No entanto, uma alternativa mais interessante aparece no caminho de Rafi quando ela conhece o jovem David Bloomberg (Bryan Greenberg), de 23 anos. David tem uma certa ingenuidade e um caráter impetuoso que atraem Rafi instantaneamente. Ele é tudo aquilo de que ela precisa naquele momento. Entretanto, na medida em que o relacionamento dos dois deixa de ser uma diversão e passa a ser encarado de maneira mais séria, Rafi começa a questionar se David tem maturidade suficiente para oferecer para ela aquilo que ela realmente deseja – segurança, divisão de responsabilidades, companheirismo, amor e, é claro, a possibilidade de formar uma família.
A partir do momento em que esse primeiro conflito é desencadeado, “Terapia do Amor” deixa de ser uma comédia romântica e passa a ser uma tragicomédia familiar, pois procura dar mais ênfase à construção de suas personagens - e, por consequência, dos relacionamentos que se estabelecem entre elas. Dessa maneira, a platéia fica sabendo que David também tem os seus próprios conflitos – ele foi criado em uma família judaica tradicional e tudo o que David realmente deseja ser e fazer vai de encontro às convicções de sua família. Mas, nenhum desses conflitos se equipara ao de Lisa Metzger, afinal a psicanalista de Rafi descobre que o jovem que está deixando sua paciente nas nuvens é seu filho querido – por essa razão, Lisa não sabe se deve se comportar como a terapeuta de Rafi ou como a mãe de David.
Uma coisa é você assistir “Terapia do Amor” sem ter visto o trailer do filme. E outra completamente diferente é você assistir “Terapia do Amor” tendo visto o trailer do mesmo. Com certeza, a experiência da descoberta entre a conexão inesperada entre os três personagens centrais de “Terapia do Amor” é mais excitante para aqueles que se encaixam no primeiro caso. No entanto, para aqueles que estão no segundo time, o filme guarda surpresas interessantes. “Terapia do Amor” não é uma típica comédia romântica. O filme trata de situações reais, de conflitos verdadeiros e tem um desfecho verossímil. Por isso mesmo, pode decepcionar a platéia acostumada aos filmes de comédia romântica mais “comuns” e que retratam relacionamentos idealizados e amores impossíveis – e, por quê não, irreais.
Cotação: 6,5
Crédito Foto: Yahoo! Movies
2 comments:
Vixe, é um daqueles filmes cujo trailer entrega a história ou parte dela?? Affff... Eu queria ter ido esse feriado, mas nem fui..A Meryl Streep ainda garante parte do filme? E ainda nem vi "Armações do Amor". Aquele "O Gatão de meia idade", Deus me livre..:)
Kamila, só vou pegar a fita na quinta, tudo bem? Amanhã vou faltar o espanhol..beijos
Romeika, o trailer não entrega a história toda. Só a maior descoberta do filme (a de que a personagem de Meryl Streep é a mãe do namorado de sua paciente). Mas, mesmo assim, o filme ainda é interessante. Não deixe de assistir. A Meryl Streep está ótima como sempre, mas o filme aqui é da Uma Thurman.
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