“Fica Comigo Esta Noite” explora o conceito do amor eterno, ou melhor, do que acontece quando a morte separa o destino de um casal. O músico e desenhista de histórias em quadrinhos Eduardo (Vladimir Brichta, um colaborador assíduo de João Falcão) conhece Laura (Alinne Moraes) em uma livraria. O amor que nasce entre os dois é fulminante e eles rapidamente se casam. No entanto, o casal briga por qualquer besteira. Uma coisa que Laura nota desde o início sobre Eduardo é que ele – assim como um cachorro obediente – tem a mania de se fingir de morto quando uma discussão se inicia.
No início, esta brincadeira de Eduardo tinha até o seu charme. No entanto, na medida em que o tempo passa, ela vai ficando cada vez mais sem-graça. No dia em que a tal brincadeira de se fingir de morto acontece de verdade, nem Laura e, muito menos, Eduardo irão acreditar nela. Quando Eduardo começa a perceber que realmente estava morto, ele começará a se arrepender de várias coisas – uma delas: a de não ter tido a chance de se despedir de maneira adequada de Laura. Dessa maneira, Eduardo fica vagando pelo mundo dos vivos e contará com a ajuda do Fantasma de Coração de Pedra (Gustavo Falcão, sobrinho de João Falcão) – um dos personagens dos gibis criados por Eduardo – e do anjo Mariana (interpretada quando mais jovem por Clarice Falcão – quanto membro da família Falcão neste filme, hein? – e por Laura Cardoso, na idade adulta) para conseguir se despedir de sua amada e ir desfrutar do descanso eterno que merece.
“Fica Comigo Esta Noite” tem, pelo menos, um ponto positivo: não aborda seu tema principal de maneira muito sentimentalista. No entanto, o filme tem mais erros do que acertos. A linha narrativa – que mistura o passado, com o presente e com o futuro – chega a ser muito confusa. A direção de João Falcão é burocrática. A trilha sonora de Robertinho do Recife não funciona. A produção do filme não é cuidadosa. A estética lembra a de um programa televisivo. Ou seja, “Fica Comigo Esta Noite” é igual a muitos outros filmes brasileiros que estréiam nas salas de cinema do país e que teimam em estagnar a nossa indústria cinematográfica, sem apresentar algum elemento novo e inovador, que a coloque no mesmo patamar de outras escolas latino-americanas, como, por exemplo, a Argentina – que no cinema ainda ganha de nós de goleada.
Cotação: 2,0
Crédito Foto: Yahoo! Cinema
9 comments:
Kamila,
1.) Não vi o filme, mas será que a Alinne Moraes se saiu tão mal assim? Pelo menos, ela é linda...
2.) Concordo especialmente com o seu último parágrafo. Esse filme não vai trazer nada de novo para o cinema nacional, mas isso até tem um lado positivo. Não é muito bom entrarmos com um Cidade de Deus atrás do outro. Além do mais, essas comedinhas brasileiras nos garantem uma despretensiosa boa ida ao cinema. Jamais vou esquecer de Barreto's Bossa Nova, por exemplo.
Abraços e não deixe de conferir no meu blog outro filme nacional (esse sim, com grande contribuição a nossa produção).
Obrigada pelo comentário, Túlio.
A Alinne Moraes está bem no filme, eu só acho que ela errou na escolha dela para estrear no cinema.
Ah, e o filme realmente é bem despretensioso. Dá para se rir em alguns momentos.
É... Quase que eu ia me levando enganado pelo cartaz pra assistir esse filme. Bom, pelo menos algo funciona e é bom nesse filme, né? O cartaz.
Aliás, quero parabenizar os "cartazistas" brasileiros. Muitas vezes eles são mais criativos que os cineastas, hehehehe.
Isso é verdade, Túlio! hehehehehe
Desse filme aí eu passo longe..!!!
Kamila, fica tranquila com os dvds... Se vc quiser deixar com o porteiro durante a semana, eu posso pedir pro meu pai dar uma passada por aí..não esquenta..:) Vc viu todos os filmes?? Depois a gente conversa...
=*
Assisti somente os filmes que eu ainda não tinha visto.
A gente acerta essa devolução nesta semana. Eu te ligo!
legal esses comentários estilo "scrap de orkut"!!!!!
É legal mesmo, Túlio! Mas, deve ser estranho para quem está de fora, pois não deve entender nada do que a gente está falando!
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