Saturday, January 21, 2006

A Marcha dos Pinguins (March of the Penguins/La Marche de L'Empereur, 2005)



Toda a narrativa do documentário “A Marcha dos Pingüins”, do diretor francês Luc Jacquet, se passa no inverno da Antártica, o local mais inabitável da Terra, a uma temperatura de 41º C negativos. Para o homem, esse é um ambiente completamente inóspito e devastador. O documentário mostra que, para milhares de pingüins imperadores, a Antártica se transforma no local ideal para a realização de diversas marchas, todas elas servindo de apoio para aquele que é o maior ato que um ser pode fazer: o de dar a vida a alguém.

A cada inverno, mais precisamente no terceiro mês de cada ano, os pingüins imperadores abandonam o oceano – o seu lar mais seguro e do qual eles tiram a sua sobrevivência – e iniciam uma longa jornada rumo ao interior da Antártica, aonde eles encontram outros pingüins imperadores. Pelo período de nove meses, esses pingüins passarão por um ritual que inclui um casamento, a geração de um filhote e a conseqüente luta pela sobrevivência deles e dos filhos que eles conceberam.

Durante “A Marcha dos Pingüins”, as passagens mais importantes do documentário (como o seu início, a dança nupcial, a volta da pingüim fêmea para o oceano e os primeiros passos do filhote) são pontuados por belas canções. No resto do filme, somos brindados com uma narração (na versão brasileira, esta ficou a cargo de Antonio Fagundes, Patrícia Pillar e Matheus Perissè), que tenta colocar em palavras todo um ritual que, aparentemente, só faz sentido para os pingüins imperadores.

“A Marcha dos Pinguins” pode ganhar de algumas pessoas o título de “Documentário Discovery”, pois mostra como os pingüins imperadores se comportam num determinado período de tempo. Esta alcunha não faz jus ao documentário, uma vez que o filme vai além do comportamento dos pingüins. O feito do diretor Luc Jacquet se torna ainda mais extraordinário se levarmos em consideração o fato de que, ao contrário de outros documentários, “A Marcha dos Pinguins”, por ter sido filmado em um ambiente natural, teve que ficar à mercê das condições normais de temperatura e clima. Os pingüins imperadores que vemos na tela não foram treinados, pelo contrário, eles foram flagrados em seus momentos mais íntimos pelas câmeras de Jacquet.

Através de suas belas imagens, Luc Jacquet fez de “A Marcha dos Pinguins” um filme muito sensível, emocionante e que quebra barreiras ao mostrar que os seres humanos e animais seguem trajetórias semelhantes de vida. Todos temos os mesmos instintos de sobrevivência e de proteção e, num momento ou outro, aprendemos que, na verdade, na vida nós temos que aprender a andar com as nossas próprias pernas sozinhos.

5 comments:

Anonymous said...

Aeeeehhhh assistiu o filme dos pinguins, hein?? Tô morrendo de vontade de ver...vou esperar a estréia do cinemark..se não tiver na programação vou baixar na net mesmo...espero esse filme há seculos..é bom mesmo? A mal-humorada da Boscov disse que os pinguins parecem personagens da Disney houahuahuahua ela é muito ruim essa mulher...afff
Ouvi algo horrível, a Michelle Williams tem grandes chances de sair com a estatueta de coadjuvante:(((( que se dane se a performance dela é isso ou aquilo, ela saiu de dawson's creek e o máximo que fez no cinema foi dar uns amassos na chloe Sevigny. Rachel Weisz na cabeça, essa sim merece!!

Tô respondende os comments no blog agora, mais prático;p

Kamila said...

Se lembra que eu disse que era bem capaz de eu assistir a este filme em Recife? Bem que eu disse! Se for para esperar que os filmes cheguem aqui em Natal, não dá! :-)

"A Marcha dos Pinguins" é um filme lindo, Romeika. Tinha tudo para ser maçante, mas é simplesmente envolvente, sensível e te deixa tão emocionada com coisas aparentemente tão simples.

A Michelle Williams ganhar o Oscar não é horrível! :-) Se lembre que a gente não assistiu "Brokeback Mountain". Os críticos dizem que ela e Heath Ledger são a alma do filme e, se você bem recorda, no Globo de Ouro ela foi ovacionada! Por enquanto, já que eu não assisti aos outros filmes, estou torcendo pela Rachel. Acredito que ela, no momento, é a favorita. Vamos ver o que acontece no SAG, mas, mesmo se a Rachel ganhar, eu acho que a categoria de atriz coadjuvante está completamente aberta. Tanto a Rachel, quanto a Michelle e, até mesmo a Amy Adams podem ganhar.

PS: De que importa se o trabalho mais importante da Michelle foi "Dawson's Creek"? Quem era Adrien Brody quando ele ganhou? Quem era Helen Hunt quando ela ganhou (apesar de ela ser conhecida pelo seu trabalho em "Mad About You", ela era uma ilustre desconhecida da indústria cinematográfica")? Quê trabalhos importantes haviam feito Mira Sorvino, Marisa Tomei e Charlize Theron quando ganharam seus Oscars? Trajetória de carreira, nessas premiações, é um detalhe altamente irrelevante, infelizmente! O que vale, para a indústria, é o momento, aquela atuação e, ao que tudo indica, a Michelle está simplesmente fantástica!

Anonymous said...

Mtu tudu essi post to loko pra v essi filme
bjuz
viva a carol!

Anonymous said...

bom, ótimo
eu digo que este filme é uma lição de vida, além de ser perfeito, emocionante, comovente, lindo, mostra bem como realmente é a vida, eu cheguei em casa amando minha familia , só em mostrar o que um pai faz por um filho, isso serve para filhos como eu que pensam que o pai não tem razão, sai com peso na conciencia.
mais enfim ótimo filme, nota=10 sem duvida
sem contar que chorei, ainda mais depois de ver os pinguins se matando para criar o filho para depois largar no mundo , bem assim como acontece na vida rea!
bjus kamila!

Kamila said...

Ah, Fernando. Adorei seus comentários. A maior força desse filme é justamente essa: não importa se somos animais, humanos; todos passaremos pelas mesmas coisas na vida. Todos temos que passar por certas situações para ficarmos mais fortes e aprendermos a andar com as nossas próprias pernas. "Marcha dos Pinguins" é uma excelente metáfora sobre a vida em geral.