Saturday, June 10, 2006

A Profecia (The Omen, 2006)


Ao longo dos anos, a humanidade foi confrontada com eventos (guerras, genocídios, desastres naturais, atentados terroristas, dentre outros) que terminavam por colocar em xeque a crença das pessoas numa entidade maior. “A Profecia”, do diretor John Moore, retrata justamente uma provação de fé pela qual uma família passará. E esta provação também poderá resultar em efeitos desastrosos para as vidas de todos.

Robert Thorn (o excelente Liev Schreiber) é sobrinho do presidente dos Estados Unidos e trabalha na Embaixada do país na Itália. A vida pessoal de Robert também está seguindo uma curva ascendente, tendo em vista que sua esposa Katherine (Julia Stiles, que faz tempo não aparecia nas salas de cinema de todo o mundo) está grávida do primeiro filho do casal. No entanto, a alegria de Robert dura pouco e Katherine sofre um parto complicado, que resulta na morte do filho dos dois. Seguindo o conselho de um padre, Robert decide adotar uma criança que nasceu no mesmo dia e no mesmo hospital que seu filho e cuja mãe morreu no parto e o apresenta a Katherine como sendo o fruto dos dois.

A adoção do menino Damien (que é interpretado pelo estreante Seamus Davey-Fitzpatrick na maior – e mais importante – parte de “A Profecia”) marca o início de uma série de acontecimentos que levarão Robert a ser declarado embaixador dos Estados Unidos em Londres. Na capital da Inglaterra a família continuará a ser atormentada por uma série de estranhos infortúnios – que farão com que Katherine duvide de sua própria sanidade e revelarão o grande propósito da existência de Damien: ele é o anticristo, o filho do Demônio e está na terra para trazer o mal para a humanidade.

Refilmagem do filme homônimo dirigido por Richard Donner em 1976, “A Profecia” aperfeiçoa o filme original. O elenco (que conta com nomes como o de Mia Farrow – que interpreta a babá de Damien –, David Thewlis, Pete Postlethwaite e Michael Gambon) está excelente. A fotografia soturna passa muito bem o clima do filme à platéia e a direção de John Moore é bastante segura. Além disso, “A Profecia” toma a política para ilustrar muito bem a mensagem de lutas entre o bem e o mal. Para David Seltzer (que escreveu a refilmagem de “A Profecia”), Robert Thorn era a pessoa perfeita para aceitar adotar o menino Damien, pois, além de não acreditar em Deus, ele vivia no ambiente político (que é marcado pela ambição e pela luta de poderes em que o bem o mal convivem quase que simultaneamente) – por essa razão, o final do filme pode deixar muita gente arrepiada, afinal, seriam os políticos os anticristos de nosso tempo?

Cotação: 3,0

Crédito Foto: Yahoo! Movies

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