Friday, February 15, 2008

Cloverfield - Monstro (Cloverfield, 2008)

Quando a trama principal de “Cloverfield - Monstro”, filme do diretor Matt Reeves, é apresentada, a gente fica com uma leve impressão de que já assistimos a este filme antes. Pode ter sido na forma de um “Godzilla”, mas, na realidade, a maior influência da película produzida por J.J. Abrams (dos seriados “Lost” e “Alias”) deve ter sido “A Bruxa de Blair”, uma obra que possui o mesmo caráter documental e que nos dá a mesma sensação de agonia ao vermos aquela câmera tremida, com ângulos distorcidos – os quais causaram algum tipo de efeito nauseante em muita gente que se aventurou nas salas de cinema dos Estados Unidos.

O roteiro de Drew Goddard retrata os acontecimentos de uma noite em que a cidade de Nova York será atacada por um monstro do tamanho de um prédio arranha-céu. O poder da criatura é tão grande que o seu primeiro alvo é a Estátua da Liberdade e, aparentemente, ninguém poderá detê-la. No entanto, “Cloverfield – Monstro” adota um estilo narrativo bem interessante, tendo em vista que toda a história do filme é contada do ponto de vista de cinco jovens que estavam dando uma festa de despedida para um amigo que foi transferido para o Japão.

São eles: Marlena Diamond (Lizzy Caplan, do seriado “The Class”), Lily Ford (Jessica Lucas), Hud Platt (T.J. Miller), Rob Hawkins (Michael Stahl-David), Jason Hawkins (Mike Vogel) e Beth McIntyre (Odette Yustman). Todo o filme é contado pelos olhares desses personagens, mais precisamente através do vídeo dos bastidores da festa de despedida de Rob, o qual nos mostrará todas as tentativas deles de sobreviver ao mais aterrorizante acontecimento de suas vidas.

Em seu segundo longa-metragem, o diretor Matt Reeves (que é mais conhecido pelo trabalho na televisão em seriados como “Felicity”, “Homicide – Life on the Streets” e “Gideon’s Crossing”) mostra bastante coragem ao utilizar como fotografia principal as imagens feitas pelo seu elenco. Isto dá autenticidade à “Cloverfield – Monstro”. E é justamente por causa dessa maneira inusitada de filmar que o filme nos chama a atenção. Afinal, como eles conseguiram fazer todos aqueles efeitos com imagens que não são limpas? É um trabalho impressionante e que causa uma angústia enorme na gente – esta última parte é total mérito do elenco, em especial de Michael Stahl-David.

Cotação: 8,5

Cloverfield - O Monstro (Cloverfield, EUA, 2008)
Diretor(es): Matt Reeves
Roteirista(s): Drew Goddard
Elenco: Lizzy Caplan, Jessica Lucas, T.J. Miller, Michael Stahl-David, Mike Vogel, Odette Yustman, Anjul Nigam, Margot Farley, Theo Rossi, Brian Klugman, Kelvin Yu, Liza Lapira, Lili Mirojnick, Ben Feldman, Elena Caruso

20 comments:

Victor said...

Cloverfield foi dos filmes mais agoniantes dos últimos tempos!
Mas achei que ficou faltando o auge do filme, apesar de toda a agonia. Muito embora isso tenha ocorrido pela forma narrativa do filme que destaca um "pedaço" do incidente.
E também achei que o roteiro poderia ter sido um pouco mais complexo em relação ao casal. Eles mostram os 2 na fita, a relação, mas, sinceramente, por mais que o filme siga a busca dele atrás dela, acho que ficou meio solto esse sentimento. Enfim...foi a impressão que me passou na hora.

Mas ainda acho o filme muito bom! Experiência totalmente válida!

Ahhh..meia hora a mais cairia bem! hehe


Beju!

Kamila said...

Victor, eu acho que o ápice do filme acontece próximo do final, quando estamos no Central Park. Não quero descrever a cena para não estragar o prazer daqueles que ainda irão assistir "Cloverfield".

Sobre a relação entre Rob e Beth: acho que o importante nos é dito. Ele a ama e a gente sabe que fará de tudo para salvá-la.

Beijos e bom final de semana!

Alex Gonçalves said...

Olá, Kamila!
Os comentários sobre "Cloverfield - Monstro" tem sido tão amistosos que vão me fazer assistir ao filme amanhã. Gosto bastante do efeito utilizado em "A Bruxa de Blair", onde, de certa maneira, o personagem central é o próprio diretor que nos conduz aos acontecimentos bizarros que estão se sucedendo.

Ah, gostou de "Risco Duplo". Confesso que adoro este filme estrelado pela Ashley Judd, rs.

Tenha uma excelente semana!

