Tuesday, December 26, 2006

Eragon (2006)


Desde o sucesso dos filmes da trilogia “O Senhor dos Anéis”, do diretor neozelandês Peter Jackson, os estúdios de cinema têm procurado uma nova franquia no estilo aventura e fantasia. Alguns candidatos já foram apresentados, como “Desventuras em Série”, do diretor Brad Silberling, e “As Crônicas de Nárnia – O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa”, do diretor Andrew Adamson. Agora, chegou a vez de “Eragon”, do diretor Stefen Fangmeier, se submeter ao julgamento do público.

Baseado no livro do jovem prodígio Christopher Paolini, “Eragon” se passa numa terra dominada por um único rei chamado Galbatorix (John Malkovich). Todos os focos de resistência contra o regime se encontram isolados e controlados. Estes grupos persistem pela esperança de que a lenda de que os Cavaleiros do Dragão irão ressurgir se torne realidade.

É isto o que irá acontecer quando o jovem fazendeiro Eragon (Ed Speelers) encontra o que aparenta ser uma pedra preciosa. O tempo irá revelar que, na verdade, a pedra é o ovo de um dragão. O nascimento de Safira (dublada pela atriz Rachel Weisz) é a confirmação de que a lenda era verdadeira e que Eragon dará início a uma nova linhagem de Cavaleiros do Dragão.

Este acontecimento marca o início de duas novas etapas na trama de “Eragon”. A primeira acompanha a transformação do corajoso e tolo Eragon em um grande cavaleiro e mago – tendo como mentor, o ex-cavaleiro Brom (Jeremy Irons). A segunda acompanha a luta do rei Galbatorix e de seu maior “soldado”, o horripilante Durza (Robert Carlyle) – um homem possuído por entidades demoníacas – para impedir que Eragon transforme a lenda em realidade e, em conseqüência disso, coloque o seu domínio em xeque.

O diretor Stefen Fangmeier privilegia muito o desenvolvimento da trama adaptada pelo roteirista Peter Buchman. Poucas são as cenas de combate, mas quando elas acontecem são muito bem feitas e dirigidas. No entanto, o que mais se sobressai em “Eragon” é o seu elenco. De um lado, encontramos atores mais experientes, como John Malkovich, Jeremy Irons, Robert Carlyle e Djimon Hounsou (que interpreta o líder de um dos grupos de resistência ao regime de Galbatorix). Do outro, se encontram atores mais jovens e com pouca experiência, como Ed Speelers, Garrett Hedlund (que interpreta Murtagh, o filho de um Cavaleiro de Dragão que traiu a sua ordem) e Sienna Guillory (que interpreta a princesa Arya). Os mais veteranos, especialmente Carlyle (cujo personagem, sem dúvida alguma, é a melhor coisa de “Eragon”), roubam a cena. Os novatos, por sua vez, não comprometem e Speelers prova que poderá, no futuro, carregar o filme sozinho.

E, assim como em “Desventuras em Série” e “As Crônicas de Nárnia – O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa”, se o material for interessante e conseguir atrair um bom diretor e um elenco competente, “Eragon” tem potencial para se transformar em uma franquia rentável. Entretanto, falta ao filme encontrar-se na grande tela. Existe a necessidade de se afastar um pouco de suas semelhanças com “O Senhor dos Anéis” e, especialmente, “Guerra nas Estrelas”. Para ter sucesso, “Eragon” precisa ter uma identidade própria.

Cotação: 7,0

Crédito Foto: Yahoo! Movies

11 comments:

Wanderley Teixeira said...

Eu acho que a tendência desses filmes de fantasia seje essa mesmo,a de não ter identidade.Todas vêm como cópia de O Senhor dos anéis,até hj naum esqueço das cenas de luta de As Crônicas de Nárnia que foram estendidas para ficar ao estilo dos filmes do Peter Jackson.Espero que A Bússola Dourada do ano que vem naum siga esse estilo,até prq tem Nicole Kidman no elenco e chega de desastres anunciados na carreira da atriz.Com relação a Eragon,a definição de uma sequência será dada com a venda de dvds assim como ocorreu com Nárnia,prq a bilheteria...

Museu do Cinema said...

Realmente Kamila, vc foi muito feliz no inicio do seu texto pontuando mais uma tentativa de Hollywood em ter lucros com franquias.

Depois eles não sabem pq o público de cinema vem diminuindo.

Kamila said...

Wanderley, acho até natural que Hollywood esgote algo que vem dando certo. É natural também que os filmes de aventura e fantasia que vemos agora se inspirem em "O Senhor dos Anéis", mas não precisa se inspirar tão descaradamente como foi o caso de "Eragon", em que algumas cenas parecem ter sido tiradas de "O Senhor dos Anéis". "As Crônicas de Nárnia" tem identidade e voz próprias, ao contrário de "Eragon".

Kamila said...

Cassiano, o público de cinema vem diminuindo por uma simples razão: falta de boas histórias. Tudo parece repetitivo. Para que, então sair de casa para assistir um filme que a gente já viu milhões de vezes? A crise de Hollywood é puramente criativa!

Kamila said...

Túlio, você captou muito bem o espírito da coisa. Falta à "Eragon" identidade. Uma coisa que seja único a ele, que seja meio que a sua marca.

Concordo quando você diz que, em alguns casos, a cópia é melhor que o original. Sem exageros, o primeiro "As Crônicas de Nárnia" é melhor do que "A Sociedade do Anel" e "As Duas Torres" juntos!

Anonymous said...

Vixi, parecido com Senhor dos Anéis, é?
Então, vc já sabe... Odeio filmes com magos, dragões e etc...

Affy Maria, meus ultimos comentários foi só pra dizer que nao gosto dos filmes.

Enfim, achei "As Crônicas..." um filme excelente, muito lindo. Vai ter mais, né? Parece que é uma trilogia tb...

Kamila said...

"Nárnia" deve ter e espero que tenha continuações, pois é o meu filhote de "O Senhor dos Anéis" favorito. :-)

Anonymous said...

Do que gostei mesmo de Eragon foram as atuações: dos veteranos de Hollywood, e até o Ed Speelers atuou muito bem, é um bonito e promissor ator americano.

Kamila said...

As atuações também foram o ponto alto do filme, na minha opinião, Túlio.

Anonymous said...

Eu gostei do filme, foi por isso que resolvi comprar os livros e estou ansioso para ler. Acho que gosto não se discute, e mais importante do que criticar e elogiar, é nos sentirmo felizes e bem, seja lendo um livro ou assistindo um DVD. É muito melhor falar bem daquilo que se gosta, do que gastar energia criticando as coisas. Existem os artistas, que fazem aquilo que gostam. Depois disso surgem os fãs, e os críticos. Será sempre assim. E as coisas continuam, apesar doa bons emaus comentários. Que assim seja.

Anonymous said...

Eu gostei do filme, foi por isso que resolvi comprar os livros e estou ansioso para ler. Acho que gosto não se discute, e mais importante do que criticar e elogiar, é nos sentirmo felizes e bem, seja lendo um livro ou assistindo um DVD. É muito melhor falar bem daquilo que se gosta, do que gastar energia criticando as coisas. Existem os artistas, que fazem aquilo que gostam. Depois disso surgem os fãs, e os críticos. Será sempre assim. E as coisas continuam, apesar doa bons emaus comentários. Que assim seja então...