além da excelente dupla de atores principal, “State of Play” começa a atrair uma série de ótimos atores para os seus papéis coadjuvantes. A vencedora do Oscar 2007 de Melhor Atriz, Helen Mirren, interpretará a editora do jornalista que será encarnado por Brad Pitt. Robin Wright-Penn ficará com o papel da esposa do político interpretado por Edward Norton. Já Jason Bateman (do seriado “Arrested Development” e da sensação “Juno”) e Rachel McAdams serão jornalistas que se colocam no meio da investigação elaborada por Pitt.

As filmagens de “State of Play” começarão em Setembro deste ano e a estréia do filme está prevista para 2008.

Wednesday, September 26, 2007

Inesquecível (2007)

A fotografia tem muito em comum com o cinema. Nas duas formas de arte, além da captura de um instante, temos a possibilidade da imortalidade, afinal a imagem nunca morre. No entanto, para o fotógrafo Guilherme Quiroga (Caco Ciocler), uma fotografia tem o poder de revelar os segredos das pessoas. Assim que termina o ensaio fotográfico com a bela estilista Laura Monteiro (Guilhermina Guinle, fazendo a sua estréia no cinema), na cidade de Buenos Aires, Guilherme chega à conclusão de que ela não tem segredos. No entanto, ao voltar para o Rio de Janeiro, em busca de Laura, Guilherme descobre que o segredo dela era muito pior do que ele imaginava: ela acabara de se casar com o ator Diego Borges (Murilo Benício), o melhor amigo dele.

A trama do filme “Inesquecível”, do diretor Paulo Sérgio de Almeida, acompanha os desdobramentos da descoberta desse segredo de Laura. Mais precisamente, o filme coloca o foco na paranóia que se desenvolve na mente dos três personagens – em especial na de Diego, um homem de personalidade passional e possessiva –, em que a descoberta da infidelidade marca o início de uma jornada de muita dor e desespero, aonde a felicidade não encontra espaço para existir.

Neste sentido, o diretor Paulo Sérgio de Almeida enche “Inesquecível” de elementos que remetem à infidelidade. A ótima fotografia adota os tons escuros para mostrar a obscuridade da jornada em que Guilherme, Laura e Diego acabaram de embarcar. A trilha sonora tem clara influência do tango argentino, um ritmo que é mais um duelo sedutor entre um par de dançarinos. Além disso, o filme utiliza o recurso da metalinguagem, uma vez que Diego está desenvolvendo um filme (cuja projeção para a platéia consiste numa parte importante para o entendimento do segundo ato de “Inesquecível”) cujo tema principal é a traição amorosa.

“Inesquecível” é um filme que tem uma produção bastante sofisticada e uma direção que não compromete por parte de Paulo Sérgio de Almeida. No entanto, o filme sofre com grandes problemas. Os maiores deles se encontram no roteiro e no elenco. O roteiro – que foi baseado no conto “O Espectro”, do autor Horácio Quiroga – é cheio de furos e, a partir do segundo ato do filme, cai num melodrama que parece não ter fim. Já o elenco do filme está péssimo. Murilo Benício, um dos atores mais superestimados da atualidade no Brasil, está completamente inexpressivo na pele de Diego Borges. Falta a Guilhermina Guinle uma maior experiência para retratar todas as nuances de sua personagem, Laura Monteiro. O único que ainda mostra alguma coisa é Caco Ciocler, mas nem ele consegue se salvar do desastre que “Inesquecível” começa a se transformar, a partir do segundo ato de sua história.

Cotação: 0,5

Inesquecível (Inesquecível,
Brasil, 2007)
Diretor(es):
Paulo Sérgio de Almeida
Roteirista(s): Marcos Bernstein
Elenco: Murilo Benício, Caco Ciocler, Guilhermina Guinle, Fernanda Machado, Gustavo Rodrigues, Marcos França, Marly Bueno, Nildo Parente, Roberto Frota, Thiago Oliveira, Helder Agostini, Tião d'Ávila, Alexandre Dantas

Tuesday, September 25, 2007

A Última Cartada (Smokin' Aces, 2007)

No início de “A Última Cartada”, filme do diretor e roteirista Joe Carnahan, uma informação nos é dada: a de que todas as agências estaduais e federais de investigação dos EUA estão em uma cruzada contra a Máfia. Para o filme, um dos grupos mafiosos é o mais importante: o La Cosa Nostra, de Las Vegas. Eles são o alvo dos investigadores Richard Messner (Ryan Reynolds), Donald Carruthers (Ray Liotta, que trabalhou com Carnahan em “Narc”) e Stanley Locke (Andy Garcia). No entanto, para a trama de “A Última Cartada”, um outro elemento está na mira de todo mundo: Buddy “Aces” Israel (Jeremy Piven, do seriado “Entourage”).

Buddy Israel é importante, pois tem excelentes relações com a máfia. Um ilusionista de fama em Las Vegas, Israel teve a sua primeira oportunidade graças à Primo Sparazza (Joseph Ruskin), o líder do La Cosa Nostra. Com o tempo e o know-how que adquiriu, Israel começa a montar a sua própria máfia e idealiza pequenos e, posteriormente, grandes crimes. Envolvido em uma briga de gente grande e numa investigação federal, Israel passa a negociar uma delação premiada com o FBI – ou seja, ele dará um depoimento bombástico em troca de imunidade e de proteção dos agentes federais. Por causa disso, ele é a pessoa mais visada, seja pelos agentes (que querem protegê-lo) ou pelos mafiosos (que o querem morto).

A trama de “A Última Cartada”, portanto, acompanha um dia em Lake Tahoe – o refúgio de Buddy Israel. Hospedado em uma luxuosa cobertura, ele aguarda pela confirmação do seu acordo com o FBI, sem saber que a máfia colocou a sua cabeça a prêmio, o que ocasionou em uma busca de uma série de assassinos de aluguel, de caçadores de recompensas e de aproveitadores por um “prêmio” de um milhão de dólares pela cabeça de Israel. Esta é a desculpa perfeita para que o diretor e roteirista Joe Carnahan coloque em tela atores tão diferentes como Ben Affleck, Peter Berg (o criador da série “Friday Night Lights”), Martin Henderson, o rapper Common, a cantora Alicia Keys (em sua estréia no cinema), Taraji P. Henson, Chris Pine, Kevin Durand, Jason Bateman (do seriado “Arrested Development”), Matthew Fox (do seriado “Lost”), entre outros.

“A Última Cartada” é um filme que lembra muito “Xeque-Mate”, do diretor Paul McGuigan. Os dois filmes contam uma história que tem um personagem central, mas cuja história é revelada através do encontro dele com vários outros personagens. Além disso, em ambas as obras, no quarto final, temos a revelação do ponto que une tudo e que tem como função causar o entendimento geral da história. Assim como acontece com “Xeque-Mate”, a “moral” de “A Última Cartada” não funciona, o que deixa o filme com um ar pretensioso até demais.

Cotação: 3,5

A Última Cartada (Smokin' Aces, Inglaterra, França, EUA, 2007)
Diretor(es): Joe Carnahan
Roteirista(s): Joe Carnahan
Elenco: Ben Affleck, Zach Cumer, Jason Bateman, Common, Joseph Ruskin, Andy Garcia, Alex Rocco, Alicia Keys, Wayne Newton, Ray Liotta, Jeremy Piven, Peter Berg, Ryan Reynolds, Martin Henderson, Christopher Holley

Monday, September 24, 2007

Charles Durning - Lifetime Achievment Award - Screen Actors Guild Awards 2008

O Screen Actors Guild, sindicato dos atores dos EUA, anunciou na data de hoje (24.09), o nome do ator norte-americano Charles Durning como o recipiente do Lifetime Achievement Award a ser entregue na 14ª cerimônia de entrega dos SAG Awards, que acontecerá no dia 27 de Janeiro de 2008, em cerimônia transmitida pelo canal TNT para toda a América Latina.

Além de um ator aclamado – cujos créditos incluem papéis em filmes como “Golpe de Mestre” (“The Sting”, 1973, dir. George Roy Hill); “Um Dia de Cão” (“Dog Day Afternoon”, 1975, dir. Sidney Lumet); “Tootsie” (1982, dir. Sydney Pollack); "E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?" ("Oh, Brother, Where Art Thou?", 2000, dir. Joel e Ethan Coen); entre outros – Durning foi um herói na II Guerra Mundial, sendo condecorado com 3 Purple Heart e uma Silver Star (a quarta maior honra militar que qualquer soldado norte-americano pode receber).

“Charles Durning é a escolha perfeita para o Lifetime Achievement Award, no ano em que o SAG celebra seu 75º aniversário. Durante sua carreira, ele foi o resumo da arte e da graça que a atuação representa e trouxe algo especial a cada um de seus papéis. Ele, acima de tudo, é um grande ator, que possui o talento que todos nós aspiramos: o poder de criar personagens inesquecíveis”, disse o presidente do SAG, Alan Rosenberg, a respeito do homenageado.

Durning tem mais de cinqüenta anos de carreira e um currículo de 193 obras em cinema e televisão, duas indicações ao Oscar (todas na categoria de melhor ator coadjuvante) e oito indicações ao Emmy Awards.

Ponte Para Terabítia (Bridge to Terabithia, 2007)

Se existe algo de belo na infância, é a capacidade que a criança tem de sonhar, de imaginar, de não enxergar a maldade e de ter uma esperança infinita. No começo de “Ponte Para Terabítia”, do diretor Gabor Csupo, Jesse Aarons (Josh Hutcherson) não consegue imaginar uma vida melhor. Ele vive no sacrifício, com sua grande família; e, na escola, ele encontra um ambiente ainda mais opressor, graças à personalidade difícil que alguns de seus colegas possuem. Jesse só consegue ser ele mesmo quando está desenhando.

A vida dele irá mudar quando ele conhece Leslie Burke (AnnaSophia Robb, de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”), uma garota que se mudou para a casa vizinha da família Aarons. Leslie, que é filha de um casal de escritores, é corajosa e não tem medo de liberar seus pensamentos. Ao desenvolver uma amizade com Jesse, Leslie consegue fazer com que ele embarque no seu jogo de imaginação e, juntos, os dois criam um novo universo, ao qual eles dão o nome de Terabítia, e no qual eles serão rei e rainha e enfrentarão alguns inimigos.

“Ponte Para Terabítia” é um filme de gênero não-específico. Nele, encontramos elementos de aventura, fantasia, comédia romântica e drama. Talvez, uma denominação perfeita para ele seria aquilo que os críticos de cinema chamam de “filmes para a família”. “Ponte Para Terabítia” é mais do que um filme sobre o poder da imaginação. É uma película que fala, principalmente, sobre o valor da amizade – como ela nos define, nos acompanha e nos ajuda a enfrentar a vida, especialmente naquela difícil etapa que se chama crescimento.

