Nas suas próprias palavras, Michael Clayton (George Clooney) não é somente um advogado de um dos maiores – e melhores – escritórios de advocacia de Nova York. Ele é um faxineiro, ou seja, ele é aquele sujeito que você quer que esteja ao seu lado nos momentos mais críticos, porque ele apaga rastros e deixa aquela sensação de que nada aconteceu de verdade. No entanto, quando se trata de sua própria vida pessoal, Clayton é um péssimo faxineiro – afinal ele não consegue afastar o irmão dos vícios ilícitos, nem a si próprio do hábito do jogo e muito menos os credores de baterem na porta de seu falido restaurante cobrando as dívidas que ele deixou.
As listas de problemas de Michael Clayton não acabam por aí. No decorrer de “Conduta de Risco”, filme do diretor e roteirista Tony Gilroy, o advogado baterá de frente com a crise de consciência pela qual passa a grande estrela do escritório aonde ele trabalha. Arthur Edens (Tom Wilkinson) é maníaco-depressivo, deixa de tomar os seus remédios e coloca em risco seis anos de muito trabalho em um caso de grandes proporções envolvendo um dos maiores clientes do escritório: a U-North, uma empresa do ramo de agricultura.
A crise de consciência pela qual passa Arthur Edens afetará diretamente, não só Michael Clayton (que vê aqui uma oportunidade única de mostrar seu valor aos grandes chefes), como também a consultora jurídica Karen Crowder (Tilda Swinton), uma profissional que acabou de assumir o cargo e está em pânico com tanta responsabilidade e com as conseqüências das ações de Edens. Ao longo de “Conduta de Risco” fica claro que falta a Crowder a experiência e, principalmente, a malandragem que Clayton possui na resolução de situações de crise.
“Conduta de Risco” é um dos filmes que mais conquistou elogios da crítica no ano de 2007. Portanto, é normal que esperemos a obra com certa expectativa. No entanto, ao assistir ao filme, fica aquela sensação de que este é um filme que tem carência de uma qualidade especial. Se Tony Gilroy (fazendo sua estréia na direção de um longa-metragem) surpreende ao criar uma história original e com um excelente desfecho; o elenco do filme está bem, mas, por exemplo, Tom Wilkinson exagera, às vezes, no tom do seu personagem e George Clooney só brilha mesmo na cena final. A única que justifica tanto barulho é Tilda Swinton, que está ótima.
Cotação: 6,5
Conduta de Risco (Michael Clayton, EUA, 2007)
Diretor(es): Tony Gilroy
Roteirista(s): Tony Gilroy
Elenco: George Clooney, Sean Cullen, Tom Wilkinson, Tilda Swinton, Sydney Pollack, Michael O'Keefe, Ken Howard, Denis O'Hare, Robert Prescott, Austin Williams, Merritt Wever, David Lansbury, Bill Raymond, David Zayas, Skipp Sudduth
As listas de problemas de Michael Clayton não acabam por aí. No decorrer de “Conduta de Risco”, filme do diretor e roteirista Tony Gilroy, o advogado baterá de frente com a crise de consciência pela qual passa a grande estrela do escritório aonde ele trabalha. Arthur Edens (Tom Wilkinson) é maníaco-depressivo, deixa de tomar os seus remédios e coloca em risco seis anos de muito trabalho em um caso de grandes proporções envolvendo um dos maiores clientes do escritório: a U-North, uma empresa do ramo de agricultura.
A crise de consciência pela qual passa Arthur Edens afetará diretamente, não só Michael Clayton (que vê aqui uma oportunidade única de mostrar seu valor aos grandes chefes), como também a consultora jurídica Karen Crowder (Tilda Swinton), uma profissional que acabou de assumir o cargo e está em pânico com tanta responsabilidade e com as conseqüências das ações de Edens. Ao longo de “Conduta de Risco” fica claro que falta a Crowder a experiência e, principalmente, a malandragem que Clayton possui na resolução de situações de crise.
“Conduta de Risco” é um dos filmes que mais conquistou elogios da crítica no ano de 2007. Portanto, é normal que esperemos a obra com certa expectativa. No entanto, ao assistir ao filme, fica aquela sensação de que este é um filme que tem carência de uma qualidade especial. Se Tony Gilroy (fazendo sua estréia na direção de um longa-metragem) surpreende ao criar uma história original e com um excelente desfecho; o elenco do filme está bem, mas, por exemplo, Tom Wilkinson exagera, às vezes, no tom do seu personagem e George Clooney só brilha mesmo na cena final. A única que justifica tanto barulho é Tilda Swinton, que está ótima.
