Em 1955, quando dava uma entrevista ao programa “Person to Person”, que era apresentado pelo jornalista Edward R. Murrow (o mesmo do excelente “Boa Noite, e Boa Sorte”, de George Clooney), o ator Marlon Brando disse que não poderia e nem tentaria descrever quem ele era. O documentário indicado ao Primetime Emmy Awards 2007, “Brando”, das diretoras Mimi Freedman e Leslie Greif, e que foi produzido pelo canal Turner Classic Movies, tenta oferecer uma resposta mais digna a este questionamento.
O filme – através de depoimentos do próprio Marlon Brando, de familiares, de amigos, colegas de trabalho e admiradores – conta um pouco sobre a tumultuada vida pessoal do ator e fala bastante sobre seu trabalho no cinema e no teatro. Dando um enfoque mais que especial ao impacto que a sua maneira de atuar iria causar em toda uma nova geração de atores norte-americanos – dentre os quais podemos destacar os nomes de Robert de Niro, Meryl Streep, Al Pacino e Robert Duvall (que são descendentes diretos de Brando e, por si sós, influências aos atores da atualidade).
No documentário, as diretoras destacam também as circunstâncias que fizeram de Marlon Brando o maior ator norte-americano de todos os tempos. Na realidade, ele deve este título a dois encontros muito especiais. O primeiro deles, com Stella Adler, a descobridora do Método ensinado por escolas como o Actors Studio, e que foi a grande professora e mentora do ator. O segundo deles, com o diretor Elia Kazan, com quem Brando realizaria trabalhos relevantes – tanto no cinema, como no teatro – e com quem o ator alcançaria um nível de atuação que ele só conseguiria repetir naquela que foi a sua grande volta depois de vários fracassos consecutivos, no filme “O Poderoso Chefão”, de Francis Ford Coppola.
A maior qualidade de “Brando” reside no fato de que o documentário parece uma reunião de amigos que se sentam juntos para relembrar alguém que eles amavam e com quem se divertiam bastante. As histórias que nomes como Elia Kazan, James Caan, Robert Duvall, Al Pacino, Arthur Penn, Johnny Depp, Cloris Leachman e seu marido George Englund, entre outros, compartilham conosco são deliciosas e oferecem toda uma nova perspectiva sobre o mito que Marlon Brando é. No entanto, nenhuma dessas intervenções se compara às que são feitas pelo ator John Turturro – um grande fã de Brando e que parece uma criança falando de alguém que é mais que um ídolo para ele. O brilho nos olhos de Turturro ao falar de Marlon Brando é a maior prova do legado que o ator deixou para toda uma série de pessoas que entram em contato com a sua obra.
Cotação: 7,0
Brando (2007)
Direção: Mimi Freedman e Leslie Greif
Roteiro: Mimi Freedman
Com os depoimentos de: Marlon Brando, Ellen Adler, Jane Fonda, George Englund, John Turturro, Al Pacino, Martin Landau, Dennis Hopper, Johnny Depp, Karl Malden, Eli Wallach, Quincy Jones, Cloris Leachman, Jon Voight, Tennessee Williams, Martin Scorsese, Budd Schulberg, Arthur Penn, Sean Penn, Edward Norton, Harry Dean Stanton, John Gielgud, entre outros.
O filme – através de depoimentos do próprio Marlon Brando, de familiares, de amigos, colegas de trabalho e admiradores – conta um pouco sobre a tumultuada vida pessoal do ator e fala bastante sobre seu trabalho no cinema e no teatro. Dando um enfoque mais que especial ao impacto que a sua maneira de atuar iria causar em toda uma nova geração de atores norte-americanos – dentre os quais podemos destacar os nomes de Robert de Niro, Meryl Streep, Al Pacino e Robert Duvall (que são descendentes diretos de Brando e, por si sós, influências aos atores da atualidade).
No documentário, as diretoras destacam também as circunstâncias que fizeram de Marlon Brando o maior ator norte-americano de todos os tempos. Na realidade, ele deve este título a dois encontros muito especiais. O primeiro deles, com Stella Adler, a descobridora do Método ensinado por escolas como o Actors Studio, e que foi a grande professora e mentora do ator. O segundo deles, com o diretor Elia Kazan, com quem Brando realizaria trabalhos relevantes – tanto no cinema, como no teatro – e com quem o ator alcançaria um nível de atuação que ele só conseguiria repetir naquela que foi a sua grande volta depois de vários fracassos consecutivos, no filme “O Poderoso Chefão”, de Francis Ford Coppola.
A maior qualidade de “Brando” reside no fato de que o documentário parece uma reunião de amigos que se sentam juntos para relembrar alguém que eles amavam e com quem se divertiam bastante. As histórias que nomes como Elia Kazan, James Caan, Robert Duvall, Al Pacino, Arthur Penn, Johnny Depp, Cloris Leachman e seu marido George Englund, entre outros, compartilham conosco são deliciosas e oferecem toda uma nova perspectiva sobre o mito que Marlon Brando é. No entanto, nenhuma dessas intervenções se compara às que são feitas pelo ator John Turturro – um grande fã de Brando e que parece uma criança falando de alguém que é mais que um ídolo para ele. O brilho nos olhos de Turturro ao falar de Marlon Brando é a maior prova do legado que o ator deixou para toda uma série de pessoas que entram em contato com a sua obra.
