Há exatamente 61 anos, a escritora inglesa Virginia Woolf se “libertou” após vários anos lutando contra graves crises de depressão. O destino da autora é semelhante ao de muitas outras almas atormentadas da Literatura, mas, assim como acontece com tantos artistas, sua palavra se mantém eterna para aqueles que têm o prazer de entrar em contato com sua extensa obra literária.
Virginia Woolf nasceu em Londres, no dia 25 de Janeiro de 1882, em meio a um ambiente bastante letrado. Ela era a terceira filha do casal Sir Leslie e Julia Stephen (ele era um crítico de literatura e ela era a herdeira da editora Duckworth). Seria impossível negar a influência que tal ambiente teve na vida de Virginia – desde criança, ela começou a se expressar pela escrita, seja através de cartas aos pais ou até mesmo ao redigir a sua primeira crítica literária aos 9 anos. E foi este o início de um longo caminho percorrido por Virginia, que a levaria, mais tarde, à condição de romancista, crítica literária e ensaísta.
Virginia Woolf foi uma escritora que alterou os rumos da narrativa literária no século XX. A grande contribuição que a autora deu para esta forma de arte foi a capacidade que ela tinha de exercer o controle da sua escrita e de penetrar na psicologia e na mente de suas personagens. Nos seus livros, se pode encontrar a boa e clara fluência da escrita séria com os momentos em que ela se deixava levar pelo humor. Ao mesmo tempo, Virginia Woolf transgrediu barreiras ao impor a si mesma um compromisso de sempre fazer experimentos de forma e conteúdo nos seus livros e ao revelar a alma feminina dentro de um campo (literário) no qual predominavam os pontos de vista masculinos (o que fez com que ela também ficasse conhecida como uma das primeiras escritoras a abordar temáticas puramente feministas).
A escritora inglesa foi uma das mais célebres integrantes do grupo Bloomsbury, que teve origem em uma reunião informal entre recém-formados da Universidade de Cambridge (dentre os quais estavam Thoby Stephen, irmão de Virginia Woolf) e evoluiu até ser efetivamente criado, em 1904, por uma série de pessoas que formavam uma vanguarda intelectual como a pintora Vanessa Bell (irmã de Virginia Woolf), o crítico de arte Clive Bell, o economista John Maynard Keynes, o historiador Lytton Strachey, a poeta Vita Sackville-West e o romancista E. M. Forster. Essas pessoas estavam em busca da honestidade intelectual, da verdade e de um ambiente livre de idéias e costumes, por isso mesmo procuraram fugir de qualquer convenção da sociedade.
Muita gente deve conhecer Virginia Woolf através do retrato feito por Nicole Kidman no filme “As Horas” (2002), do diretor Stephen Daldry, o qual rendeu à atriz australiana o Oscar 2003 de Melhor Atriz. Baseado no livro homônimo de Michael Cunningham, “As Horas” faz uma verdadeira homenagem ao estilo Virginia Woolf de se escrever ao colocar em folha e, conseqüentemente, em tela, todas as características de sua linguagem literária (a forma espacial do romance, o tempo da narrativa como o tempo da mente, o fluxo de consciência). O livro/filme é um mergulho nas mentes e nas vidas de três mulheres atormentadas, mas que possuem um algo em comum: a busca pelo sentido de sua existência e por um ideal de felicidade.
No entanto, verdade seja dita: Virginia Woolf foi uma escritora tão à frente de seu tempo que, até hoje, aspirantes a autores se reúnem, anualmente, na cidade de Charleston (local que foi a residência da irmã de Virginia, Vanessa Bell), para estudar seus métodos e suas obras. Como um elemento de curiosidade, uma dessas pessoas foi o escritor Michael Cunningham, que fez do já citado “As Horas” a sua grande homenagem à vida e obra de Virginia Woolf e fez com que tantas outras pessoas também se interessassem pelos livros dela.