Cotação: 6,5
Conduta de Risco (Michael Clayton, EUA, 2007)
Diretor(es): Tony Gilroy
Roteirista(s): Tony Gilroy
Elenco: George Clooney, Sean Cullen, Tom Wilkinson, Tilda Swinton, Sydney Pollack, Michael O'Keefe, Ken Howard, Denis O'Hare, Robert Prescott, Austin Williams, Merritt Wever, David Lansbury, Bill Raymond, David Zayas, Skipp Sudduth
21 comments:
Achei um excelente filme, como sabe. Fiquei vibrado e fui completamente fascinado por ele. Acho Gilroy a grande revelação do ano, ao lado de Andrew Dominik (apesar de já ter feito um filme antes pouco visto). Porém, ao contrário de muitos, não acho que de as caras nas principais categorias do Oscar, com exceção de roteiro e elenco.
Uma pena que não tenha gostado tanto.
Nota 9,5
Ciao!
Kamila, a Tilda Swinton está excelente, é incrível como 2007 foi um ano marcado por interpretações femininas de alto nível, e totalmente distintas. Quando penso nas grandes performances do ano, me vem logo atrizes na mente.
E concordo quanto ao Clooney, ele está bem, mas não fiquei tão impressionada assim, exceto pela última cena (do confronto com Swinton até o desfecho com os créditos - esse, na minha opinião foi genial). Gosto do filme.
Acho que gostei (muito) do filme porque fui ver sem expectativa, sabe? Pelo trailer não me pareceu grande coisa, sem falar que a maior parte dos filmes estrelados pelo Clooney são de mediano para baixo - tirando alguns nos últimos anos. E fiquei bem surpreso com o trabalho do Gilroy, até mesmo por ser de estréia, sem falar que o final é ótimo. Gostei do elenco como um todo, mas como você disse, o grande destaque é a Swinton.
Abraço!
Pois é Kamila, para mim, as expectativas foram alcançadas em 80%. E nao curti justamente a direçao do Gilroy, que embaralhou muito o inicio. Talvez mais tarde, vendo o filme em casa e mais concentrado perceba mais pontos positivos nele.
Mas minha nota seria algo parecido com a tua, com estrelinha para o Clooney que está demais nesse filme.
Vixe, devo estar perdendo o "feeling". A Tilda Swinton tá exagerada ao extremo, e quando não exagera, parece uma adolescente de malhação. Mas tenho certeza que ela vai ganhar o Oscar, pq Hollywood só tava esperando um papelzinho melhor para lhe render essa homenagem a uma excelente atriz.
Quanto ao filme, ele é excelente, discordo de vc, mas por exemplo, prefiro qualquer obra de Sidney Lumet (O Veredicto por exemplo) a esse filme. Ou seja, o filme é bom pq a qualidade decaiu. Assim como Tilda.
Não vi o filme ainda também. Mas não sou grande fã do Clooney, e não estou com grandes expectativas em torno do filme (apesar de muita gente ter adorado "Conduta de Risco" realmente).
Mas pelo que li, o início do filme é de muita informação, não é? É o tipo de produção que talvez fique melhor quando visto pela segunda vez será?
Bom, assim que der, verei, mas sem muitas expectativas.
Beju Kamila!
Wally, acho que o filme tem grandes chances de ser indicado para Melhor Filme e Direção no Oscar.
Romeika, essas duas cenas que você citou foram os momentos em que Clooney mais me impressionou. No resto, confesso que fiquei levemente decepcionada. E concordo com tudo que você disse a respeito das atrizes, que tiveram um excelente ano com ótimos papéis!
Vinícius, acho que o grande problema para mim foi esse: assisti ao filme cheia de expectativas, as quais não foram cumpridas. Achei o filme somente mediano.
Rogerio, como disse, a não ser na última cena, o Clooney não me impressionou. Aliás, ele ainda precisa me impressionar como ator. Acho que ele é um ótimo produtor, diretor. Mas, bom ator, falta ainda muito chão.
Cassiano, seu pensamento tem fundamento. Filmes como esse se destacam porque a qualidade de filmes, em si, caiu. A Tilda Swinton não deve ganhar o Oscar, até porque a favorita é a Amy Ryan por "Medo da Verdade". Mas, acho que uma indicação é bem justificada. Adoro as cenas em que ela ensaia para a entrevista que vai dar e, claro, aquele confronto final com o Clooney.
Victor, talvez, você esteja certo e esse seja o tipo de filme que fica melhor a cada nova visita.
