Baseado no livro do jovem prodígio Christopher Paolini, “Eragon” se passa numa terra dominada por um único rei chamado Galbatorix (John Malkovich). Todos os focos de resistência contra o regime se encontram isolados e controlados. Estes grupos persistem pela esperança de que a lenda de que os Cavaleiros do Dragão irão ressurgir se torne realidade.
É isto o que irá acontecer quando o jovem fazendeiro Eragon (Ed Speelers) encontra o que aparenta ser uma pedra preciosa. O tempo irá revelar que, na verdade, a pedra é o ovo de um dragão. O nascimento de Safira (dublada pela atriz Rachel Weisz) é a confirmação de que a lenda era verdadeira e que Eragon dará início a uma nova linhagem de Cavaleiros do Dragão.
Este acontecimento marca o início de duas novas etapas na trama de “Eragon”. A primeira acompanha a transformação do corajoso e tolo Eragon em um grande cavaleiro e mago – tendo como mentor, o ex-cavaleiro Brom (Jeremy Irons). A segunda acompanha a luta do rei Galbatorix e de seu maior “soldado”, o horripilante Durza (Robert Carlyle) – um homem possuído por entidades demoníacas – para impedir que Eragon transforme a lenda em realidade e, em conseqüência disso, coloque o seu domínio em xeque.
O diretor Stefen Fangmeier privilegia muito o desenvolvimento da trama adaptada pelo roteirista Peter Buchman. Poucas são as cenas de combate, mas quando elas acontecem são muito bem feitas e dirigidas. No entanto, o que mais se sobressai em “Eragon” é o seu elenco. De um lado, encontramos atores mais experientes, como John Malkovich, Jeremy Irons, Robert Carlyle e Djimon Hounsou (que interpreta o líder de um dos grupos de resistência ao regime de Galbatorix). Do outro, se encontram atores mais jovens e com pouca experiência, como Ed Speelers, Garrett Hedlund (que interpreta Murtagh, o filho de um Cavaleiro de Dragão que traiu a sua ordem) e Sienna Guillory (que interpreta a princesa Arya). Os mais veteranos, especialmente Carlyle (cujo personagem, sem dúvida alguma, é a melhor coisa de “Eragon”), roubam a cena. Os novatos, por sua vez, não comprometem e Speelers prova que poderá, no futuro, carregar o filme sozinho.
E, assim como em “Desventuras em Série” e “As Crônicas de Nárnia – O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa”, se o material for interessante e conseguir atrair um bom diretor e um elenco competente, “Eragon” tem potencial para se transformar em uma franquia rentável. Entretanto, falta ao filme encontrar-se na grande tela. Existe a necessidade de se afastar um pouco de suas semelhanças com “O Senhor dos Anéis” e, especialmente, “Guerra nas Estrelas”. Para ter sucesso, “Eragon” precisa ter uma identidade própria.
Cotação: 7,0
Crédito Foto: Yahoo! Movies
11 comments:
Eu acho que a tendência desses filmes de fantasia seje essa mesmo,a de não ter identidade.Todas vêm como cópia de O Senhor dos anéis,até hj naum esqueço das cenas de luta de As Crônicas de Nárnia que foram estendidas para ficar ao estilo dos filmes do Peter Jackson.Espero que A Bússola Dourada do ano que vem naum siga esse estilo,até prq tem Nicole Kidman no elenco e chega de desastres anunciados na carreira da atriz.Com relação a Eragon,a definição de uma sequência será dada com a venda de dvds assim como ocorreu com Nárnia,prq a bilheteria...
Realmente Kamila, vc foi muito feliz no inicio do seu texto pontuando mais uma tentativa de Hollywood em ter lucros com franquias.
Depois eles não sabem pq o público de cinema vem diminuindo.
Wanderley, acho até natural que Hollywood esgote algo que vem dando certo. É natural também que os filmes de aventura e fantasia que vemos agora se inspirem em "O Senhor dos Anéis", mas não precisa se inspirar tão descaradamente como foi o caso de "Eragon", em que algumas cenas parecem ter sido tiradas de "O Senhor dos Anéis". "As Crônicas de Nárnia" tem identidade e voz próprias, ao contrário de "Eragon".
Cassiano, o público de cinema vem diminuindo por uma simples razão: falta de boas histórias. Tudo parece repetitivo. Para que, então sair de casa para assistir um filme que a gente já viu milhões de vezes? A crise de Hollywood é puramente criativa!
Túlio, você captou muito bem o espírito da coisa. Falta à "Eragon" identidade. Uma coisa que seja único a ele, que seja meio que a sua marca.
Concordo quando você diz que, em alguns casos, a cópia é melhor que o original. Sem exageros, o primeiro "As Crônicas de Nárnia" é melhor do que "A Sociedade do Anel" e "As Duas Torres" juntos!
Vixi, parecido com Senhor dos Anéis, é?
Então, vc já sabe... Odeio filmes com magos, dragões e etc...
Affy Maria, meus ultimos comentários foi só pra dizer que nao gosto dos filmes.
Enfim, achei "As Crônicas..." um filme excelente, muito lindo. Vai ter mais, né? Parece que é uma trilogia tb...
"Nárnia" deve ter e espero que tenha continuações, pois é o meu filhote de "O Senhor dos Anéis" favorito. :-)
Do que gostei mesmo de Eragon foram as atuações: dos veteranos de Hollywood, e até o Ed Speelers atuou muito bem, é um bonito e promissor ator americano.
As atuações também foram o ponto alto do filme, na minha opinião, Túlio.
Eu gostei do filme, foi por isso que resolvi comprar os livros e estou ansioso para ler. Acho que gosto não se discute, e mais importante do que criticar e elogiar, é nos sentirmo felizes e bem, seja lendo um livro ou assistindo um DVD. É muito melhor falar bem daquilo que se gosta, do que gastar energia criticando as coisas. Existem os artistas, que fazem aquilo que gostam. Depois disso surgem os fãs, e os críticos. Será sempre assim. E as coisas continuam, apesar doa bons emaus comentários. Que assim seja.
Eu gostei do filme, foi por isso que resolvi comprar os livros e estou ansioso para ler. Acho que gosto não se discute, e mais importante do que criticar e elogiar, é nos sentirmo felizes e bem, seja lendo um livro ou assistindo um DVD. É muito melhor falar bem daquilo que se gosta, do que gastar energia criticando as coisas. Existem os artistas, que fazem aquilo que gostam. Depois disso surgem os fãs, e os críticos. Será sempre assim. E as coisas continuam, apesar doa bons emaus comentários. Que assim seja então...
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