“Jumper”, do diretor Doug Liman, tem um começo até interessante. David Rice (Max Thieriot) é um jovem que tem uma vida muito difícil no colegial. De personalidade retraída, ele nutre uma paixão pela colega de escola Millie (AnnaSophia Robb). No entanto, ela tem uma proximidade maior com tipos como Mark (Jesse James), que adoram atazanar a vida de pessoas como David. É justamente em uma situação de pressão que ele descobrirá que possui um poder: o de se teletransportar, podendo ir a qualquer lugar, a qualquer momento.
Peter Parker já dizia que “grandes poderes trazem grandes responsabilidades”. No entanto, David vê, naquele momento, o seu poder como a desculpa perfeita para fugir do ambiente difícil no qual estava inserido – se não bastasse as brincadeiras na escola, ele ainda tinha que lidar com um pai (Michael Rooker) abusivo. Após deixar sua cidade natal, David se dedica a descobrir de que forma pode usar o poder a seu favor. E ele é totalmente egoísta nesse sentido, já que – mais crescido e, agora, interpretado por Hayden Christensen – começa a roubar bancos para poder sustentar um estilo de vida cheio de diversão, em que ele pode acordar em Nova York, almoçar em Londres e dormir em Paris, por exemplo.
Como o filme não iria se sustentar só com cenas desse tipo, os roteiristas David S. Goyer, Jim Uhls e Simon Kinberg colocam uma reviravolta na trama. E é aqui que o barco começa a desandar. David começa a ser perseguido por uma organização secreta chamada Paladinos (a qual é liderada pelo personagem de Samuel L. Jackson) e que tem como objetivo principal matar pessoas que possuem o poder de se teletransportar. Com a ajuda de Griffin (Jamie Bell), um jovem que também pode se transportar por diversos lugares, David entra nessa batalha – até porque, claro, ele tem que defender também sua mulher amada, a já citada Millie (que, um pouco mais crescida, passa a ser interpretada por Rachel Bilson, do seriado “The O.C.”).
O diretor Doug Liman tem uma trajetória muito interessante no cinema. De diretor indie queridinho (e mente por trás de obras como “Swingers – Curtindo a Noite” e “Vamos Nessa!”), passou a ser o que podemos chamar de “diretor de filmes de ação inteligentes e cheios de bom humor”. Nesta fase, se destacam obras como “A Identidade Bourne” e “Sr. e Sra. Smith”. Com este “Jumper”, Liman inicia uma nova jornada: a de diretor de filmes feitos para um público que só tem interesse em ver um filme que irá lhe entreter. Aonde será que ele vai parar?
Cotação: 4,0
Jumper (Jumper, EUA, 2008)
Diretor(es): Doug Liman
Roteirista(s): David S. Goyer, Jim Uhls, Simon Kinberg (com base no livro de Steven Gould)
Elenco: Hayden Christensen, Samuel L. Jackson, Diane Lane, Jamie Bell, Rachel Bilson, Michael Rooker, AnnaSophia Robb, Max Thieriot, Jesse James, Tom Hulce, Kristen Stewart, Teddy Dunn, Barbara Garrick, Michael Winther, Massimiliano Pazzaglia
Peter Parker já dizia que “grandes poderes trazem grandes responsabilidades”. No entanto, David vê, naquele momento, o seu poder como a desculpa perfeita para fugir do ambiente difícil no qual estava inserido – se não bastasse as brincadeiras na escola, ele ainda tinha que lidar com um pai (Michael Rooker) abusivo. Após deixar sua cidade natal, David se dedica a descobrir de que forma pode usar o poder a seu favor. E ele é totalmente egoísta nesse sentido, já que – mais crescido e, agora, interpretado por Hayden Christensen – começa a roubar bancos para poder sustentar um estilo de vida cheio de diversão, em que ele pode acordar em Nova York, almoçar em Londres e dormir em Paris, por exemplo.
Como o filme não iria se sustentar só com cenas desse tipo, os roteiristas David S. Goyer, Jim Uhls e Simon Kinberg colocam uma reviravolta na trama. E é aqui que o barco começa a desandar. David começa a ser perseguido por uma organização secreta chamada Paladinos (a qual é liderada pelo personagem de Samuel L. Jackson) e que tem como objetivo principal matar pessoas que possuem o poder de se teletransportar. Com a ajuda de Griffin (Jamie Bell), um jovem que também pode se transportar por diversos lugares, David entra nessa batalha – até porque, claro, ele tem que defender também sua mulher amada, a já citada Millie (que, um pouco mais crescida, passa a ser interpretada por Rachel Bilson, do seriado “The O.C.”).
O diretor Doug Liman tem uma trajetória muito interessante no cinema. De diretor indie queridinho (e mente por trás de obras como “Swingers – Curtindo a Noite” e “Vamos Nessa!”), passou a ser o que podemos chamar de “diretor de filmes de ação inteligentes e cheios de bom humor”. Nesta fase, se destacam obras como “A Identidade Bourne” e “Sr. e Sra. Smith”. Com este “Jumper”, Liman inicia uma nova jornada: a de diretor de filmes feitos para um público que só tem interesse em ver um filme que irá lhe entreter. Aonde será que ele vai parar?