Beijos.
Ergh!
Não concordei muito com sua opinião sobre o filme. Literalmente, o filme foi um dos melhores do ano e achei a direção do filme expetacular. O filme é muito bem conduzido e consegue finalizar de forma ainda melhor.
Adorei a atuação de todos, em especial de Tom Wilkinson, ao contrário de você.
Ótima crítica.
Beijos, Kamila!
Não vou com expectativas desse novo gilme do clooney... acho que o George Clooney tem uam carreira brilhante dentro de hollywood... e sobre o Tony.. oc ara conseguiria afze no minimo um excelente filme de açao, já que ele é roteirista da fantastica saga do agente jason bourne... pleo menos, que tinha que fazer jus as expectativas...
Eu concordo com o Cassiano. Não que o filme seja excelente. Acho ele bom. E é isso. Nada de exageros como a crítica americana (e outros prêmios) vem fazendo.
MICHAEL CLAYTON parece acima da média pq o cinema anda horroroso. Até demais. Prefiro, como disse o Cassiano, O VEREDICTO, que é um filmaço. Maravilhoso! Até mesmo O JÚRI, que passa já já na TV é melhor que esse...
Bjs!
Muito escuto falar desse filme. E todo mundo fala dessa sensação de que o roteiro não engrena. Eu vou esperar para conferi-lo em DVD, pois como meu horário de trabalho não permite um cineminha durante a semana, preciso ser seletivo com o que vejo nos sábados e domingos que me restam - tirando os dos plantões.
Eu não sou tão fã assim do Clooney. Acho que ele é um ator mediano, que sofre por ter um "physique du role" completamente limitado.
Bjs.
Bem Kamila, crítico de cinema não se mata, se compra... :)
Acho que sei qual foi o fator que vc fala: a direção em alguns momentos sonolenta do diretor ... depois quando descobrir que ele foi o responsavel pelo roteiro de Bourne ... senti a certeza que a sonolencia iria se repetir, mas assita o filme novamente, talvez lhe conquiste ... ou não ?
beijos
Olha, no meu texto, eu falo sobre a originalidade e a competência de Tony Gilroy, na sua estréia na direção. No entanto, reafirmo que falta à "Conduta de Risco" essa característica especial que justifique tanto barulho em torno da obra.
Rodrigo, eu sou mais fã do Clooney diretor e produtor. Não gosto muito dele como ator, mas valorizo suas tentativas em busca de materiais diferentes.
Otavio, então, você também concorda comigo. "Conduta de Risco" é um filme bom, mas nada que justifique tanto barulho.
Dudu, como disse ao Rodrigo, não gosto do Clooney ator, apesar de valorizar as escolhas que ele faz. Sou bem mais fã do que o Clooney faz como produtor e diretor.
Marfil, isso é verdade. :-) E "Conduta de Risco" foi muito bem comprado pelos críticos!
João, pode ser isso. Uma segunda visita ao filme pode mudar minha opinião sobre ele.
Beijos.
Podes ter a certeza que é isso, na primeira vez dormi mas quando revi novamente além de captar o que já tinha visto na primeira vez, consegui mais me encantar (ou enojar) pela personagem de Tilda Swinton ... a vilã do ano!
beijos
João, a personagem da Tilda Swinton é bem interessante mesmo. Gosto muito do contraste entre a posição de destaque que ela ocupa, mas a visível falta de preparo dela. A mulher está em pânico e isso é fundamental para as decisões desastradas que ela toma.
Beijos.
A Tilda Swinton q é a verdadeira Shiva, deusa da morte! A mulher é sublime. Mas eu gostei bem mais do filme q vc, vi duas vezes e achei realmente excelente. Vamos ver no q dá no oscar.
Kamila, realmente o filme fez bastante barulho, ainda mais com os espectadores. Mas gostei da história e o trailer transmite boas sensações do quanto o filme deve ser bom. Uma pena que foi saiu do circuito da minha cidade com tanta pressa. E vamos ver se finalmente Tilda Swinton ganha reconhecimento no Oscar.
Anderson, acho que o filme será mesmo um concorrente forte ao Oscar.
Alex, acho que a Tilda finalmente ganhará o reconhecimento que merece no Oscar.
O Filme “CONDUTA DE RISCO” é a pior porcaria que já fizeram nos últimos tempos. Um lixo, chato, parado, entediante, trama que não consegue segurar o interesse, mesmo com bons atores, é perda de tempo total. Só é bom para quem quer dormir assitindo.
Repostas para: forum_gov@hotmail.com
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