Cotação: 7,0

Ponte para Terabítia (Bridge to Terabithia, EUA, 2007)
Diretor(es): Gabor Csupo
Roteirista(s): Jeff Stockwell, David Paterson, Katherine Paterson
Elenco: Josh Hutcherson, AnnaSophia Robb, Zooey Deschanel, Robert Patrick, Bailee Madison, Kate Butler, Devon Wood, Emma Fenton, Grace Brannigan, Latham Gaines, Judy McIntosh, Patricia Aldersley, Lauren Clinton, Isabelle Rose Kircher, Cameron Wakefield

Saturday, September 22, 2007

Escritores da Liberdade (Freedom Writers, 2007)

Em 1992, a cidade de Los Angeles assistia a uma verdadeira guerra nos seus bairros mais pobres causadas por gangues movidas por tensões raciais. A Secretaria de Educação, preocupada com a situação, decidiu instaurar, em algumas escolas, uma política de integração. Dessa maneira, negros, brancos, hispânicos e orientais – todos inimigos do lado de fora – eram colocados dentro de uma mesma sala de aula. É nesta realidade que se passa o filme “Escritores da Liberdade”, do diretor e roteirista Richard LaGravenese.

Nele, encontramos Erin Gruwell (Hilary Swank), uma mulher extremamente capacitada e que, movida pela política de integração, decide trabalhar no colégio Woodrow Wilson. Erin é idealista – ela foi criada em um lar e por um pai (Scott Glenn) que fazia parte da luta pelos direitos civis – e acredita que pode fazer a diferença e mudar o mundo; mas até encontrar uma maneira de se fazer ser ouvida, ela vai sofrer bastante nas mãos de seus intolerantes alunos, além de colocar em risco o seu casamento com Scott (Patrick Dempsey, do seriado “Grey’s Anatomy”).

O método de ensino adotado por Erin é bem interessante. Ao ver a sala de aula dividida em tribos que se odeiam, ela começa a fazer menção a uma série de acontecimentos marcantes da história do mundo, como o Holocausto e a segregação racial nos Estados Unidos, para mostrar aos seus alunos que as divergências existentes entre eles podem ter resultados catastróficos. Além disso, Erin os incita a escrever um diário pessoal, em que eles possam compartilhar seus sonhos, medos, anseios e esperanças.

O cinema é cheio de histórias como as de Erin Gruwell: a de professores que superam uma resistência inicial e acabam inspirando seus alunos e fazendo a diferença nas vidas deles. No caso particular de “Escritores da Liberdade”, o filme acrescenta algo de novo, pois, ao se basear nos diários verdadeiros dos alunos de Gruwell, mostra o outro lado da história: o de jovens que não tinham nenhuma perspectiva, mas passaram a ter algo em que acreditar. “Escritores da Liberdade” pode não ser o filme mais brilhante do ano, mas é um dos mais eficientes.

Cotação: 8,0

Escritores da Liberdade (Freedom Writers, Alemanha, EUA, 2007)
Diretor(es): Richard LaGravenese
Roteirista(s): Richard LaGravenese
Elenco: Hilary Swank, Patrick Dempsey, Scott Glenn, Imelda Staunton, April Lee Hernandez, Mario, Kristin Herrera, Jacklyn Ngan, Sergio Montalvo, Jason Finn, Deance Wyatt, Vanetta Smith, Gabriel Chavarria, Hunter Parrish, Antonio García

Friday, September 21, 2007

Eu os Declaro Marido e Larry (I Now Pronounce You Chuck and Larry, 2007)

Após os atentados de 11 de Setembro, os bombeiros viraram heróis e símbolos sexuais. Se, na atualidade, os norte-americanos já aceitam assistir a filmes que colocam Nova York sob a ameaça de bombas ou de terroristas, acredito que os bombeiros de lá não ficarão chateados após assistirem ao filme “Eu os Declaro Marido e Larry”, do diretor Dennis Dugan, que brinca com a camaradagem existente entre os bombeiros e com a virilidade que profissionais como eles passam para as outras pessoas.

No filme, a dupla Adam Sandler e Kevin James (do seriado “King of Queens” e do filme “Hitch – Conselheiro Amoroso”) interpreta Charles “Chuck” Levine e Lawrence “Larry” Valentine, que se conhecem – e são inseparáveis – desde a época da escola de bombeiros. Os dois têm personalidades bem diferentes. Chuck é um mulherengo inveterado e Larry dá toda a sua atenção para os filhos Eric (Cole Morgen) e Tori (Shelby Adamowsky) desde que a esposa Paula faleceu.

É justamente o desespero de Larry, que teme que seus filhos fiquem desamparados após a sua morte, que o leva a tomar uma atitude drástica: a de estabelecer uma parceria doméstica com Chuck – ou seja, os dois vão se casar e assumir uma vida mentirosa como homossexuais para o mundo, somente para proteger os filhos de Larry, que poderão, dessa maneira, continuar a receber os benefícios do pai, caso ele morra. Este seria o plano perfeito, se não fosse por um pequeno detalhe: assim como acontece com aquelas pessoas que se casam para obter um Green Card, Chuck e Larry passarão por um período de observação pelas autoridades e, por causa disso, têm que procurar uma advogada chamada Alex McDonough (Jessica Biel), a qual é especializada nesse tipo de caso, mas que oferece um outro tipo de obstáculo à vida mentirosa da dupla: Chuck fica caidinho por ela.

“Eu os Declaro Marido e Larry” é um filme que tinha tudo para cair para a palhaçada e para ter piadas de mal gosto, mas, surpreendentemente, o roteiro escrito por Barry Fanaro e pela dupla Alexander Payne e Jim Taylor (sim, a de filmes como “Eleição”, “As Confissões de Schimidt” e “Sideways – Entre Umas e Outras”) trata de toda a vida conjugal de Chuck e Larry com um respeito admirável. Claro que, em alguns momentos de “Eu os Declaro Marido e Larry”, temos situações estereotipadas e a apresentação dos gays por um perfil típico; mas o filme consegue até mesmo deixar uma bela mensagem: a de que as pessoas devem se amar e se respeitar pelo que são. Mas, não se engane: “Eu os Declaro Marido e Larry” não é um filme que quer ser levado a sério. Ele é uma boa diversão – somente isso.

Cotação: 4,5

Eu os Declaro Marido e... Larry (I Now Pronounce You Chuck and Larry, EUA, 2007)
Diretor(es): Dennis Dugan
Roteirista(s): Barry Fanaro, Alexander Payne, Jim Taylor, Lew Gallo
Elenco: Adam Sandler, Kevin James, Jessica Biel, Dan Aykroyd, Ving Rhames, Steve Buscemi, Nicholas Turturro, Allen Covert, Rachel Dratch, Richard Chamberlain, Nick Swardson, Blake Clark, Mary Pat Gleason, Matt Winston, Lance Bass

Thursday, September 20, 2007

Batismo de Sangue (2006)

O filme “Batismo de Sangue”, do diretor Helvécio Ratton, se passa no final dos anos 60, quando a esquerda brasileira mudou de atitude em relação à ditadura militar. Eles aprenderam que as palavras e as imagens não eram suficientes para bater o regime, e viram que somente com a luta armada eles poderiam ser escutados e fazer com que a situação mudasse de figura. Baseado no livro homônimo de Frei Betto, “Batismo de Sangue” conta a história real de como quatro freis dominicanos – interpretados por Caio Blat, Daniel de Oliveira, Léo Quintão e Odilon Esteves – participaram da resistência contra a ditadura militar brasileira.

O roteiro do filme, que foi escrito pelo diretor Helvécio Ratton e por Dani Patarra, coloca o foco no frei Tito (Blat, ótimo), que junto com os amigos Betto (Oliveira), Fernando (Quintão) e Ivo (Esteves) passam a usar a independência do convento dos frades dominicanos (uma das poucas instituições a não ser controlada pelos militares) para apoiar o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado por Carlos Marighella (Marku Ribas).

Assim como acontecia com todos aqueles que se envolviam com a luta armada, as atividades dos quatro freis dominicanos começam a ser monitoradas pelos órgãos de controle do regime. É nesse momento que a trama de “Batismo de Sangue” se divide em dois eixos: um que acompanha a prisão de Fernando e Ivo e o outro que acompanha Betto no seu papel de ser o atravessador dos envolvidos na luta armada pela fronteira que dividia o Brasil com outros países, como o Uruguai.

“Batismo de Sangue” entra no seu melhor momento quando os quatro amigos se encontram juntos – e presos – nas “delegacias” do regime. Sofrendo horrores com as torturas impostas pelo Papa (Cássio Gabus Mendes, excelente), os amigos vêem os seus ideais cristãos – bem como a amizade e a união existente entre eles – cada vez mais fortes. O viés interessante, neste sentido, é que, enquanto Betto, Fernando e Ivo acreditam piamente que a prisão não tira a liberdade deles; Tito se mostra muito mais frágil emocionalmente e quando é obrigado a viver em exílio na França, se sente numa prisão ainda maior – e dominada pelas péssimas lembranças dos tempos de tortura.

Helvécio Ratton, com “Batismo de Sangue”, realiza um filme muito bom e que tem como ponto forte o retrato cruel das cenas de tortura sofridas por Tito, Ivo e Fernando – as quais chegam a chocar até demais pela realidade com que foram filmadas. Além disso, o filme serve como um documento bem interessante da história do Brasil. Mesmo se passando no final dos anos 60, em uma realidade completamente diferente da que vivemos atualmente, “Batismo de Sangue” revela que os conflitos brasileiros são os mesmos de sempre: existe esse senso de que se tem uma luta constante pelo povo, quando, na realidade, o povo está pouco se lixando para o que está acontecendo.

Cotação: 9,5

Batismo de Sangue (Batismo de Sangue,
Brasil, 2006)
Diretor(es):
Helvecio Ratton
Roteirista(s): Dani Patarra, Helvecio Ratton
Elenco: Kassia Lumi Abe, Marco Amaral, Júlio Andrade, Ângelo Antônio, José Carlos Aragão, André Arteche, Luiz Arthur, Leonardo Bertollini, Caio Blat, Bya Braga, Rômulo Braga, Léo Brasil, Marcus Brina, Raquel Campolina, Marcelo Campos

Wednesday, September 19, 2007

Lendo - "Reparação"

“Porém não havia gaveta oculta, diário com cadeado nem sistema de criptografia que pudesse esconder de Briony a verdade pura e simples: ela não tinha segredos. Seu desejo de viver num mundo harmonioso, organizado, negava-lhe as possibilidades perigosas do mal. A violência e a destruição eram caóticas demais para seu gosto, e além disso, lhe faltava crueldade. Vivendo, na prática, como filha única, e numa casa relativamente isolada, permanecia, ao menos durante as longas férias de verão, afastada das intrigas com as amigas. Não havia nada em sua vida que fosse interessante ou vergonhoso que chegasse para merecer ser escondido; ninguém sabia do crânio de esquilo debaixo de sua cama, mas também ninguém queria saber. Nada disso era particularmente aflitivo, ou melhor, só passou a ser visto assim em retrospecto, depois que uma solução foi encontrada” (p. 14)

Uma coisa já chama a atenção dos leitores nos primeiros capítulos do livro “Reparação”, do escritor inglês Ian McEwan. O fato de que ele decide, a cada capítulo, apresentar o mesmo acontecimento de acordo com os pontos de vista de seus três personagens principais: a garotinha Briony Tallis, sua irmã mais velha Cecilia e o jovem Robbie Turner.