Cotação: 4,0
Jumper (Jumper, EUA, 2008)
Diretor(es): Doug Liman
Roteirista(s): David S. Goyer, Jim Uhls, Simon Kinberg (com base no livro de Steven Gould)
Elenco: Hayden Christensen, Samuel L. Jackson, Diane Lane, Jamie Bell, Rachel Bilson, Michael Rooker, AnnaSophia Robb, Max Thieriot, Jesse James, Tom Hulce, Kristen Stewart, Teddy Dunn, Barbara Garrick, Michael Winther, Massimiliano Pazzaglia
17 comments:
Assim, assiste de graça ou pagasse?
isso ai é só quando chegar o dvd e olhe lá ...
abraços
Depois de ler a crítica do Otávio eu já fiquei com um pé atrás, agora, terminada a leitura da sua, fiquei com os dois...
Abraço Kamila!!!
Outro comentário negativo, definitivamente eu passo longe...
Assisti de graça, João. Ganhei convites.
Pedro e Matheus, se fosse vocês, eu esperava pelo DVD.
Ainda saiu caro meu anjo ...
Gosto dos filmes de Liman, mas parece que este novo filme caiu na vala comum dos filmes de ação.
Mesmoa assim pretendo assistir para conferir.
Abraço.
Engraçado Kamila, não vi o filme, mas tive a mesma percepção que vc no trailer do filme, achei interessante a premissa, e as imagens, mas achei que ele se perdia na continuação.
Swingers e Go! (Vamos Nessa) são dois filmões, e tenho orgulho de tê-los visto no cinema. Era fã do Doug, mas depois parei de acompanhar!
Como disse para o Otavio, fiquei tão decepcionado com a recepção dos blogueiros, que só verei esse "Jumper" em DVD. E eu que esperava mais um ótimo filme do Doug Liman...
kamila, eu acho que esse filme foi uma grande decepção, pois tinha tudo para ser super legal e virar até uma mania... mas achoq eu pela falta de capacidade em elaborar mais os personagens ou talvez até mostrar mais a tal batalha de séculos entre paladinos e jumper ou até escalar outro ator mais competente e jovem e menos 'bunitinho' para o papel principal, talvez teria efeito...
mas, pô, os caras acho que sabem o que fizeram. fato é que fica claroq eu haverá uma continuação e talvez, quem sabe, seja mais eficiente... pelo menos eu torço...
beijos
Os primeiros trailers do filme me enganaram direitinho. Achei que seria um filmaço. E então esses dias vi o trailer completo, que mostram os personagens numa perseguição de carro se teletransportando junto com os automóveis. Forçou a barra.
Primeiro que um filme desses deveria ter algumas regras que complicam a história. Por exemplo: ele pode se teletranportar, mas sem carregar nenhuma matéria além de seu próprio corpo.
E essa palhaçada de voar o mundo todo para fazer um filme "universal" é jogar dinheiro fora. Como você bem disse, ao invés de fazer algo mais sério, eles inventam tramas com organizações secretas e tudo mais. Falta originalidade.
Nem vi o filme, mas estou com muito receio.
Doug Liman realmente está tomando o caminho errado.
Kamila, estou besta, nao sabia que o diretor de "Vamos Nessa!" era o mesmo desses outros filmes mais blockbusters que vc citou.. Adoro "A identidade Bourne", mas o filme que marcou o encontro de Brad e Angelina eh apenas uma bobagenzinha no fim do dia... Nao tive interesse em ver "Jumper", mas ouvi dizer que o filme tem boas cenas de acao, eh verdade?
É... tenho que concordar com você. E nem foi tão divertido assim...
sessão da tarde...
João, nem tanto...
Hugo, eu também gosto do Doug Liman, mas confesso que adoraria vê-lo voltar à sua velha forma.
Cassiano, sou fã dos dois filmes dirigidos pelo Liman que você citou. E acho que ele se perdeu mesmo depois de fazer "A Identidade Bourne".
Vinícius, essa é mesmo a melhor pedida.
Rodrigo, se "Jumper" virar uma franquia, eu fujo correndo!!!
Ramon, você nem viu o filme, mas captou-o direitinho. Uma pena que o Liman queira ir por esse caminho, porque ele tinha um potencial enorme.
Romeika, as cenas de ação são boas. O filme é um lixo.
Daniell, nem entreter o filme consegue fazer. Você disse tudo.
Marfil, nada de "Sessão da Tarde". Este filme é perfeito para a "Tela Quente".
Tenho medo da tragetória do Liman. Parece uma maldição, é só entrar mais dinheiro nos projetos de diretores promissores que a coisa desanda. Apesar de achar A Identidade o mais fraco da trilogia, gosto demais da composição das cenas de lutas (cortes secos que levavam o espectador a dedizir todo o movimento de forma extremamente convincente) e poderia jurar que esse diretor entraria no rol de poucos que sabem dizer "não"... aí veio Sr.& Sra Smith e eu comecei a desconfiar, depois veio Jumper e perdi as esperanças.
Kamila, confesso que gosto muito de A Identidade Bourne e Sr. e Sra. Smith, que muitos parecem odiar. Eu achei ambos extremamente divertidos. Mas esse Jumper é bem ruinzinho, com raros momentos se salvando, que estão mais apoiados em efeitos e diversão. Temos furos intermináveis, tolos personagens e elenco péssimo. Uma pena para Liman.
Nota 5,0
Luciano, eu estou começando a perder minhas esperanças com o Liman. Achava ele talentosíssimo, mas ele vem se perdendo com esses projetos. Até o que ele tem feito na TV é ruim!
Wally, eu gosto de "A Identidade Bourne" e "Sr. e Sra. Smith". E "Jumper" é horrível!!!
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