O Essencial de Virginia Woolf:
“A Viagem” (1915)
“Noite e Dia” (1919)
“Mrs. Dalloway” (1925)
“Rumo ao Farol” (1927)
“Orlando – Uma Biografia” (1928)
“As Ondas” (1931)
“Entre os Atos” (1941)
Adaptações Baseadas em Obras de Virginia Woolf:
“Golven” (1982)
“Orlando – A Mulher Imortal” (1992)
“Mrs. Dalloway” (1997)
Virginia Woolf nasceu em Londres, no dia 25 de Janeiro de 1882, em meio a um ambiente bastante letrado. Ela era a terceira filha do casal Sir Leslie e Julia Stephen (ele era um crítico de literatura e ela era a herdeira da editora Duckworth). Seria impossível negar a influência que tal ambiente teve na vida de Virginia – desde criança, ela começou a se expressar pela escrita, seja através de cartas aos pais ou até mesmo ao redigir a sua primeira crítica literária aos 9 anos. E foi este o início de um longo caminho percorrido por Virginia, que a levaria, mais tarde, à condição de romancista, crítica literária e ensaísta.
Virginia Woolf foi uma escritora que alterou os rumos da narrativa literária no século XX. A grande contribuição que a autora deu para esta forma de arte foi a capacidade que ela tinha de exercer o controle da sua escrita e de penetrar na psicologia e na mente de suas personagens. Nos seus livros, se pode encontrar a boa e clara fluência da escrita séria com os momentos em que ela se deixava levar pelo humor. Ao mesmo tempo, Virginia Woolf transgrediu barreiras ao impor a si mesma um compromisso de sempre fazer experimentos de forma e conteúdo nos seus livros e ao revelar a alma feminina dentro de um campo (literário) no qual predominavam os pontos de vista masculinos (o que fez com que ela também ficasse conhecida como uma das primeiras escritoras a abordar temáticas puramente feministas).
A escritora inglesa foi uma das mais célebres integrantes do grupo Bloomsbury, que teve origem em uma reunião informal entre recém-formados da Universidade de Cambridge (dentre os quais estavam Thoby Stephen, irmão de Virginia Woolf) e evoluiu até ser efetivamente criado, em 1904, por uma série de pessoas que formavam uma vanguarda intelectual como a pintora Vanessa Bell (irmã de Virginia Woolf), o crítico de arte Clive Bell, o economista John Maynard Keynes, o historiador Lytton Strachey, a poeta Vita Sackville-West e o romancista E. M. Forster. Essas pessoas estavam em busca da honestidade intelectual, da verdade e de um ambiente livre de idéias e costumes, por isso mesmo procuraram fugir de qualquer convenção da sociedade.
Muita gente deve conhecer Virginia Woolf através do retrato feito por Nicole Kidman no filme “As Horas” (2002), do diretor Stephen Daldry, o qual rendeu à atriz australiana o Oscar 2003 de Melhor Atriz. Baseado no livro homônimo de Michael Cunningham, “As Horas” faz uma verdadeira homenagem ao estilo Virginia Woolf de se escrever ao colocar em folha e, conseqüentemente, em tela, todas as características de sua linguagem literária (a forma espacial do romance, o tempo da narrativa como o tempo da mente, o fluxo de consciência). O livro/filme é um mergulho nas mentes e nas vidas de três mulheres atormentadas, mas que possuem um algo em comum: a busca pelo sentido de sua existência e por um ideal de felicidade.
No entanto, verdade seja dita: Virginia Woolf foi uma escritora tão à frente de seu tempo que, até hoje, aspirantes a autores se reúnem, anualmente, na cidade de Charleston (local que foi a residência da irmã de Virginia, Vanessa Bell), para estudar seus métodos e suas obras. Como um elemento de curiosidade, uma dessas pessoas foi o escritor Michael Cunningham, que fez do já citado “As Horas” a sua grande homenagem à vida e obra de Virginia Woolf e fez com que tantas outras pessoas também se interessassem pelos livros dela.