Cada visão vem contaminada com a personalidade própria de cada um deles. Briony, por exemplo, é uma jovem de imaginação muito fértil, que escreve em seu diário e idealiza contos, livros e peças. No entanto, por ser muito jovem (ela tem 13 anos), sua visão de mundo ainda é limitada. Falta a Briony a experiência que sua irmã mais velha, Cecilia, tem. Ela já não vive mais com os pais, faz faculdade e tem um lado muito maternal com Briony. Cecilia sabe das suas responsabilidades e é um tanto realista. O idealismo, neste momento, é todo de Briony.

Já Robbie é um rapaz que soube aproveitar as oportunidades que teve. Criado pela mãe – que trabalhava como faxineira da família Tallis –, desde cedo ele foi pego como protegido pelo pai de Cecilia e Briony. Com a ajuda do Sr. Tallis, estudou nas melhores escolas e universidades. Presunçoso e muito ambicioso, Robbie sabia muito bem aonde queria chegar e nada parecia que iria se colocar em seu caminho.

O livro é dividido em três partes e um epílogo. Na primeira, acompanhamos um final de semana na casa da Família Tallis (que está lotada de visitas, como o filho mais velho Leon e seu amigo Paul Marshall e os primos Lola, Jackson e Pierrot), quando um crime acontece e Briony acusa Robbie de tê-lo cometido. A acusação interrompe o nascimento do romance entre Robbie e Cecilia. As partes seguintes de “Reparação” mostram as conseqüências do ato de Briony: a prisão de Robbie, a participação dele na II Guerra Mundial, o afastamento de Cecilia de sua própria família e o crescimento de Briony. Para esta última, o amadurecimento significa o sentimento de culpa, de arrependimento, de vergonha por algo cometido; a certeza da falta do perdão e a necessidade da reparação.

Ian McEwan escreve um livro denso, que mergulha na mente de seus personagens principais e que nos mostra uma dura realidade: a vivida por três pessoas que, no decorrer de sua existência, vão se deparar com uma prisão em que a vontade de voltar no tempo e modificar certas coisas é uma constante. “Reparação” é um livro que brinca com a imaginação do leitor, o obrigando a participar da construção de uma realidade, em que, como no mundo visualizado por Briony, o sentimento principal é o de que nada que possa ser feito irá apagar a dor vivida.

“Reparação” (2001)
Autor: Ian McEwan
Editora: Companhia das Letras

Tuesday, September 18, 2007

O Vigarista do Ano (The Hoax, 2007)

A matéria-prima principal de um escritor, além do talento que ele possui, é a capacidade de imaginar situações, pessoas e lugares; e encadear tudo isso em uma narrativa atraente para o leitor. O escritor Clifford Irving (Richard Gere) tem isso, mas possui uma qualidade própria ainda mais destacada: ele sabe mentir como ninguém. No entanto, como veremos no início de “O Vigarista do Ano”, filme dirigido pelo sueco Lasse Hallstrom, Irving ainda não soube como colocar estes dois elementos a favor de sua carreira de escritor, que vai de mal a pior – seu primeiro livro encalhou nas prateleiras das livrarias e o segundo nem chegou a ser publicado.

Desesperado, cheio de dívidas e sem nenhuma idéia para um livro novo em mente, Clifford Irving ganha mais uma chance da sua paciente editora, Andrea Tate (Hope Davis), e chega para a reunião mais importante de sua vida contando uma belíssima mentira: ele irá escrever o livro do século, a biografia autorizada do bilionário excêntrico Howard Hughes (que teve sua vida retratada no filme “O Aviador”, de Martin Scorsese). Detalhe importante: Irving e seu parceiro Dick Suskind (Alfred Molina) nunca viram, conheceram ou falaram com Howard Hughes.

Com contrato assinado e um ótimo adiantamento na sua conta bancária, Clifford Irving e Dick Suskind começam a levar a sua mentira a sério e forjam uma série de documentos, além de cometerem vários crimes contra instituições públicas nos EUA – tudo isso para escreverem a tal biografia autorizada. O que interessa aqui para o diretor Lasse Hallstrom e o roteirista William Wheeler (que adaptou o livro do próprio Clifford Irving) é mostrar de que maneira a mentira vai consumindo a vida de Clifford a ponto de ele não saber mais o que é verdadeiro e o que é falso.

Baseado em uma história real, “O Vigarista do Ano” é um filme surpreendente em todos os sentidos. A começar pela direção de Lasse Hallstrom, que é responsável por dramas ou comédias românticas leves. Aqui, ele realiza seu filme mais maduro. O roteiro de William Wheeler, que, em alguns pontos dá a impressão de se estender demais em certos pontos da narrativa, chega ao final aparando todas as arestas levantadas. E as atuações de Richard Gere e Alfred Molina são simplesmente sensacionais. O primeiro – na que seja, talvez, a melhor atuação de sua carreira – está perfeito como Clifford Irving, um homem movido à paixão pelo ofício de escritor, pelo personagem de sua biografia, pelas mulheres de sua vida (que são interpretadas por Marcia Gay Harden e Julie Delpy) e que, por causa disso, convence todos aqueles que estão à sua volta. E o segundo está ótimo como o cúmplice corroído pela culpa, mas que, de alguma maneira, se sente atraído por toda aquela sensação de que vai ser descoberto a qualquer momento.

Cotação: 9,2

O Vigarista do Ano (The Hoax, EUA, 2006)
Diretor(es): Lasse Hallstrom
Roteirista(s): William Wheeler, Clifford Irving
Elenco: Richard Gere, Alfred Molina, Hope Davis, Marcia Gay Harden, Stanley Tucci, Julie Delpy, Eli Wallach, John Carter, Christopher Evan Welch, Zeljko Ivanek, David Aaron Baker, Peter McRobbie, John Bedford Lloyd, Okwui Okpokwasili, Stuart Margolin

Monday, September 17, 2007

59th Annual Primetime Emmy Awards 2007 - Comentários

Generosidade. Esta foi a palavra de ordem do 59th Annual Primetime Emmy Awards 2007, afinal todos os shows com números de destaque nas indicações saíram com vitórias. A noite, que teve uma boa apresentação de Ryan Seacrest, teve também uma vontade de mostrar um novo visual, mas nem tudo funcionou, como o palco no meio da audiência. Quem estava do lado de trás do palco, teve uma péssima vista da premiação e dos momentos especiais que ela trouxe.

As surpresas programadas para a noite, como a apresentação de Tony Bennett e Christina Aguilera, bem como o tributo ao seriado “The Sopranos” feito pelo elenco do musical “Jersey Boys” foram ótimas e tiram o Emmy da monotonia de antigamente, quando só tínhamos as entregas dos prêmios e algumas montagens especiais.

Mas, o fato que mais chamou atenção mesmo no Emmy 2007 foi o enorme número de surpresas nas categorias principais. As vitórias de Terry O’Quinn (Best Supporting Actor in a Drama Series), Jaime Pressly (Best Supporting Actress in a Comedy Series), Katherine Heigl (Best Supporting Actress in a Drama Series), James Spader (Best Actor in a Drama Series), Ricky Gervais (Best Actor in a Comedy Series) e “30 Rock” (Best Comedy Series) que, em alguns casos, podem até ser contestadas, definitivamente trazem para o espectador mais crítico do Emmy aquela sensação de que os anos em que tínhamos os mesmos vencedores de sempre ficaram para trás.

A lista completa de vencedores da noite:

COMEDY SERIES: 30 Rock
COMEDY LEAD ACTOR: Ricky Gervais, Extras (“Sir Ian McKellen)
COMEDY LEAD ACTRESS: America Ferrera, Ugly Betty ("Pilot")
COMEDY SUPPORTING ACTOR: Jeremy Piven, Entourage ("Manic Monday")
COMEDY SUPPORTING ACTRESS: Jaime Pressly, My Name is Earl (“Jump for Joy”)
COMEDY DIRECTING: Richard Shepard, Ugly Betty ("Pilot")
COMEDY WRITING: Greg Daniels, The Office (“Gay Witch Hunt”)

DRAMA SERIES: The Sopranos
DRAMA LEAD ACTOR: James Spader, Boston Legal
DRAMA LEAD ACTRESS: Sally Field, Brothers & Sisters ("Mistakes Were Made, Part 2")
DRAMA SUPPORTING ACTOR: Terry O’Quinn, Lost (“The Man From Tallahassee)
DRAMA SUPPORTING ACTRESS: Katherine Heigl, Grey’s Anatomy (“Time After Time”)
DRAMA DIRECTING: Alan Taylor, The Sopranos ("Kennedy & Heidi")
DRAMA WRITING: David Chase, The Sopranos (“Made in America”)

MADE FOR TV MOVIE: Bury My Heart at Wounded Knee
MINISERIES: Broken Trail
MOVIE/MINISERIES LEAD ACTOR: Robert Duvall, Broken Trail
MOVIE/MINISERIES LEAD ACTRESS: Helen Mirren, Prime Suspect: The Final Act
MOVIE/MINISERIES SUPPORTING ACTOR: Thomas Haden Church, Broken Trail
MOVIE/MINISERIES SUPPORTING ACTRESS: Judy Davis, The Starter Wife
MOVIE/MINISERIES DIRECTING: Philip Martin, Prime Suspect – The Final Act
MOVIE/MINISERIES WRITING: Frank Deasy, Prime Suspect – The Final Act

REALITY/COMPETITION PROGRAM: The Amazing Race

VARIETY PERFORMANCE: Tony Bennett: An American Classic - Tony Bennett
VARIETY SERIES: Daily Show with Jon Stewart ("Bill Richardson 3/28/07")
VARIETY DIRECTING:Tony Bennett: An American Classic - Rob Marshall
VARIETY WRITING: Late Show With Conan O’Brien

Sunday, September 16, 2007

59th Annual Primetime Emmy Awards 2007

A entrega dos 59th Annual Primetime Emmy Awards, que acontece no Shrine Auditoruim, em Los Angeles, hoje, dia 16 de Setembro, marca o início da temporada de premiações 2007-2008 (que termina com a entrega dos Oscars, em Fevereiro do próximo ano). A premiação, que terá a apresentação de Ryan Seacrest (do programa “American Idol”), é outorgada pela Academia de Artes e Ciências Televisivas e tem como objetivo principal celebrar aquilo que de melhor foi produzido pelas emissoras de tevê dos Estados Unidos.

A festa contará com a participação de grandes nomes da indústria da TV norte-americana da atualidade e, além disso, o Emmy Awards trará performances musicais de Tony Bennett e Christina Aguilera (cantando “Steppin’ Out With My Baby”), do elenco de “Family Guy”, dos elencos do musical “Jersey Boys” e do seriado “The Sopranos”, de Kanye West e Rainn Wilson (de “The Office”), entre outras.

