Em 1969, estreou nos cinemas de todo o mundo, um road movie chamado “Sem Destino”, dirigido por Dennis Hopper (que co-escreveu o roteiro do filme ao lado de Peter Fonda e Terry Southern). O filme contava a história de dois jovens chamados Billy (Hopper) e Wyatt (Fonda) que – após conseguirem um bom dinheiro com venda de drogas – decidem tomar a estrada com suas motos, em busca de liberdade e da cidade de Nova Orleans (mais precisamente, da popular festa do Mardi Gras, o carnaval de lá). “Sem Destino”, além de ter causado um impacto na indústria cinematográfica da época, foi um marco da cultura dos anos 60, com seus ideais de liberdade sexual e de muito rock ‘n roll.
Os tempos atuais são bem diferentes e os motoqueiros não são mais os mesmos. Em “Motoqueiros Selvagens”, do diretor Walt Becker, encontramos o grupo formado por: Doug Madsen (Tim Allen), Woody Stevens (John Travolta), Bobby Davis (Martin Lawrence) e Dudley Frank (William H. Macy). Eles são pessoas que vivem presas à sua rotina inflexível e que encaram o motociclismo como um hobby de final de semana. Num anseio de fugir de todo o marasmo de seus dia-a-dia (Doug vive para o trabalho, Woody está falido, Bobby é dominado pela esposa e Dudley é um nerd sem vida amorosa), eles decidem partir em uma viagem com suas motos, sem destino prévio – cujo princípio maior será o lema: “iremos aonde a estrada nos levar”.
No entanto, ao contrário de “Sem Destino”, “Motoqueiros Selvagens” não é um filme que tem como objetivo fazer um retrato de uma juventude ou de um determinado momento da cultura. O filme de Walt Becker é uma comédia, que coloca o seu grupo de motoqueiros em situações desconfortáveis, como o encontro com o policial interpretado por John C. McGuinley (do seriado “Scrubs”) e com um grupo de motoqueiros barra-pesada liderado por Jack (Ray Liotta). Ao mesmo tempo, o filme coloca os quatro amigos em uma cidadezinha do interior, aonde eles irão achar tudo aquilo que estavam procurando.
“Motoqueiros Selvagens” tem alguns bons momentos e todos eles acontecem no segundo ato do filme, quando Doug, Woody, Bobby e Dudley estão na cidade de Madrid (não confundir com a capital espanhola), participando de uma festa temática e tentando fugir das encrencas que arrumaram com o grupo de Jack. No mais, o filme repete uma série de clichês dos filmes que abordam a situação de homens que estão em uma crise de meia-idade e que querem reencontrar a imprevisibilidade da juventude. “Motoqueiros Selvagens” pode não ser uma obra permanente como “Sem Destino”, mas, definitivamente, não vai passar vergonha dentre os lançamentos do ano de 2007.
Cotação: 4,0
Motoqueiros Selvagens (Wild Hogs, EUA, 2007)
Diretor(es): Walt Becker
Roteirista(s): Brad Copeland
Elenco: Tim Allen, John Travolta, Martin Lawrence, William H. Macy, Ray Liotta, Marisa Tomei, Kevin Durand, M.C. Gainey, Jill Hennessy, Dominic Janes, Tichina Arnold, Stephen Tobolowsky, Jason Sklar, Randy Sklar, Drew Sidora
Os tempos atuais são bem diferentes e os motoqueiros não são mais os mesmos. Em “Motoqueiros Selvagens”, do diretor Walt Becker, encontramos o grupo formado por: Doug Madsen (Tim Allen), Woody Stevens (John Travolta), Bobby Davis (Martin Lawrence) e Dudley Frank (William H. Macy). Eles são pessoas que vivem presas à sua rotina inflexível e que encaram o motociclismo como um hobby de final de semana. Num anseio de fugir de todo o marasmo de seus dia-a-dia (Doug vive para o trabalho, Woody está falido, Bobby é dominado pela esposa e Dudley é um nerd sem vida amorosa), eles decidem partir em uma viagem com suas motos, sem destino prévio – cujo princípio maior será o lema: “iremos aonde a estrada nos levar”.
No entanto, ao contrário de “Sem Destino”, “Motoqueiros Selvagens” não é um filme que tem como objetivo fazer um retrato de uma juventude ou de um determinado momento da cultura. O filme de Walt Becker é uma comédia, que coloca o seu grupo de motoqueiros em situações desconfortáveis, como o encontro com o policial interpretado por John C. McGuinley (do seriado “Scrubs”) e com um grupo de motoqueiros barra-pesada liderado por Jack (Ray Liotta). Ao mesmo tempo, o filme coloca os quatro amigos em uma cidadezinha do interior, aonde eles irão achar tudo aquilo que estavam procurando.
“Motoqueiros Selvagens” tem alguns bons momentos e todos eles acontecem no segundo ato do filme, quando Doug, Woody, Bobby e Dudley estão na cidade de Madrid (não confundir com a capital espanhola), participando de uma festa temática e tentando fugir das encrencas que arrumaram com o grupo de Jack. No mais, o filme repete uma série de clichês dos filmes que abordam a situação de homens que estão em uma crise de meia-idade e que querem reencontrar a imprevisibilidade da juventude. “Motoqueiros Selvagens” pode não ser uma obra permanente como “Sem Destino”, mas, definitivamente, não vai passar vergonha dentre os lançamentos do ano de 2007.