Anonymous said...

Dos comentários que vi só o Otavio não gostou muito, portanto estou bem ansioso para conferir esse filme. Adoro "A Bruxa de Blair" e esse estilo documental, por isso estou confiante...

Bom fim de semana!

Kamila said...

Alex, assista e depois venha aqui dizer o que achou de "Cloverfield". Eu AMO "Risco Duplo". Perdi as contas de quantas vezes assisti a este filme. :-)

Vinícius, então, você irá adorar "Cloverfield".

Bom final de semana!

Unknown said...

Decidi assistí-lo, foram muitas críticas boas, além das ruins! :-) Amanhã à tarde tem sessão, estreou aqui, graças a Deus. Depois conto no blog se gostei ou não, ok?
Sua cotação me deixou animado...
Abraço!

Alex Gonçalves said...

Kamila, ainda bem que não estou sozinho em relação de "Risco Duplo", já que me recordo dos péssimos comentários que o filme recebeu no seu lançamento e do quanto ele é odiado até hoje. Gosto tanto que até o comprei recentemente nas locadoras em VHS.

Como devo assistir "Cloverfield" amanhã, dá para retornar rapidinho por aqui. Espero gostar da mesma forma que todos andam gostando.

Anonymous said...

Esse é outro que devo conferir ainda este fim de semana. Vi essa semana A Bruxa de Blair e achei que o estilo funcionou intensamente. Agora só resta ver o novo desastre em Nova York.

Ciao!

Museu do Cinema said...

O Otávio detonou esse filme, eu nem vi mas concordo com ele, e agora leio essa e a do Rogério falando maravilhas...

Kamila said...

Weiner, vou aguardar a sua opinião sobre este filme.

Alex, eu não entendo porque "Risco Duplo" foi tão mal criticado. O roteiro é bom, a Ashley Judd está ótima. O filme sempre funciona quando a gente o assiste.

Wally, eu não gosto muito de "A Bruxa de Blair", mas gosto do estilo documental do filme. Acho que "Cloverfield" é bem melhor do que "A Bruxa de Blair".

Cassiano, bom, é uma questão de gosto. Eu acho que a proposta de "Cloverfield" foi bem cumprida.

Bom final de semana!

Otavio Almeida said...

Obrigado, Cassiano! Kamila, não deu... desculpa :)

Veja SANGUE NEGRO...

Bjs!

Victor said...

É Kamila, você tá certa quanto ao relacionamento dos 2. O que nos mostra já é suficiente sim.
Mas ainda acho que faltou um ápice. Como disse ao Otávio, o filme tem muitos momentos de 'prende a respiração-relaxa-prende-relaxa', mas me faltou um 'prende-prende-prende-prende'. hehe. Um pequeno detalhe apenas.


Beju!

Kamila said...

Otavio, eu quero assistir, mas o filme não estréia por aqui.

Victor, tudo bem, entendo sua opinião.

Beijos.

Pedro Henrique Gomes said...

Terça eu vou, enfim, ver esse tão elogiado monstro.

Abraço!!!

Kamila said...

Pedro, aguardo sua opinião sobre o filme.

Anonymous said...

Adorei o filme!

Correspondeu as minhas expectativas!

Um filme angustiantes, mas que certamente não é pra todos.

Boa Semana!

Rogerio said...

Q bom que gostou tambem Kamila.
O mais legal é que nao tentaram perder tempo explicando nada. Deixa rolar e ponto final. Isso eh que eu acho foi ums dos segredos do sucesso do filme. Podiam de repente ter tentado colocar a turma falando com o exercito e pegando informaçoes, mas seria falso, pq Exercito nao dá info pra civil.É nessas bobagens que eles nao cairam e ficou mt bom.

Bom enfim, minha nota tbm é essa e só nao ganha mais por ter dado akela esticadinha a mais no fim, na cena que vc quis descrever num comment anterior. Por mim tinha acabado ali, e ai ganharia minhas palmas hehe.
Teh mais!!

Kamila said...

Arthur, o filme superou as expectativas que eu tinha em relação à ele.

Rogerio, não acho que 'Cloverfield' se estende demais. Acho que o filme dura o tempo correto. E concordo com a primeira parte de seu comentário.

Pedro Henrique Gomes said...

Havia tempos que não via um filme desse gênero, tão legal quanto Cloverfield. Apesar do começo chato, o filme sempre mantém a tensão do público ao nunca fornecer ao mesmo, uma explicação real do surgimento do tal monstro. A câmera que costuma me irritar, aqui caiu muito bem misturado ao clima de pavor dos nova-iorquinos.
Méritos de Reeves.

7.0
Abraço!!!

Kamila said...

Concordo com o comentário, Pedro.