A noite será imperdível e terá transmissão do canal Sony Entertainment Television (a partir das 20hs.) e do canal E! Entertainment Television (a partir das 17hs., com o post-show da premiação começando a meia-noite).

O blog “Cinéfila por Natureza” passou as duas últimas semanas analisando as principais categorias do Emmy 2007 e agora relembra seus palpites para todas as categorias do telecast:

COMEDY SERIES: The Office
COMEDY LEAD ACTOR: Steve Carell, The Office ("Business School")
COMEDY LEAD ACTRESS: America Ferrera, Ugly Betty ("Pilot")
COMEDY SUPPORTING ACTOR: Jeremy Piven, Entourage ("Manic Monday")
COMEDY SUPPORTING ACTRESS: Jenna Fischer, The Office ("The Job")
COMEDY DIRECTING: Richard Shepard, Ugly Betty ("Pilot")
COMEDY WRITING: Tina Fey, 30 Rock ("Tracy Does Conan")

DRAMA SERIES: The Sopranos
DRAMA LEAD ACTOR: James Gandolfini, The Sopranos ("The Second Coming")
DRAMA LEAD ACTRESS: Sally Field, Brothers & Sisters ("Mistakes Were Made, Part 2")
DRAMA SUPPORTING ACTOR: Michael Imperioli, The Sopranos ("Walk Like A Man")
DRAMA SUPPORTING ACTRESS: Sandra Oh, Grey's Anatomy ("From A Whisper to a Scream")
DRAMA DIRECTING: Alan Taylor, The Sopranos ("Kennedy & Heidi")
DRAMA WRITING: Terence Winter, The Sopranos ("The Second Coming")

MADE FOR TV MOVIE: Longford
MINISERIES: Broken Trail
MOVIE/MINISERIES LEAD ACTOR: Robert Duvall, Broken Trail
MOVIE/MINISERIES LEAD ACTRESS: Helen Mirren, Prime Suspect: The Final
Act
MOVIE/MINISERIES SUPPORTING ACTOR: Thomas Haden Church, Broken Trail
MOVIE/MINISERIES SUPPORTING ACTRESS: Samantha Morton, Longford
MOVIE/MINISERIES DIRECTING: Walter Hill, Broken Trail
MOVIE/MINISERIES WRITING: Alan Geoffrion, Broken Trail

REALITY/COMPETITION PROGRAM: American Idol ("Idol Gives Back - Part 2" 4/25/07)

VARIETY PERFORMANCE:
Tony Bennett: An American Classic - Tony Bennett
VARIETY SERIES: Daily Show with Jon Stewart ("Bill Richardson 3/28/07")
VARIETY DIRECTING: Tony Bennett: An American Classic - Rob Marshall
VARIETY WRITING: Daily Show with Jon Stewart

Post-edit: O Sony Entertainment Television vai anunciar, durante a transmissão do Emmy 2007, quais as séries novas do seu primetime. Alguns nomes já estão confirmados, como os da série "Samantha Who?" (com Christina Applegate), "Rules of Engagement" (com David Spade), "My Boys", além do "The Daily Show With Jon Stewart" (que costumava ir ao ar todos os sábados na CNN International). No entanto, boatos da Internet dão conta que a grande notícia a ser divulgada hoje à noite é que o Sony Entertainment Television finalmente anunciará a transmissão do seriado "Ugly Betty" a partir de Novembro deste ano. Os fãs agradecem, se esta notícia for realmente verdadeira.

Saturday, September 15, 2007

Cidade dos Homens (2007)

Existe uma concepção muito errônea quando se toca no nome de “Cidade dos Homens”, série idealizada pela O2 Filmes em parceria com a Rede Globo, e que, agora, chega aos cinemas pelas mãos do diretor Paulo Morelli. Muita gente pensa que a série era uma continuação do filme “Cidade de Deus”, do diretor Fernando Meirelles. No entanto, se existem algumas semelhanças entre série e filme são: o fato de que “Cidade dos Homens” é estrelada pela dupla Douglas Silva e Darlan Cunha (que tinham papéis no filme de Meirelles), de que as histórias de ambos se passam nas favelas do Rio de Janeiro e de que o estilo de filmar é o mesmo (de caráter documental). No mais, o tema principal de “Cidade dos Homens” é fazer uma crônica sobre o crescimento da dupla Acerola (Silva) e Laranjinha (Cunha) em meio à vida dura na favela, com todas as tentações que ela apresenta.

O filme tem uma trama que dá destaque, principalmente, ao personagem de Douglas Silva e toca fundo na figura do pai. Como sabemos, Acerola e Laranjinha são filhos de pais que não participaram de sua criação. Acerola sempre lidou bem com isso, mas, quando se vê como pai do garoto Cleiton, a situação muda de figura, porque ele, claramente, não está pronto para tal responsabilidade. Já Laranjinha, sempre se ressentiu do fato de que não teve um pai que lhe ensinasse as coisas. Com a proximidade dos seus 18 anos, os dois vão passar por uma grande jornada que tem como objetivo o encontro de uma identidade, através da busca pelas suas origens.

Como não poderia faltar em uma obra como “Cidade dos Homens”, o diretor Paulo Morelli (que trabalhou com Elena Soarez na construção do roteiro do filme) faz uma menção à realidade social em que vivem Acerola e Laranjinha. O morro em que eles residem passa a ser alvo de disputa entre dois antigos camaradas, Madrugadão (Jonathan Haagensen) e Nefasto; e, novamente, veremos aquela constante tentação para quem vive em um ambiente como esse: cair na criminalidade.

O diretor Paulo Morelli não é nenhum Fernando Meirelles; e, muito menos, tenta fazer de seu “Cidade dos Homens” um novo “Cidade de Deus”. O objetivo dele é retratar como é difícil tentar crescer e assumir responsabilidades dentro de um ambiente em que a tensão é algo constante, como a favela. Nesse sentido, o filme cumpre bem o seu papel e faz uma ótima transição da telinha para o cinema. O destaque de “Cidade dos Homens” vai para Douglas Silva, que agarra a oportunidade que teve para mostrar o seu talento. A atuação dele é maravilhosa, especialmente no segundo ato do filme.

Cotação: 6,5

Cidade dos Homens - O Filme (Cidade dos Homens, Brasil, 2007)
Diretor(es): Paulo Morelli
Roteirista(s): Elena Soarez, Paulo Morelli
Elenco: Douglas Silva, Darlan Cunha, Rodrigo dos Santos, Camila Monteiro, Naima Silva, Luciano Vidigal, Pedro Henrique, Jonathan Haagensen

Friday, September 14, 2007

Emmy 2007 - Drama and Comedy Series

Outstanding Drama Series

Boston Legal • ABC • David E. Kelley Productions in association with Twentieth Century Fox Television
Grey’s Anatomy • ABC • ABC Studios
Heroes • NBC • Tailwind Productions in association with NBC Universal Television Studio
House • Fox • Heel and Toe Productions, Shore Z Productions, Bad Hat Harry Productions in association with NBC Universal Television Studio
The Sopranos • HBO • Chase Films and Brad Grey Television in association with HBO Entertainment

Uma série amada pela crítica e pelo público na sua temporada final (“The Sopranos”). A série, que mesmo com os barracos fora das telas, continua a ser uma das mais comentadas – e assistidas (“Grey’s Anatomy”). Aquela que ganhou, recentemente, o título de melhor programa do ano, de acordo com a Associação de Críticos de TV dos EUA (“Heroes”). E dois azarões: “House” e a chatíssima “Boston Legal”. “The Sopranos” chega com toda a pompa de favorito justamente por ser esta a sua última temporada. A única série que pode tirar o prêmio dos mafiosos é “Grey’s Anatomy”.

Rankings:
1. “The Sopranos”
2. “Grey’s Anatomy”
3. “Heroes”
4. “House”
5. “Boston Legal”

Quem vai ganhar: “The Sopranos” – alguém ainda tem dúvidas sobre isso???
Fique de olho em: “Grey’s Anatomy” – nunca descarte a série mais comentada – para o bem e para o mal – dos EUA.


Outstanding Comedy Series

Entourage • HBO • Leverage and Closest to the Hole Productions in association with HBO Entertainment
The Office • NBC • Deedle-Dee Productions, Reveille, LLC, in association with NBC Universal Television Studio
30 Rock • NBC • Broadway Video, Little Stranger, in association with NBC Universal Television Studio
Two And A Half Men • CBS • Chuck Lorre Productions, Inc., The Tannenbaum Company in association with Warner Bros. Television
Ugly Betty • ABC • ABC Studios
Nesta categoria, temos uma briga bem interessante entre dois estilos de séries de comédia. De um lado, a sitcom tradicional, que ainda sobrevive, através da indicação de “Two and a Half Men” – série esta que chega com uma moral enorme no Emmy devido a indicação de quase todo seu elenco, com exceção do garoto Angus T. Jones. De outro lado, séries como “Entourage”, “The Office”, “30 Rock” e “Ugly Betty”, que mostram a nova maneira de se fazer comédia na televisão com uma linguagem diferente e criativa, que torna estes shows tão ricos e únicos.

A disputa pelo Emmy deve ser monopolizada por: “The Office”, show que está no primetime de quinta-feira da rede NBC (num combo fulminante com a injustamente esquecida “My Name is Earl”) e que tem sua força no grande elenco e nos roteiros originais; e “Ugly Betty”, uma das séries novas mais comentadas da temporada 2006-2007, com sua linguagem exagerada, com influências das soap-operas, suas tiradas cômicas inteligentíssimas e pela ousadia de colocar o feio na moda.

Rankings:
1. “Ugly Betty”
2. “The Office”
3. “30 Rock”
4. “Entourage”
5. “Two and Half Men”

Quem vai ganhar: “The Office” vai prevalecer pelo segundo ano consecutivo.
Fique de olho em: “Ugly Betty” e “30 Rock”. A primeira, por ser a série de comédia com o maior número de indicações ao Emmy. A segunda, por ter sido perfeita na sua escolha de episódios para os votantes da Academia.

Thursday, September 13, 2007

Emmy 2007 - Lead Actress in a Drama Series

Outstanding Lead Actress In A Drama Series

Brothers & Sisters • ABC • ABC Studios
Sally Field as Nora Walker
Histórico no Emmy:
7 indicações e duas vitórias – uma na categoria de Best Actress in a Drama and Comedy Special por “Sybil” (1977) e a segunda na categoria de Guest Actress in a Drama Series por “ER” (2001).
Episódio: “Mistakes Were Made (Part 2)”
Claramente, não é só a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas que ama Sally Field. A Academia de Ciências e Artes Televisivas também a adora. “Mistakes Were Made (Part 2)” é um dos melhores episódios que eu vi na temporada 2006-2007. Um roteiro primoroso, que coloca a família Walker e, particularmente, a matriarca Nora, vivendo os mesmos conflitos experimentados em duas épocas distintas. Dois feriados de Ação de Graças marcados pelo fato de que seu filho mais novo, Justin (Dave Annable), se alistou no exército e foi chamado para lutar no Afeganistão e, posteriormente, no Iraque. Sally Field dá uma aula de interpretação como a mãe angustiada que só quer proteger seu filho. E o episódio ainda conta com uma Calista Flockhart inspiradíssima. Field se coloca como uma das favoritas ao Emmy de Lead Actress in a Drama Series.

