Friday, December 21, 2007

Mandando Bala (Shoot 'Em Up, 2007)

Os personagens do sexo masculino do filme “Mandando Bala”, do diretor e roteirista Michael Davis, não são do tipo troglodita, mas acreditam piamente numa coisa: qualquer problema pode ser resolvido com tiro. E olha que, durante os 93 minutos do filme, vamos ter várias cenas de tiroteio, seja na rua, numa casa de prostituição, num depósito abandonado, numa fábrica de armas, num clube de heavy metal, num avião em pleno movimento. Até no ar os caras começam a atirar para tudo quanto é lado. E tudo isso teve início porque um homem estava no local errado, na hora imprópria.

No decorrer de “Mandando Bala”, conheceremos muito pouco a respeito da verdadeira personalidade do Sr. Smith (Clive Owen). No entanto, o importante é saber que ele tem um gosto estranho por cenouras e salvou uma mulher grávida de um grupo de assassinos. Com a morte dela e com o filho recém-nascido da mesma em suas mãos, ele procura a prostituta Donna Quintano (a atriz italiana Monica Bellucci) e, com ela, começa a fugir do grupo que ele encontrou no início do filme e que tem a liderança de um ótimo e impagável Paul Giamatti.

“Mandando Bala” é um filme que se esforça bastante para parecer completamente diferente de outras películas do gênero de ação. Se, na maioria desse tipo de filme, a gente só tem um – grande – confronto no final entre o mocinho e o bandido, na trama de Michael Davis veremos vários desses embates. O filme tem um tom bastante irônico (várias de suas frases de efeito são inesquecíveis) e brinca o tempo todo com os clichês presentes em filmes desse tipo. “Mandando Bala” só não consegue tirar uma onda com as cenas de ação em si – as do filme são sensacionais, apesar de mentirosas. Este é o “guilty pleasure” do ano.

Cotação: 6,0

Mandando Bala (Shoot 'Em Up, EUA, 2007)
Diretor(es): Michael Davis
Roteirista(s): Michael Davis
Elenco: Clive Owen, Paul Giamatti, Monica Bellucci, Stephen McHattie, Greg Bryk, Daniel Pilon, Sidney Mende-Gibson, Lucas Mende-Gibson, Kaylyn Yellowlees, Ramona Pringle, Julian Richings, Tony Munch, Scott McCord, Wiley M. Pickett, Stephen R. Hart

13 comments:

Rogerio said...

To indo hj ver esse filme Kamila, nem vou ler a resenha pra nao contaminar minha opiniao.

Grande Natal pra vc e pra seus familiares, Bjao!!Teh Mais.

Kamila said...

Rogerio, obrigada. Retribuo os votos de Feliz Natal e espero que goste de "Mandando Bala".

Beijos.

Romeika said...

Kamila, parece que vc gostou do filme, apesar de ter achado o resultado regular, estou errada? A resenha soou mais como um 70, apesar das ressalvas que vc faz. Bom fds e Feliz Natal!

Otavio Almeida said...

O filme é legal, mas esquecível. É mesmo um "guilty pleasure".

Bjs!

Kamila said...

Romeika, achei um filme divertido. Um "guily pleasure" mesmo. Obrigada e Feliz Natal!!!

Otavio, você resumiu bem o filme.

Beijos.

Marfil said...

Esse passou batido, mas o Vinicius gostou e agora vc...Acho que vou alugar em DVD!

André Renato said...

O que você achou de Rastros de Ódio? É um dos meus filmes prediletos (top 5) e um dos maiores de todos os tempos (top 10), na minha opinião...

Bjos e boas festas!

Kamila said...

Marfil, este é o tipo de filme que funcionará de maneira perfeita em DVD.

Andros, gostei do filme. Acho que eu tinha expectativas maiores em relação à "Rastros de Ódio", mas o filme não foi uma decepção nesse sentido. A cena final com o John Wayne carregando a sobrinha é muito bonita.

Beijos e aproveito a oportunidade para desejar a todos os visitantes do blog um Feliz Natal!

Anonymous said...

Hehehe, realmente um guilty pleasure. Apesar dos diversos defeitos, consegue divertir graças à satira que faz aos filmes de ação. Além disso, tem um elenco acima da média para esse tipo de produção - destaque para o Owen.

Abraço!

Kamila said...

Vinícius, é verdade. Talvez por isso mesmo a gente fique com essa idéia na cabeça: mas Paul Giamatti, Clive Owen e Monica Bellucci numa "bomba" dessas? :-)

Wanderley Teixeira said...

Não apreciei Mandando Bala como a maioria dos cinéfilos, não.Fora a atuação de Clive Owen, novamente muito bem, naum vi motivo algum para o alarde.Alguns momentos são bons, mas acho q até os escapismos precisam de uma certa motivação para existir, falta coesão e bom senso.

Anonymous said...

Guilty pleasure! E dos bons. Admirei muito a ousadia do longa, mas por outro lado, é a extravagancia que muitas vezes incomoda. Giamatti, o vilão perfeito!

Nota 7,0

Kamila said...

Wanderley, isso é verdade. Falta coesão e bom senso a este filme. Mas, discordo quanto ao resto. O filme é uma diversão escapista bem legal.

Concordo plenamente, Wally.