Wednesday, August 09, 2006

Sentinela (The Sentinel, 2006)


Quem nunca ouviu falar do Serviço Secreto dos Estados Unidos, com certeza achará os trinta primeiros minutos de “Sentinela”, filme do diretor Clark Johnson (“S.W.A.T. – Comando Especial”), bastante didáticos. Neles, são apresentados a função principal dos agentes do Serviço Secreto norte-americano: cuidar da segurança do presidente do país (David Rasche) e de sua família. Um dos agentes mais experientes e importantes da atual equipe do Serviço Secreto é Pete Garrison (Michael Douglas, que também é o produtor do filme).

Pete Garrison se torna o inimigo número um de seus companheiros de trabalho – especialmente do agente David Breckinridge (Kiefer Sutherland, o Jack Bauer da popular série “24 Horas”) e da novata Jill Marin (Eva Longoria, a Gabrielle Solis do seriado “Desperate Housewives”) – depois que a morte do agente Charlie Merriweather (interpretado pelo próprio diretor do filme Clark Johnson) revela um plano para assassinar o presidente dos Estados Unidos. A partir deste momento, a trama de “Sentinela” se divide no retrato de duas guerras: a maior, que é travada pela equipe do Serviço Secreto para evitar a morte do presidente e conseguir a prisão de Garrison; e uma segunda guerra a ser travada de maneira particular (mas nem por isso menos importante do que a primeira) por Garrison para provar a sua inocência e evitar que o seu romance com a primeira-dama dos Estados Unidos (Kim Basinger) seja descoberto.

Após assistir “Sentinela”, você provavelmente ficará com a sensação de que já viu algum filme parecido com esse antes. Um deles é “Na Linha do Fogo”, do diretor Wolfgang Petersen, que coloca Clint Eastwood como um agente do Serviço Secreto que tem que superar suas próprias limitações físicas (decorrentes de sua idade) e mentais para evitar a morte do presidente dos Estados Unidos em um atentado. O diretor Clark Johnson compensa a mesmice de seu roteiro com uma direção segura e que mantém o clima de tensão desde a primeira cena até à conclusão do maior conflito de “Sentinela”. É bom também prestar atenção aos vários erros presentes em “Sentinela” – podem-se notar equívocos de continuidade (especialmente numa cena em que a personagem de Eva Longoria começa vestindo uma roupa e termina com outra) e, principalmente, de construção do roteiro (os agentes do Serviço Secreto conseguem antever cada passo que o presidente dos Estados Unidos dá, mas não conseguem perceber que a primeira-dama estava tendo um caso extraconjugal?).

Cotação: 4,5

Crédito Foto: Yahoo! Movies

2 comments:

Anonymous said...

Gostei do filme, mas muito nada a ver aquele "romance" do Pete com a primeira-dama. Coisa artificial da po**a eles dizendo que "se amavam". Mas a trama vale a pena... Quando sair em DVD, vou assistir novamente para detectar o erro q vc falou. hehehe.

Kamila said...

O erro de continuidade é logo na primeira cena da Eva Longoria no filme. Quando ela entra na sala do agente Breckinridge ele reclama da blusa colada que ela está usando. Na cena seguinte, que dá continuidade a que estávamos assistindo, a personagem da Eva já está vestida com uma blusa mais composta.