The Closer • TNT • The Shephard/Robin Company in association with Warner Bros. Television
Kyra Sedgwick as Dep. Chief Brenda Leigh Johnson
Histórico no Emmy:
2 indicações e nenhuma vitória.
Episódio: “Slippin’”
Kyra Sedgwick é uma das melhores atrizes trabalhando na televisão atualmente. A maneira como ela construiu a personagem Brenda Leigh Johnson é simplesmente fantástica e passa pelo sotaque típico do sul dos EUA, pelos gestos, trejeitos e olhares. Brenda realmente faz jus à sua reputação de excelente “fechadora de casos”. Em “Slippin’”, o caso que ela investiga é o assassinato de dois estudantes que pode ter algo a ver com brigas de gangues. Além disso, Brenda tenta despistar a sua mãe (que está lhe fazendo uma visita) a respeito do seu relacionamento com Fritz (Jon Tenney). Como sempre, Kyra tem uma atuação muito boa no episódio, especialmente nas partes em que ela está na sala de interrogatório. “Slippin’”, por sinal, não é o melhor episódio dela na segunda temporada de “The Closer”. Para deixar a competição para trás e vencer o Emmy de forma absoluta, ela teria, por exemplo, que submeter “Critical Missing” ou “Heroic Measures”.

Law & Order: Special Victims Unit • NBC • A Wolf Films Production in association with NBC Universal Television Studio
Mariska Hargitay as Detective Olivia Benson
Histórico no Emmy:
4 indicações e uma vitória na categoria de Best Actress in a Drama Series (2006) por sua performance neste seriado.
Episódio: “Florida”
Atual vencedora do Emmy, Mariska Hargitay, além de ser uma ótima atriz, sabe como poucas escolher o episódio perfeito para apresentar na premiação. Neste ano, para tentar conquistar seu segundo Emmy consecutivo, ela escolhe “Florida”. Neste episódio, a detetive Olivia Benson arrisca a sua carreira para proteger seu meio-irmão, que está sendo acusado de estupro. A personagem que Hargitay interpreta neste seriado é muito complexa. Uma detetive que trabalha numa Unidade de Crimes Sexuais, filha de um estuprador, com um irmão agora acusado de estupro. O material psicológico que a atriz tem é imenso e ela – no caso particular de “Florida” – dá um show de atuação em um episódio que tem um roteiro excelente e performances inspiradas dos atores convidados, em especial de Kim Delaney.

Medium • NBC • CBS Paramount Television, Grammnet, Picturemaker Productions
Patricia Arquette as Allison Dubois
Histórico no Emmy:
2 indicações e uma vitória na categoria de Best Actress in a Drama Series (2005) pelo seu trabalho neste seriado.
Episódio: “Be Kind, Rewind”
Depois de ficar um ano de castigo por ter “roubado” o Emmy de Mariska Hargitay (que tinha submetido “Charisma”, uma das melhores horas dramáticas recentes da televisão norte-americana), Patricia Arquette volta ao Emmy por total merecimento, tendo em vista que seu trabalho na terceira temporada de “Medium” foi excelente. No seriado, ela interpreta Allison Dubois, uma funcionária da Promotoria Pública, que ajuda na resolução dos casos ao utilizar as suas habilidades mediúnicas. Em “Be Kind, Rewind”, Allison Dubois vive o mesmo dia de várias maneiras diferentes. A cada novo sonho, um novo dia e uma nova pista para seu último caso. A atuação de Arquette é muito boa e seu melhor momento acontece numa cena em que ela está tomando café na cozinha, com sua família, e estoura sobre os problemas com os quais ela é confrontada todos os dias.

The Riches • FX • FX Productions and Fox Television Studios
Minnie Driver as Dahlia Malloy
Histórico no Emmy:
Primeira indicação
Episódio: “Pilot”
Minnie Driver não chega a ser uma surpresa nesta lista. Desde que seu nome foi confirmado entre as pré-indicadas ao Emmy de Lead Actress in a Drama Series, a certeza de sua indicação ficava cada vez mais próxima. “The Riches” conta a história dos Malloys, uma família de trapaceiros que, depois de trair a confiança dos seus familiares, decide embarcar no seu mais audacioso golpe: assumir a identidade de uma rica família e viver com todo luxo que eles têm direito. A personagem que Driver interpreta se chama Dahlia; e ela acaba de sair da prisão e sofre para se readaptar ao mundo real. A atuação de Driver no episódio é bem contida. Ela está o tempo todo como se estivesse num território desconhecido e só nos vinte minutos finais do episódio, a atriz solta toda a raiva acumulada por Dahlia. É uma atuação muito boa, que pode colocar a atriz como a zebra da categoria.

The Sopranos • HBO • Chase Films and Brad Grey Television in association with HBO Entertainment
Edie Falco as Carmela Soprano
Histórico no Emmy:
6 indicações e três vitórias (1999, 2001, 2003) – todas pela sua performance neste seriado.
Episódio: “The Second Coming”
Edie Falco foi indicada por seu trabalho como Carmela Soprano em todas as temporadas do seriado “The Sopranos”. Uma das melhores atrizes do aclamada série da HBO, estranhamente, na última temporada de “The Sopranos”, Falco foi relevada a um status de atriz coadjuvante, e teve pouquíssimo material. Mesmo assim, ela foi indicada ao Emmy de Lead Actress in a Drama Series. Em “The Second Coming” (episódio que também foi escolhido por James Gandolfini), Carmela Soprano lida com os mesmos problemas passados com Tony (James Gandolfini). Seu filho AJ (Robert Iler) acaba no hospital depois de tentar cometer suicídio. Meadow (Jamie-Lynn Sigler) vive um relacionamento secreto com um novo rapaz. O melhor momento dela é a cena em que Carmela coloca a culpa pelo que acontece com AJ em cima de Tony. Mesmo não repetindo os seus melhores anos no seriado, nunca poderemos descartar Falco da vitória no Emmy.

Rankings:
1. Mariska Hargitay, “Law & Order – Special Victims Unit”
2. Sally Field, “Brothers & Sisters”
3. Kyra Sedgwick, “The Closer”
4. Minnie Driver, “The Riches”
5. Patricia Arquette, “Medium”
6. Edie Falco, “The Sopranos”

Quem vai ganhar? Sally Field, “Brothers & Sisters”
Fique de olho em: Todas as indicadas. Lead Actress in a Drama Series é a categoria mais forte do Primetime Emmy Awards 2007 e não podemos descartar nenhuma das atrizes indicadas – até mesmo Edie Falco. No entanto, se formos nos basear nos comentários gerais sobre o Emmy, devemos prestar um pouquinho mais de atenção em: Mariska Hargitay, “Law & Order – Special Victims Unit” e Kyra Sedgwick, “The Closer” – nas últimas semanas, ela vem sendo apontada como a vencedora por muitos sites de previsão, porque existe um consenso geral na indústria de que chegou a hora de ela vencer o Emmy.

Wednesday, September 12, 2007

Emmy 2007 - Lead Actor in a Drama Series

Outstanding Lead Actor In A Drama Series

Boston Legal • ABC • David E. Kelley Productions in association with Twentieth Century Fox Television
James Spader as Alan Shore
Histórico no Emmy:
3 indicações e 2 vitórias como Best Actor in a Drama Series por “The Practice” (2004) e “Boston Legal” (2005)
Episódio: “Angel of Death”
James Spader ficou conhecido pelas suas escolhas inusitadas de papéis no cinema. Depois de um longo tempo desaparecido, ele voltou – e surpreendeu muita gente – ao decidir estrelar a nova fase do antigo seriado “The Practice”, o qual originou “Boston Legal”. Por “Angel of Death”, Spader recebe a sua terceira indicação ao Emmy de Lead Actor in a Drama Series. Uma viagem até Nova Orleans. Uma médica que, durante o Furacão Katrina, praticou eutanásia em cinco pacientes. É este o caso que Alan Shore vai defender. O episódio só vale mesmo pela storyline com Alan e sua cliente. O excelente monólogo quando Alan está fazendo as argumentações finais de seu caso pode dar o Emmy para James Spader.

House • Fox • Heel and Toe Productions, Shore Z Productions, Bad Hat Harry Productions in association with NBC Universal Television
Hugh Laurie as Dr. Gregory House
Histórico no Emmy:
2 indicações e nenhuma vitória
Episódio: “Half Wit”
Hugh Laurie volta ao Emmy – depois de ser esnobado no ano passado – cheio de moral, afinal, somente neste ano, já venceu o Globo de Ouro e o SAG de Lead Actor in a Drama Series. O personagem que ele interpreta, o Dr. Gregory House, é um cara totalmente politicamente incorreto e com um senso de humor sarcástico até demais. Em “Half Wit”, ele tem como paciente um prodígio da música (o cantor Dave Matthews) que possui um dano cerebral seriíssimo. Enquanto House se dedica por completo ao paciente, os seus colegas de trabalho se deparam com uma descoberta a respeito da saúde do próprio House. O episódio é bom, e Laurie está muito bem nele – o que o coloca na briga pelo Emmy de Lead Actor in a Drama Series.

Rescue Me • FX • Produced by Apostle, the Cloudland Company and DreamWorks Television in association with Sony Pictures Television
Denis Leary as Tommy Gavin
Histórico no Emmy:
3 indicações e nenhuma vitória
Episódio: “Retards”
A Academia adora este seriado, cuja temporada mais recente acaba de estrear no canal FOX. No Emmy 2006, Denis Leary teve um episódio poderoso em que seu personagem, um alcoólatra em recuperação, vê seu filho ser morto por um motorista que dirigia embriagado. Não só o seu personagem não tem tempo, como também tem outros problemas que evitam com que ele lide com a morte do filho. Era uma performance poderosa num episódio excelente. Para o Emmy 2007, a impressão que se tem é a de que a indicação de Leary já é a sua grande vitória.

The Sopranos • HBO • Chase Films and Brad Grey Television in association with HBO Entertainment
James Gandolfini as Tony Soprano
Histórico no Emmy:
6 indicações e três vitórias (2000, 2001, 2003) – todas pela sua interpretação neste seriado.
Episódio: “The Second Coming”
James Gandolfini é um ator muito acostumado a interpretar tipos rudes e violentos. Como Tony Soprano, o ator alcançou aquilo que faltava para a sua carreira: reconhecimento. Em “The Second Coming”, Tony lida com conflitos em relação aos seus filhos. Meadow (Jamie-Lynn Sigler), durante um encontro misterioso, é abordada por um dos desafetos do pai. AJ (Robert Iler) vai parar no hospital depois de ser salvo de uma tentativa de suicídio pelo pai. James Gandolfini está muito bem nesse episódio como o pai que se culpa por aquilo que acontece com seus filhos. Ele tem momentos muito bons, especialmente aqueles em que ele reflete durante a sua sessão de terapia com a Dra. Melfi (Lorraine Bracco, indicada ao Emmy na categoria de Supporting Actress in a Drama Series).