O Essencial de Virginia Woolf:
“A Viagem” (1915)
“Noite e Dia” (1919)
“Mrs. Dalloway” (1925)
“Rumo ao Farol” (1927)
“Orlando – Uma Biografia” (1928)
“As Ondas” (1931)
“Entre os Atos” (1941)
Adaptações Baseadas em Obras de Virginia Woolf:
“Golven” (1982)
“Orlando – A Mulher Imortal” (1992)
“Mrs. Dalloway” (1997)
16 comments:
Kamila, grande ideia essa de homenagear essa grande escritora, adoro esses seus posts literarios.. Dela apenas li "Mrs. Dalloway" e "Um Teto Todo Seu", um ensaio que eu amo e tb consideraria essencial, pois mostra esse lado feminista da escritora, de batalhar pelo reconhecimento das mulheres escritoras nesse meio que sempre foi tao masculino. Acho genial o pensamento dela.
Tenho "Orlando" aqui, mas nunca li, quero muito ler mais dela, fica aqui anotado as suas recomendacoes.
Que fantastico que o cinema pôde então homenagear à altura essa grande escritora.. pelo que vc descreveu, realmente ela era à frente do seu tempo... não conheco nenhuma obra dela, achp que talvez pelo fato de ser mais direcionada para o público feminino...enfim, mas só pela grande intereprtaçao que rendeu para a Nicole Kidman, já dá pra se ter uma idéia de que não é uma escritora qualquer...
beijos
Romeika, obrigada. Eu gostaria de ter lido a obra completa da Virginia, mas pude ler todos os livros lançados no Brasil. O que já é excelente. "Orlando" é um belíssimo livro. Leia logo!
Rodrigo, os livros da Virginia Woolf são bem difíceis de serem adaptados, porque têm nuances bem complexas, mas "Orlando" é um bom filme e tem a Tilda Swinton, no papel que a revelou para o mundo.
Bom final de semana!
Nunca li nada dela, mas conheço o conteúdo de algumas obras. Mais uma ecritora para aumentar a pilha angustiante de livros que tenho para ler... Ai ai ai...
Bjs.
Dudu, recomendo muito a leitura da obra de Virginia Woolf porque os livros dela são muito bons.
Bom final de semana!
Quem tem medo de Virginia Woolf?
Muito boa a postagem Kamila. Para mim que não conheço a obra da Virginia e consequentemente sua história, "As Horas" não gostei muito, foi esclarecedor.
Ainda não vi o filme, mas o livro "Mrs. Dalloway" é empolgante.
Tenho que ler mais a obra dela...
Abraço!!!
Sem dúvida um belo texto, mas nunca conferi nada da Virginia Woolf - tenho muita vontade de ler "Mrs. Dalloway". Abraço!
Eu li apenas Mrs. Dalloway e um que li há muito tempo, na sexta série. Tinha a ver com um arquário, o nome do livro, já que o clímax do livro é o que ela vê por trás do arquário. Gostei de ambos livros. Você ta se lembrando desse últimos?? Tenho certeza que é dela.
E belo post!
Ciao!
Parabéns pela homenagem a uma das grandes escritoras do século passado. Sua obra é realmente maravilhosa. Abraços.
Cassiano, eu não tenho medo de Virginia Woolf. E que bom que gostou do texto.
Pedro, eu também ainda não conferi o filme baseado em "Mrs. Dalloway". Acho, até, que nunca foi lançado no Brasil.
Vinícius, obrigada. Recomendo a leitura de "Mrs. Dalloway".
Wally, obrigada. Não me lembro desse livro do aquário. Fiquei curiosa agora para saber se é da Woolf.
Moacy, obrigada. A Virginia Woolf é minha escritora favorita e fazia tempo que eu queria postar algo sobre ela. O dia de ontem foi perfeito para fazer isso.
Bom final de semana!
Kamila, eu não conheço muito de Virginia Wolf, imfelizmente. O mais próximo que cheguei dela foi assistindo à atuação de Nicole Kidman em "As Horas". E é claro, a partir de então, fiquei tentado a ler "Mrs. Dolloway", que tem numa biblioteca de minha cidade. Mas que sempre fico adiando a leitura, é impressionante!
Abraço!
Weiner, sugiro a leitura da obra de Virginia Woolf, porque ela é uma escritora única.
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