Cotação: 7,0
Brando (2007)
Direção: Mimi Freedman e Leslie Greif
Roteiro: Mimi Freedman
Com os depoimentos de: Marlon Brando, Ellen Adler, Jane Fonda, George Englund, John Turturro, Al Pacino, Martin Landau, Dennis Hopper, Johnny Depp, Karl Malden, Eli Wallach, Quincy Jones, Cloris Leachman, Jon Voight, Tennessee Williams, Martin Scorsese, Budd Schulberg, Arthur Penn, Sean Penn, Edward Norton, Harry Dean Stanton, John Gielgud, entre outros.
10 comments:
Olá Kamila, sem dúvida Marlon Brando foi um grande ator e um dos maiores de todos os tempos!
Segue abaixo a lista dos 18 filmes que vi dele até então:
2001 - A Cartada Final
1997 - O Bravo
1996 - A Ilha do Dr. Moreau
1995 - Don Juan de Marco
1990 - Um Novato na Máfia
1979 - Apocalypse Now
1978 - Superman - O Filme
1972 - Último Tango em Paris
1972 - O Poderoso Chefão
1967 - O Pecado de Todos Nós
1967 - A Condessa de Hong Kong
1966 - Caçada Humana
1961 - A Face Oculta
1957 - Sayonara
1956 - Casa de Chá do Luar de Agosto
1954 - Sindicato de Ladrões
1954 - O Selvagem
1951 - Uma Rua Chamada Pecado
Meus 10 favoritos são esses:
1- "O Poderoso Chefão"
2- "Apocalypse Now"
3- "Uma Rua Chamada Pecado"
4- "Sindicato de Ladrões"
5- "O Selvagem"
6- "A Face Oculta"
7- "O Pecado de Todos Nós"
8- "Último Tango em Paris"
9- "Caçada Humana"
10- "Superman - O Filme"
Abs!
Diego, concordo. Acho que, junto do Laurence Olivier, o Marlon Brando foi o maior ator que o mundo já viu.
Assisti aos filmes dele mais famosos. De todos o que assisti, o meu favorito é "Sindicato dos Ladrões" e depois vêm "Uma Rua Chamada Pecado" e "O Poderoso Chefão".
Belo post, Brando é o cara!
Esse documentário deve ser tão difícil de encontrar, não é?
Puxa, preciso assistir os filmes antigos do Brando. Sindicato dos Ladrões e Uma Rua Chamada Pecado serão os primeiros da lista.
Não sabia que esse filme já tinha saído! Adoro o Brando e não vejo a hora de conferir a boigrafia dele. Para mim, a imagem dele saindo da penumbra como Colonel Walter E. Kurtz é muito forte!
Bjs.
Kamila, se não me engano esse filme estreou num dos festivais de cinema daqui, mas nenhum passsou em Aarhus. Pra os admiradores do ator, deve valer muito a pena assistir. Interessante saber o que tantos atores e cineastas têm a dizer sobre ele.
Oi Kamila, vai passar de novo no TCM?
Te falei que ia ser 2 a 1, querida! Não sofra mais! Junte-se a nós! Pq ainda há tempo...
Bjs!
Ramon, este documentário está passando neste mês no canal da tevê por assinatura TCM. Estreou no domingo passado. Eu gosto muito do Marlon Brando. Assisti aos filmes mais famosos dele. Preciso entrar em contato com as outras obras que ele fez.
Dudu, eu acho que o Marlon Brando é um ator cheio de imagens fortes nas mentes dos cinéfilos. O documentário saiu neste mês no TCM. Passou também na Mostra de SP. E espero que continue passando no canal.
Romeika, acho que o filme é imperdível para cinéfilos em geral pela importância do Brando e pelos depoimentos.
Otavio, olhei no site do TCM, mas a programação ainda não está atualizada. E, você acertou os dois resultados de ontem. 2 a 1 no Maracanã. E 3 a 0, no Morumbi. Estou começando a me conformar da dura realidade de ver meus dois times na segundona, em 2008....
Beijos.
Marlon Brando, grande nome, tinha ouvido falar nesse filme Kamila, mas nunca tive oportunidade de assistir! Gostaria muito!
Sem dúvida um dos maiores nomes do cinema, mas não conheço muito bem seus trabalhos - dos mais consideráveis, vi apenas "O Poderoso Chefão". Se for lançado em DVD, com certeza devo conferir.
Abraço! ;-)
Cassiano, se tiver TCM, você tem uma ótima oportunidade para assistir ao filme.
Vinícius, também não conheço muito sobre o Brando. Somente assisti aos seus filmes mais famosos e aos de sua fase final. Fiquei curiosa para assistir aos outros filmes dele depois de assistir ao documentário.
Abraços.
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