24 • Fox • Imagine Television & 20th Century Fox Television in association with Realtime Productions
Kiefer Sutherland as Jack Bauer
Histórico no Emmy:
6 indicações e 2 vitórias – uma como produtor de “24” (2006) e outra na categoria de Best Actor in a Drama Series (2006) também pelo seriado.
Episódio: “Day 6 – 5AM 6AM”
Atual vencedor do Emmy, Kiefer Sutherland volta à premiação – desta vez enfraquecido pela ausência de “24” da lista de indicados em Best Drama Series. Como uma espectadora que nunca assistiu a um episódio de “24”, a impressão que eu tinha a respeito de Jack Bauer era a de que ele é um homem de caráter firme, persistente e que faria o possível – e o impossível – para exercer bem o seu papel e salvar o seu país de inimigos terríveis. O episódio escolhido por Kiefer Sutherland para o Emmy 2007 é uma agradável surpresa, no sentido de que mostra um lado diferente de Jack Bauer. Aqui, ele não está lutando pelo seu país; e sim, por si mesmo. Ele quer evitar que seu sobrinho seja uma “perda aceitável” em um ataque planejado pelo Secretário de Defesa da presidência dos EUA. Ele quer ter a sua vida de volta e viver ao lado da mulher que ama (Kim Raver). O episódio é bom e Sutherland tem alguns momentos importantes nele. Só não sei se eles serão suficientes para fazer com que ele seja o vencedor do Emmy.

Rankings:
1. James Gandolfini, “The Sopranos”
2. Hugh Laurie, “House”
3. James Spader, “Boston Legal”
4. Kiefer Sutherland, “24”
5. Denis Leary, “Rescue Me”

Quem vai ganhar? James Gandolfini, “The Sopranos”
Fique de olho em: James Spader, “Boston Legal” – o ator tem 100% de aproveitamento no Emmy, com 2 indicações e 2 vitórias – todas com o papel de Alan Shore. Será que ele ganha de novo?

Tuesday, September 11, 2007

Emmy 2007 - Lead Actress in a Comedy Series

Outstanding Lead Actress In A Comedy Series

Desperate Housewives • ABC • ABC Studios
Felicity Huffman as Lynette Scavo
Histórico no Emmy:
2 indicações e uma vitória como Best Actress in a Comedy Series (2005) pelo seu trabalho neste seriado.
Episódio: “Bang”
Felicity Huffman conquistou a indicação mais importante de “Desperate Housewives”, no Emmy 2007, por este que é o melhor episódio da terceira temporada do seriado. “Bang” gravita em torno de um mesmo tema: a traição (seja ela conjugal ou familiar) e a maneira pela qual as pessoas reagem a ela. Carolyn Bigsby (Laurie Metcalf, que estava indicada na categoria de Guest Actress in a Comedy Series pela sua participação neste seriado), após saber que seu marido a traía, invade o supermercado dele e toma os clientes como reféns. A trajetória de Lynette e de Carolyn se cruza quando a primeira se vê presa, dentro do supermercado, com Nora (Kiersten Warren), a mulher com quem seu marido Tom (Doug Savant) teve um caso – e uma filha – e com a qual ela vinha brigando constantemente, especialmente por causa dos constantes flertes entre os dois. Huffman está excelente – como sempre, aliás – neste episódio, mas, infelizmente, pode ser prejudicada, pois sua atuação é um pouco ofuscada pela fenomenal performance de Laurie Metcalf – que cometeu o gravíssimo erro de não indicar “Bang” na categoria em que foi indicada e, por isso, perdeu o Emmy ao qual concorria.

The New Adventures Of Old Christine • CBS • Kari’s Logo Here in association with Warner Bros. Television
Julia Louis-Dreyfus as Christine Campbell
Histórico no Emmy:
9 indicações ao Emmy e 2 vitórias – uma como Best Supporting Actress in a Comedy Series por “Seinfeld” (1996) e outra como Best Actress in a Comedy Series (2006) pelo seu trabalho neste seriado.
Episódio: “Playdate With Destiny”
Atual vencedora do Emmy, Julia Louis-Dreyfus é a única das atrizes indicadas nesta categoria a estar em uma sitcom tradicional. Se, no ano passado, ela foi considerada a grande zebra em sua categoria, Dreyfus volta com todo merecimento, devido ao crescimento criativo que “The New Adventures of Old Christine” mostrou nesta segunda temporada. Em “Playdate With Destiny”, a gente acompanha mais um capítulo do flerte proibido entre Christine e o Sr. Harris (Blair Underwood), o professor de Ritchie (filho de Christine). O flerte é proibido, pois a escola em que Ritchie estuda não permite que os professores e os pais tenham um relacionamento mais pessoal. A situação fica complicada quando, no Baile de Gala da escola, Ritchie ganha um encontro com o professor. Dreyfus é uma excelente comediante e nas cenas que se passam no Baile de Gala, ela e Wanda Sykes (que foi roubada de uma indicação ao Emmy de Guest Actress in a Comedy Series) dão um verdadeiro show. Um episódio essencialmente cômico e que coloca Dreyfus em uma posição privilegiada para brigar pelo seu segundo Emmy consecutivo nesta categoria.

30 Rock • NBC • Broadway Video, Little Stranger, in association with NBC Universal Television Studio
Tina Fey as Liz Lemon
Histórico no Emmy:
7 indicações e uma vitória (2002) como parte da equipe de roteiristas do programa “Saturday Night Live”
Episódio: “Up All Night”
Tina Fey é uma das líderes de indicações no Emmy 2007. Sozinha, ela tem 3 indicações – uma delas é esta na categoria de Lead Actress in a Comedy Series. “Up All Night” é um episódio simplesmente maravilhoso. No dia dos namorados, a equipe do programa TGS passa a noite toda acordada e trabalhando num novo episódio enquanto têm que lidar com seus próprios problemas. No caso particular de Liz Lemon, o que acontece com ela é o seguinte: ela recebe flores de um admirador secreto e vai atrás da identidade dele; e, como sempre, ela vai ter que tirar Jack Donaghy (Alec Baldwin, indicado ao Emmy de Lead Actor in a Comedy Series) das encrencas em que ele se mete. Tina Fey não tem muito o que fazer no episódio e, provavelmente, nem tem chances de vencer nesta categoria. As maiores chances de ela ganhar são na categoria de Writing in a Comedy Series – onde vai enfrentar outro líder de indicações, Ricky Gervais.

Ugly Betty • ABC • ABC Studios
America Ferrera as Betty Suarez
Histórico no Emmy
: Primeira indicação.
Episódio: “Pilot”
Assim como Alec Baldwin e Hugh Laurie, America Ferrera chega cheia de moral ao Emmy 2007, tendo em vista que venceu, somente neste ano, os prêmios Globo de Ouro e SAG na categoria de Lead Actress in a Comedy Series. O episódio piloto de “Ugly Betty” tem claras influências do filme “O Diabo Veste Prada”. Aqui, acompanharemos Betty Suarez no início da jornada em busca da realização de seu grande sonho: ser jornalista em uma grande revista. Ela arruma um emprego como assistente de Daniel Meade (Eric Mabius), o editor-chefe da revista “Mode”, mas sofre muito nas mãos dele e dos outros funcionários da empresa porque a sua imagem não é adequada ao mundo atual, em que a aparência é tudo. O que se destaca aqui, desde já, é a atuação marcante de America como Betty: o equilíbrio da timidez com o enorme carisma, os fortes valores familiares, a garra, a persistência e o enorme coração que ela deu para Betty. É impossível não gostar, torcer ou se emocionar com America e sua Betty. E, neste episódio, ela tem grandes momentos, mas o destaque maior é o ensaio fotográfico em que Betty tem que ser a modelo do dia. Uma cena de partir o coração. America Ferrera é a favorita absoluta ao Emmy de Lead Actress in a Comedy Series.

Weeds • Showtime • Showtime Presents in association with Lions Gate Television and Tilted Productions
Mary-Louise Parker as Nancy Botwin
Histórico no Emmy:
4 indicações e uma vitória na categoria de Best Supporting Actress in a Movie or Miniseries (2004) pela sua performance na minissérie “Angels in America”
Episódio: “Mrs. Botwin’s Neighborhood”
Uma das atrizes mais completas do momento, com trabalhos relevantes em cinema, teatro e televisão, Mary-Louise Parker volta ao Emmy pela sua performance como Nancy Botwin, a dona-de-casa que vive num subúrbio e que sustenta a família de uma forma peculiar: ao vender maconha. Em “Mrs. Botwin’s Neighborhood”, Nancy passa por alguns problemas: a namorada de seu filho Silas (Hunter Parrish) engravidou e a presença, na sua vizinhança, de uma família da Armênia que tira o seu sustento da mesma forma que ela. Parker tem duas grandes cenas: uma briga com Celia (Elizabeth Perkins, indicada ao Emmy de Supporting Actress in a Comedy Series) e o confronto com o pai da namorada de Silas. Mas, infelizmente, este é um episódio que a deixa com poucas chances de brigar pelo Emmy de Lead Actress in a Comedy Series.

Rankings:
1. America Ferrera, “Ugly Betty”
2. Felicity Huffman, “Desperate Housewives”
3. Julia Louis-Dreyfus, “The New Adventures of Old Christine”
4. Mary-Louise Parker, “Weeds”
5. Tina Fey, “30 Rock”

Quem vai ganhar? America Ferrera, “Ugly Betty” – não existe uma maneira para resistir a esta personagem e à performance sensacional de Ferrera.
Fique de olho em: Felicity Huffman, “Desperate Housewives” e Julia Louis-Dreyfus, “The New Adventures of Old Christine”. A primeira, pois, se ganhar, não será a primeira atriz de uma série de comédia a vencer com um episódio essencialmente dramático (Helen Hunt, Sarah Jessica Parker e Cynthia Nixon são alguns exemplos vitoriosos). A segunda, por ser a única indicada por uma sitcom tradicional – fato este que pode ajudá-la a vencer.

Monday, September 10, 2007

Emmy 2007 - Creative Arts e Lead Actor in a Comedy Series

No sábado, dia 08 de Setembro, aconteceu a entrega dos prêmios Creative Arts Emmy Awards, com as categorias que não se encontram no telecast principal da premiação. Na noite, algumas marcas importantes foram quebradas e favoritos declarados perderam, como:

- o reality show “American Idol” com a vitória conseguida na categoria de Technical Direction Special (pelo episódio “Idol Gives Back”) não pode mais se tornar o show mais perdedor da história do Emmy Awards.

- a comediante Kathy Griffin quebrou o favoritismo de “Extreme Makeover – Home Edition” e, com seu reality show “Kathy Griffin – My Life on the D List”, conquistou o Emmy de Best Reality Program.