Cotação: 4,0
Motoqueiros Selvagens (Wild Hogs, EUA, 2007)
Diretor(es): Walt Becker
Roteirista(s): Brad Copeland
Elenco: Tim Allen, John Travolta, Martin Lawrence, William H. Macy, Ray Liotta, Marisa Tomei, Kevin Durand, M.C. Gainey, Jill Hennessy, Dominic Janes, Tichina Arnold, Stephen Tobolowsky, Jason Sklar, Randy Sklar, Drew Sidora
15 comments:
A idéia é muito boa. Como é possível perceber, todo dia milhares de pessoas compram suas motas em busca desse ideal de liberdade tão consagrado por filmes como o citado Sem Destino. Porém essas pessoas tem vidas pacatas como pais de família, empresários ou executivos de empresas, sendo que na maioria das vezes são
totalmente responsáveis, algo que não encaixa muito com a idéia de vagar no mundo em cima de uma motocicleta.
No fim, é uma diversão que a ilusão criada por Hollywood serve como um falso enredo da "aventura" desses motoqueiros de final de semana.
O filme deve fazer boa sátiras disso, pois o trailer já traz algumas piadas pastelão do gênero.
Não é uma prioridade, mas ainda irei assistir o filme.
Ai eu pergunto, ou o John Travolta quer afundar novamente a carreira para Tarantino vir salva-lo, ou ele agora quer curtir conosco. O problema é ver nomes do quilate de H. Macy e Marisa Tomei numa bomba dessa.
Bem ...
o tema pode até funcionar mas ... precisas de uma nota tão abaixo do que vc descreveu durante a sua resenha ...
mas tudo bem ... se um dia alguem me emprestar ... irei assistir ...
Que filme sem graça!
Tá... tem alguns momentos aqui e ali (acho que só dei risada msm, no final com o Extreme Makeover xD)
Mas todo mundo gosta deles, então tá valendo né...
Boa Semana!
É mais ou menos isso que vc disse que tb acho. É um filme cheio de clichês, sem novidade alguma, roteiro com alguns furos, mas ainda assim divertido. Concordo com a nota. Destaque o H. Marcy.
Kamila, lembro que antes da estréia desse filme, eu vi alguns nomes do elenco e pensei - "talvez seja bom!", mas foi só ver o trailer e a sinopse pra eu cair fora. Nunca vi "Sem Destino", mas legal essa sua comparação. Vi que vc viu "Zodíaco", o que achou?
Esse é aquele tipo de filme que eu nunca verei na minha vida!
:P
Eu odiei profundamente o filme. Achei principalmente sem graça, e quando existe humor, é do mais batido e besta possível. Discordo quanto ao que você disse no último parágrafo. Na minha opinião, o filme começa razoavel e despenca completamente no segundo ato, onde o melodrama e o fraquíssimo roteiro vem a tona. Martin Lawrence é um caso perdido, como Tim Allen também é. John Travolta ainda guardo esperanças e deveria escolher seus papéis melhor, fiquei triste mesmo é de William H. Macy passando vexame. Única coisa realmente válida no filme é a trilha sonora, da qual gostei bastante.
Nota 3,0
Achei um filme bem mais ou menos, kamila. O elenco é até bom, mas a direção e o roteiro são fraquinhos demais. tem muita piada repetida nesse meio, algumas bastante previsiveis também.
Serve como diversão (beeem) descompromissada.
Ramon, o filme tem situações bem bestas mesmo, como as que acontecem quando o grupo contracena com o policial que vive os encontrando na estrada.
Cassiano, do Travolta, do Allen e do Lawrence; eu esperava que estivessem nesse filme. Mas, o William H. Macy realmente foi uma decepção. Acho que a Marisa Tomei deveria ir atrás de materiais mais interessantes. Mas, ela não consegue acertar, de jeito nenhum.
Arthur, eu adorei aquele final com o "Extreme Makeover: Home Edition". Maior tiração de onda, impossível!
Luciano, o Macy é mesmo o maior destaque do elenco. Gostei também do Tim Allen. Acho que pela primeira vez eu gosto dele em um filme.
Romeika, "Zodíaco" foi uma pequena decepção que eu tive. Mas, esse é um assunto para os próximos posts...
Wally, a trilha sonora do filme é ótima mesmo (aquela música do Bon Jovi, nos créditos finais, é bem bonitinha). No mais, como eu disse para o Luciano, gostei do Allen e do Macy. O resto é para descartar mesmo.
Gustavo, serve como uma diversão bem descompromissada mesmo.
Ah, quero ver essa bobagem. Não sabia que já tinha chegado às locadoras. Assisti a VENUS neste fim de semana... não gostei não. E SUNSHINE... o horror... o horror...
Bjs!
Chegou às locadoras, sim, Otávio. Eu achei "Vênus" um bom filme, mas é muito paradão. E ainda não consegui alugar "Sunshine". Ao que parece, as locadoras de Natal não se interessaram pelo filme.
Beijo.
Ai, Kamila, achei esse filme tão sem graça! Pior que o do Mr. Bean. Parece que "resgataram" esse elenco bem fraco e fizeram uma comédia qualquer para render alguns milhões na bilheteria - aliás não entendo até agora porque fez tanto sucesso. Enfim, esse está entre os dez piores filmes do ano na minha lista.
Abraço!
Vinícius, "Motoqueiros Selvagens" não vai entrar na minha lista de piores do ano. Achei esse filme bem melhor que o do Mr. Bean. E o filme deve ter feito sucesso, nos EUA, porque estreou numa época sem lançamentos muito esperados. Por falta de opção, as pessoas vão atrás de filmes como esse.
aff! hoje em dia esses blogs nao estao mais com nada ... vc pesquisa uma coisa e vem outra totalmente diferente
:/
nam
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