- as maiores surpresas vieram nas categorias de Guest Actor and Actress in a Comedy and Drama Series. Três dos vencedores não eram os esperados. Ganharam: John Goodman, “Studio 60 on the Sunset Strip (Drama Series); Leslie Caron, “Law & Order: Special Victims Unit” (Drama Series); Stanley Tucci, “Monk” (Comedy Series) e Elaine Stricht, “30 Rock” (Comedy Series).

O maior vencedor da noite foi a rede HBO, com 15 prêmios; seguida pela CBS, que conquistou 12 estatuetas.

Dando continuidade ao nosso especial sobre o Primetime Emmy Awards 2007, vamos falar nesta semana que antecede o Emmy sobre as categorias principais de atuação (Ator e Atriz em séries de Comédia e Drama) e sobre as categorias de série de Comédia e Drama.

Outstanding Lead Actor In A Comedy Series

Extras • HBO • BBC and HBO Entertainment
Ricky Gervais as Andy Millman
Histórico no Emmy:
6 indicações e uma vitória como produtor do seriado “The Office” (2006)
Episódio: “Sir Ian McKellen”
Ricky Gervais é uma das mentes mais brilhantes da comédia inglesa atual. Depois de criar o seriado “The Office”, ele aparece com “Extras”, uma série que já contou com a participação de astros como Kate Winslet e Daniel Radcliffe. Em “Ian McKellen”, o convidado da vez é o aclamado ator inglês indicado ao Oscar pela sua performance em "Deuses e Monstros". Todo o episódio gira em torno do desconforto de Andy em atuar em uma peça com o Ian McKellen, em que eles irão interpretar uma história de amor entre dois homens. Como sempre acontece em todos os episódios da série “Extras”, o papel de Ricky Gervais é servir de plataforma para que suas estrelas convidadas brilhem. E Ian McKellen está sensacional neste episódio, pelo qual foi indicado na categoria de Guest Actor in a Comedy Series. Gervais tem mais chances na briga pelo Emmy na categoria de Writing in a Comedy Series.

Monk • USA • NBC Universal Television Studio in association with Mandeville Films and Touchstone
Tony Shalhoub as Adrian Monk
Histórico no Emmy:
5 indicações e três vitórias (2003, 2005, 2006) – todas pela sua performance neste seriado
Episódio: “Mr. Monk Gets a New Shrink”
Atual vencedor desta categoria, Tony Shalhoub está de volta pela sua interpretação de Adrian Monk, o detetive que tem transtorno obsessivo compulsivo. Em “Mr. Monk Gets a New Shrink”, o terapeuta de Monk (Stanley Kamel) decide se aposentar quando uma de suas funcionárias (Sara Sanderson) é assassinada. Como Monk não gosta de mudanças e não quer aceitar a idéia de ter que arranjar um novo médico, a melhor saída para ele é investigar o crime, na esperança de que seu terapeuta desista da aposentadoria. O melhor momento de Shalhoub acontece na primeira parte deste episódio – que, no geral, é muito chato.

The Office • NBC • Deedle-Dee Productions, Reveille, LLC, in association with NBC Universal Television Studio
Steve Carell as Michael Scott
Histórico no Emmy:
2 indicações e nenhuma vitória
Episódio: “Business School”
É difícil de acreditar, mas Steve Carell ainda não ganhou um Emmy pela sua interpretação em “The Office”. Na sua segunda tentativa, ele submete “Business School”, um episódio que é centrado em uma palestra que Michael Scott dará na escola de administração aonde um de seus funcionários estuda. Nesse episódio, a gente verá algumas das facetas mais peculiares de Michael: o seu egocentrismo e a sua maneira única de “inspirar” seus funcionários. O episódio se perde numa trama boba paralela que coloca os funcionários de Michael lutando contra um morcego que apareceu no prédio. Mas, “Business School” vale a pena por todos os momentos em que Carell está na tela. Ele está sensacional.

30 Rock • NBC • Broadway Video, Little Stranger, in association with NBC Universal Television Studio
Alec Baldwin as Jack Donaghy
Histórico no Emmy:
6 indicações e nenhuma vitória
Episódio: “Hiatus”
Atual vencedor do Globo de Ouro e do SAG de Lead Actor in a Comedy Series, Alec Baldwin é indicado ao Emmy pela sua performance em “30 Rock”. O episódio que ele escolheu foi a season finale da primeira temporada do programa e o clima está totalmente tenso para Jack Donaghy. Com o astro do programa desaparecido e nas vésperas de seu casamento com Phoebe (Emily Mortimer), ele tem que lidar com as pressões que vêm de todos os lados. O episódio tem ótimos momentos, mas nenhum deles vem por obra de Alec Baldwin. Acho que, com um episódio desses, as chances dele vencer nesta categoria são mínimas.

Two And A Half Men • CBS • Chuck Lorre Productions, Inc., The Tannenbaum Company in association with Warner Bros. Television
Charlie Sheen as Charlie Harper
Histórico no Emmy:
2 indicações e nenhuma vitória
Episódio: “Who’s Vod Kanockers”
Depois de um longo período de recuperação do vício em drogas, Charlie Sheen reencontrou o sucesso na televisão – primeiro com “Spin City” e, depois, com “Two and a Half Men”. Neste episódio, Alan (Jon Cryer) confronta Charlie sobre a maneira com que ele tem levado a vida desde que acabou o noivado com Mia (Emanuelle Vaugier). Isto faz com que Charlie finalmente conte a verdade para o irmão sobre o por quê de ele não ter se casado com Mia – fato que faz Alan se sentir extremamente culpado. Charlie Sheen está ótimo neste episódio, numa atuação sem exageros e que o coloca na posição de zebra da categoria de Lead Actor in a Comedy Series.

Rankings:
1. Steve Carell, “The Office”
2. Tony Shalhoub, “Monk”
3. Charlie Sheen, “Two and a Half Men”
4. Alec Baldwin, “30 Rock”
5. Ricky Gervais, “Extras”

Quem vai ganhar? Finalmente, Steve Carell, “The Office”
Fique de olho em: Tony Shalhoub, “Monk” e Alec Baldwin, “30 Rock” – que, mesmo com uma péssima escolha de episódio chega com pinta de favorito ao Emmy 2007.

Sunday, September 09, 2007

Licença Para Casar (License to Wed, 2007)

Em “Entrando Numa Fria”, comédia dirigida por Jay Roach, Ben Stiller interpreta um cara que, depois de encontrar a mulher de seus sonhos e pedi-la em casamento, vai passar pelo grande teste antes da cerimônia: conhecer os pais de sua noiva. Na realidade, esta se revelará uma situação particularmente difícil para o personagem de Stiller, que vai passar pelo pão que o diabo amassou nas mãos de seu sogro (Robert de Niro). No entanto, o filme tem uma moral até interessante: se o personagem de Stiller pode sobreviver ao sogro, não há nada que possa impedi-lo de ser feliz ao lado de sua noiva.

A comédia “Licença Para Casar”, do diretor Ken Kwapis, tem uma história bastante parecida com a de “Entrando Numa Fria”. Benjamin Murphy (John Krasinski, do seriado “The Office”) conhece Sadie Jones (Mandy Moore). Os dois se apaixonam, vão morar juntos e marcam a data do seu casamento. Sadie tem um sonho desde pequena: se casar na Igreja construída pelo seu avô e cujo reverendo, o Padre Frank (Robin Williams), é um homem que a conhece desde pequena. Frank aceita a tarefa de abençoar a união do casal com prazer, mas coloca uma condição para a cerimônia se realizar: os dois têm que passar em um curso de noivos desenvolvido por ele.

O curso tem um objetivo bastante interessante e coloca Ben e Sadie em situações do dia-a-dia, mas antecipando os acontecimentos que os dois enfrentarão como marido e mulher, como discussões por coisas bobas, a decisão do momento de ter o primeiro filho e como o nascimento de uma criança irá afetar a vida dele a dois, a construção da confiança mútua e, principalmente, o estabelecimento de uma união forte e sólida, que dure para sempre. O que Ben, principalmente, questiona é a metodologia do curso de noivos de Frank, que coloca o casal em situações que testam os seus limites e, na pior das hipóteses, mais causa o afastamento do que a aproximação.

O trabalho desenvolvido por Ken Kwapis – um diretor cujo maior sucesso no cinema foi o filme juvenil “Quatro Amigas e um Jeans Viajante”, e é mais conhecido como o homem por trás de muitos episódios excelentes do seriado “The Office” (pelo qual está indicado ao Emmy 2007 de Melhor Direção em um Episódio de Comédia) – em “Licença Para Casar” é bom, tendo em vista que o filme é muito engraçado e se destaca positivamente na safra dos filmes de comédia de 2007. No entanto, fica a sensação de que o diretor poderia ter ousado mais, especialmente na escolha de seu par central. John Krasinski interpreta uma versão de Jim Halpert, seu personagem no seriado “The Office”. Já Mandy Moore interpreta, mais uma vez, a mocinha organizada, mas que acredita piamente no amor. Mesmo assim, os méritos vão todos para Kwapis na escalação de Robin Williams, como o Pastor Frank, e da revelação Josh Flitter (que interpreta um Pastor mirim, que tem Frank como mentor). É essa dupla inusitada que faz “Licença Para Casar” valer a pena.

Cotação: 8,0

Saturday, September 08, 2007

A Hora do Rush 3 (Rush Hour 3, 2007)

Os filmes de ação da série “A Hora do Rush” são alguns daqueles que possuem uma característica de megalomania. Dois astros de características opostas – o irritante Chris Tucker e Jackie Chan – são colocados em tramas que se passam em três grandes metrópoles mundiais (Los Angeles, Hong Kong e Paris). Em comum entre os três filmes, o fato de que as tramas põem o detetive James Carter (Tucker) e o Inspetor Chefe Lee (Chan) contra grandes grupos de mafiosos.

“A Hora do Rush 3” – que, assim como os outros filmes da série, é dirigido por Brett Ratner –, tem uma história que dialoga bastante com a do primeiro filme, que foi lançado em 1998. Neste, Carter e Lee tinham que investigar o seqüestro da filha do Embaixador Han (Tzi Man) pela Tríade Chinesa. Naquele, vemos Lee trabalhando na segurança particular do embaixador, quando ele está prestes a fazer um grande anúncio contra o combate ao crime organizado. Após Han sofrer um atentado, Lee promete à filha dele, a agora crescida Soo Yung (Jingchu Zhang), que irá descobrir quem está por trás do atentado ao pai dele – e, provavelmente, os culpados são, novamente, os membros da Tríade Chinesa.

O filme repete aqueles elementos que estavam presentes nos dois filmes anteriores da série “A Hora do Rush” e que dizem respeito ao tipo de relacionamento que se estabelece entre Carter e Lee. O primeiro, um cara completamente impulsivo e precipitado. O segundo, uma pessoa mais pensativa e que tenta agir no momento correto. No entanto, falta em “A Hora do Rush 3” aquilo que era uma das características mais interessantes da série: as falhas na comunicação entre Lee e Carter, e que tinham sido tão bem exploradas em “A Hora do Rush” e “A Hora do Rush 2”.

Não é nenhum exagero dizer que, tanto o diretor Brett Ratner, como os atores Chris Tucker e Jackie Chan devem suas carreiras aos filmes desta franquia. No que diz respeito ao filme “A Hora do Rush 3”, os três dão conta de seu recado. Ratner, com as ótimas cenas de ação. Tucker, com o seu lado comédia. E Chan, com suas lutas coreografadas de maneira perfeita. O problema maior de “A Hora do Rush 3” pode ser encontrado no elenco feminino da película. As três atrizes com papéis importantes no filme – além da já citada Jingchu Zhang, temos Noémie Lenoir (que interpreta Geneviéve, uma peça importante na investigação de Carter e Lee) e Youki Kudoh (que interpreta uma mulher com quem Jackie Chan trava uma luta) – são péssimas. Mas, será que isto é realmente um problema quando elas estão no filme somente para distrair os personagens principais com sua beleza?

Cotação: 5,3

Friday, September 07, 2007

Infância Roubada (Tsotsi, 2005)

O filme “Cidade de Deus”, do diretor Fernando Meirelles, marcou história no cinema brasileiro ao retratar, de forma documental, a ascensão de grupos criminosos na favela de Cidade de Deus. “Infância Roubada”, filme escrito e dirigido por Gavin Hood (que, ainda neste ano, estréia “Rendition”, seu primeiro filme em Hollywood), mostra que a realidade de miséria e violência não é própria das favelas cariocas. Elas também estão presentes nos bairros mais pobres da África do Sul – país aonde a trama do filme se passa.

As semelhanças entre “Cidade de Deus” e “Infância Roubada” não param por aí. Os dois filmes têm como personagens principais garotos que possuem uma vida sofrida desde muito cedo: ou cresceram em ambientes familiares desintegrados, ou foram criados em lares abusivos. Ao mesmo tempo, as tramas de ambos os filmes mostram que optar pela vida na criminalidade não é uma escolha covarde, e sim, em muitos casos, é a única saída que aqueles meninos possuem.

No caso particular de “Infância Roubada”, o roteiro do filme acompanha seis dias na vida de Tsotsi (Presley Chweneyagae, excelente), um jovem que, na companhia de seu grupo, obtém seu sustento através de pequenos roubos que faz em metrôs e residências. Quando encontramos Tsotsi, percebemos que ele está passando por uma fase de muita intolerância com suas vítimas – nunca se sabe se elas sairão vivas ou mortas dos “encontros” com o jovem. É justamente este pânico e nervosismo que Tsotsi apresenta frente às suas vítimas que vai acabar fazendo com que ele, após furtar o carro de uma mulher, não perceba que, no banco de trás do veículo, se encontra o filho recém-nascido dela. O que se segue a este acontecimento é uma jornada pessoal de Tsotsi – a qual o diretor Gavin Hood apresenta de maneira criativa, alternando flashbacks, com o tempo presente – em que ele reencontra, dentro de si, a esperança e o amor que andavam escondidos debaixo de tanta dor e revolta.

Baseado no livro do aclamado autor Athol Fugard, “Infância Roubada” ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 2005, além de vários prêmios da crítica por um retrato contemporâneo da vida de jovens, que, repito, estão na África do Sul, mas poderiam ser encontrados em qualquer lugar do mundo subdesenvolvido. O trabalho executado pelo diretor Gavin Hood é impressionante – e é notado, especialmente, na última cena de “Infância Roubada”, que tem que ser uma das mais bem escritas, dirigidas e atuadas dos últimos anos.

Cotação: 10,0

Thursday, September 06, 2007

Emmy 2007 - Supporting Actress in a Drama Series

Outstanding Supporting Actress In A Drama Series

Brothers & Sisters • ABC • ABC Studios
Rachel Griffiths as Sarah Whedon
Histórico no Emmy:
3 indicações e nenhuma vitória.
Episódio: “Bad News”
Rachel Griffiths volta ao Emmy Awards depois de uma última temporada fantástica na série de TV “Six Feet Under” (não só ela, como todo o elenco do seriado de Alan Ball, merecia uma indicação pela temporada final da série). Sarah Whedon, personagem de Griffiths em “Brothers & Sisters”, passa por uma crise em seu casamento e, quando ela descobre da pior maneira possível que seu marido (John Pyper-Ferguson) beijou a sua irmã Rebecca (Emily VanCamp), o mundo dela desmorona. O melhor momento de Griffiths no episódio é a cena em que Sarah confronta o marido na cozinha e os dois têm uma discussão feia, falando coisas horríveis um para o outro. Cena esta que pode levar Rachel ao Emmy de Supporting Actress in a Drama Series.

Grey’s Anatomy • ABC • ABC Studios
Katherine Heigl as Isobel “Izzie” Stevens
Histórico no Emmy:
Primeira indicação
Episódio: “Time After Time”
2007 foi, definitivamente, o ano de Katherine Heigl. Com um sucesso no cinema (a comédia “Ligeiramente Grávidos”) e mais uma temporada de boas performances em “Grey’s Anatomy”, ela vê seu esforço sendo recompensado não só com a indicação ao Globo de Ouro, como também com a citação dela entre as indicadas do Emmy de Supporting Actress in a Drama Series”. “Time After Time” é um dos melhores momentos de Heigl na terceira temporada do show. Neste episódio, quando Izzie não pode contar com seu melhor amigo George (T.R. Knight), ela recebe uma visita e um pedido inesperados. Sua filha – a qual ela deu para adoção – está internada com leucemia no Seattle Grace e precisa de um transplante de medula urgente. O episódio é bem emocionante, tem ótimos momentos, mas, infelizmente, não dá para a Heigl brigar pelo Emmy.

Grey’s Anatomy • ABC • ABC Studios
Chandra Wilson as Dr. Bailey
Histórico no Emmy:
2 indicações e nenhuma vitória
Episódio: “Oh, the Guilt”
Atual vencedora do SAG de Best Actress in a Drama Series (quando bateu concorrentes de peso como Kyra Sedgwick), Chandra Wilson recebe a sua segunda indicação consecutiva ao Emmy pela sua performance como Miranda Bailey, no seriado “Grey’s Anatomy”. “Oh, the Guilt” tem um tema principal: a culpa. No caso de Miranda Bailey, a culpa vem do fato de que os outros médicos acham que, desde que ela teve o seu filho, ela relaxou no trabalho, permitindo que os acontecimentos trágicos que marcaram o fim da segunda temporada acontecessem. Para ilustrar isto, o caso de Bailey é o de uma mãe (Justina Machado, em uma participação especial) que culpa o filho recém-nascido pelo seu câncer de mama. Através dessa paciente, Bailey enxerga várias coisas: a mais importante é que é difícil – mas recompensador – conciliar maternidade com profissão. O melhor momento de Chandra no episódio é quando ela tenta convencer a sua paciente a fazer a mastectomia.

Grey’s Anatomy • ABC • ABC Studios
Sandra Oh as Cristina Yang
Histórico no Emmy:
3 indicações ao Emmy e nenhuma vitória
Episódio: “From a Whisper To a Scream”
Descoberta pela indústria no seu papel no queridinho da crítica “Sideways – Entre Umas e Outras”, Oh decidiu aproveitar o sucesso do filme ao embarcar no seriado “Grey’s Anatomy”. Em “From a Whisper To a Scream”, a Dra. Cristina Yang sofre com as conseqüências da decisão de ser cúmplice de Dr. Burke (Isiah Washington) no momento em que os dois decidiram que seria melhor esconder os tremores que ele estava sentindo em sua mão. A grande contradição que entra na mente de Cristina, uma pessoa extremamente competitiva, mas que tem sede de aprendizado; é que ela começa a questionar o fato de que o “trabalho em equipe” dela com Burke coloca em risco, não só a vida dos pacientes, como a carreira dos dois. Neste episódio, temos uma grande atuação de Sandra Oh, que faz a narração do episódio e conta com cenas sensacionais, que a deixam bem próxima do Emmy de Supporting Actress in a Drama Series.

The Sopranos • HBO • Chase Films and Brad Grey Television in association with HBO Entertainment
Aida Turturro as Janice Soprano
Histórico no Emmy:
2 indicações e nenhuma vitória – todas pela sua performance neste seriado.
Episódio: “Soprano Home Movies”
Aida Turturro vem de uma família de atores. Prima de John Turturro, alcançou a fama com a interpretação de Janice Soprano. Neste episódio, Janice e Bobby convidam Tony e Carmela para passar um final de semana com eles na casa do lago e comemorar o 47º aniversário de Tony. Uma noite de bebedeira e de jogos termina mal. Aida Turturro foi esperta em escolher “Soprano Home Movies”, um episódio que é maravilhoso. Ela tem ótimo tempo em tela e boas cenas – sendo apoiada por ótimas interpretações de James Gandolfini, Edie Falco e Steve Schirripa. Mesmo assim, infelizmente, não dá para competir com Rachel Griffiths, sua companheira de “Sopranos”, Lorraine Bracco, e as meninas de “Grey’s Anatomy”.

The Sopranos • HBO • Chase Films and Brad Grey Television in association with HBO Entertainment
Lorraine Bracco as Dr. Jennifer Melfi
Histórico no Emmy:
4 indicações e nenhuma vitória – todas pela sua performance neste seriado.
Episódio: “The Blue Comet”
Foi preciso uma mudança de categoria para que Lorraine Bracco voltasse ao Emmy Awards pela sua performance como a Dra. Jennifer Melfi, a psicóloga de Tony Soprano. Teoricamente, “The Blue Comet”, talvez, não fosse a melhor escolha para ela, tendo em vista que Bracco tem pouquíssimo tempo em cena. No entanto, ao assistir o episódio, vemos que as duas cenas em que ela aparece são simplesmente sensacionais. Na primeira cena, ela está em um jantar com amigos terapeutas e presencia uma discussão sobre como os sociopatas se aproveitam da terapia. Na segunda (e seu melhor momento no episódio), a personagem de Bracco dispensa Tony Soprano (James Gandolfini) da condição de seu paciente. Ela não quer mais ser terapeuta dele, pois acredita que não poderá ajudá-lo. Bracco está fantástica e pode aparecer como uma zebra na categoria de Supporting Actress in a Drama Series.

Rankings:
1. Rachel Griffiths, “Brothers & Sisters”
2. Sandra Oh, “Grey’s Anatomy”
3. Chandra Wilson, “Grey’s Anatomy”
4. Lorraine Bracco, “The Sopranos”
5. Katherine Heigl, “Grey’s Anatomy”
6. Aida Turturro, “The Sopranos”

Quem vai ganhar? Sandra Oh, "Grey's Anatomy" - o Emmy viria coroar o trabalho excelente desta atriz, que é uma das mais constantes em "Grey's Anatomy"
Fique de olho em: Rachel Griffiths, "Brothers & Sisters" e Lorraine Bracco, “The Sopranos”, as quais estão doidinhas para estragar a festa de Oh.