Além da presença de uma heroína machucada emocionalmente, um bom filme de suspense tem que contar com uma criança bastante especial. Quando usam esses seres pequeninos – geralmente ligados a uma imagem de alegria e de que nada de mal pode ocorrer com eles –, as obras do gênero não têm pena deles e os colocam em situações de extrema vulnerabilidade. “O Orfanato”, do diretor J.A. Bayona, usa – e abusa – desses dois elementos para criar uma atmosfera de medo e apreensão.
A personagem principal da obra é Laura (Mireia Renau quando criança e Belén Rueda quando adulta), uma garota órfã que é adotada por uma família e que, tempos depois, já casada com Carlos (Fernando Cayo) e mãe de Simón (Roger Príncep), decide retribuir toda a sorte que teve e compra o antigo orfanato aonde morou, pois pretende transformar a casa em um ambiente no qual crianças com necessidades especiais poderão ser bem tratadas.
Seu próprio filho, Simón, é uma criança com necessidades especiais. Tanto Laura quanto Carlos procuram proteger o menino de duas verdades sobre a sua origem. A primeira: ele é adotado. A segunda: ele é portador do vírus HIV. No entanto, como tantas outras crianças, Simón tem uma característica: o menino tem uma imaginação fértil e é cheio de amigos que só existem em sua mente. Como seus pais são muito presentes em sua vida, permitem que Simón desenvolva sua fantasia da maneira que ele queira.
Para não entregar mais detalhes sobre a trama criada por Sergio G. Sánchez, o importante é saber que o passado de Laura e a imaginação de Simón terão um papel fundamental para o que veremos mais na frente: uma série de acontecimentos estranhos e que terão influência direta na dinâmica familiar que, um dia, foi perfeita.
Filmes como “O Sexto Sentido” e “Os Outros” nos ensinaram a esperar um desfecho surpreendente de longas no gênero de suspense. No entanto, em sua estrutura narrativa, “O Orfanato” é um filme muito convencional e que se aproxima de obras como “Os Mensageiros”. Vai chegar um momento em que você irá se perguntar: mas esse filme não vai terminar nunca? Entretanto, isso – de forma alguma – tira o maior mérito de “O Orfanato”: a performance de Belén Rueda. É por causa dela e da trilha sonora de Fernando Velásquez que o filme, em vários momentos, vai lhe causar aquele friozinho na barriga que a gente tanto espera de obras desse gênero.
Cotação: 6,5
O Orfanato (El Orfanato, México, Espanha, 2007)
Diretor(es): J.A. Bayona
Roteirista(s): Sergio G. Sánchez
Elenco: Belén Rueda, Fernando Cayo, Geraldine Chaplin, Montserrat Carulla, Mabel Rivera, Andrés Gertrúdix, Roger Príncep, Carla Gordillo Alicia, Georgina Avellaneda, Alejandro Campos, Oscar Guillermo Garretón, Edgar Vivar
A personagem principal da obra é Laura (Mireia Renau quando criança e Belén Rueda quando adulta), uma garota órfã que é adotada por uma família e que, tempos depois, já casada com Carlos (Fernando Cayo) e mãe de Simón (Roger Príncep), decide retribuir toda a sorte que teve e compra o antigo orfanato aonde morou, pois pretende transformar a casa em um ambiente no qual crianças com necessidades especiais poderão ser bem tratadas.
Seu próprio filho, Simón, é uma criança com necessidades especiais. Tanto Laura quanto Carlos procuram proteger o menino de duas verdades sobre a sua origem. A primeira: ele é adotado. A segunda: ele é portador do vírus HIV. No entanto, como tantas outras crianças, Simón tem uma característica: o menino tem uma imaginação fértil e é cheio de amigos que só existem em sua mente. Como seus pais são muito presentes em sua vida, permitem que Simón desenvolva sua fantasia da maneira que ele queira.
Para não entregar mais detalhes sobre a trama criada por Sergio G. Sánchez, o importante é saber que o passado de Laura e a imaginação de Simón terão um papel fundamental para o que veremos mais na frente: uma série de acontecimentos estranhos e que terão influência direta na dinâmica familiar que, um dia, foi perfeita.
Filmes como “O Sexto Sentido” e “Os Outros” nos ensinaram a esperar um desfecho surpreendente de longas no gênero de suspense. No entanto, em sua estrutura narrativa, “O Orfanato” é um filme muito convencional e que se aproxima de obras como “Os Mensageiros”. Vai chegar um momento em que você irá se perguntar: mas esse filme não vai terminar nunca? Entretanto, isso – de forma alguma – tira o maior mérito de “O Orfanato”: a performance de Belén Rueda. É por causa dela e da trilha sonora de Fernando Velásquez que o filme, em vários momentos, vai lhe causar aquele friozinho na barriga que a gente tanto espera de obras desse gênero.
Cotação: 6,5
O Orfanato (El Orfanato, México, Espanha, 2007)
Diretor(es): J.A. Bayona
Roteirista(s): Sergio G. Sánchez
Elenco: Belén Rueda, Fernando Cayo, Geraldine Chaplin, Montserrat Carulla, Mabel Rivera, Andrés Gertrúdix, Roger Príncep, Carla Gordillo Alicia, Georgina Avellaneda, Alejandro Campos, Oscar Guillermo Garretón, Edgar Vivar
16 comments:
Hmmm... Você e o Vinicius comentaram sobre os finais intermináveis...
Kamila, quando eu soube deste filme, as imagens de A ESPINHA DO DIABO surgiram na minha mente. O filme é bem diferente?
E não vai me dizer que a conclusão é a mesma de O SEXTO SENTIDO e OS OUTROS??
Beijos!
Otavio, foi isso que comentei no blog do Vinícius. A conclusão de "O Orfanato" não tem nada a ver com "O Sexto Sentido" e "Os Outros". Citei esses dois filmes para falar que "O Orfanato" é bem mais tradicional em sua estrutura, ao contrário dessas duas obras.
E nunca assisti "A Espinha do Diabo", por isso nem posso dizer se o filme é diferente.
Beijos.
Estou querendo ver esse filme a um tempão. Já que está prestes a sair em DVD, vou esperar mais um pouquinho. Se parecer com A Espinha do Diabo já é boa coisa.
Beijo!
Ibertson, eu não sei se "O Orfanato" se parece com "A Espinha do Diabo", mas recomendo que você assista ao filme.
Obrigada pela visita e pelo comentário!
Gosto do cinema espanhol, gostei de "O Orfanato", mas concordo com você que o destaque maior é mesmo da Belén Rueda.
Abraço!!!
Minha nota foi exatamente 6,5, acho que tivemos opiniões semelhantes em relação ao filme. Sem dúvida os grandes destaques são a atuação da Belén Rueda e a trilha sonora - que inclusive é responsável por boa parte dos sustos. Se tivesse uma melhor síntese, sem dúvida me agradaria mais.
Abraço!
Bem ... A Espinha do Diabo é a verdadeira obra prima de Del Toro, já el laberinto, um ótimo filme mas que não merece o hype ... porém O Orfanato é tudo que você já viu que só foi apenas salvo por uma atuação monstruosa, direção competente e uma boa trilha ...
e Otávio, se compreendesse o final de Fauno ... vais ver o replay ...
Kamila... já faz tempo que qeuro ver esse filme, mas nunca me deixaram, hehe - não cheogu pra cá nos cinemas então fico no aguardo de ve-lo nas locadoras...
Gostei do seu comentário, pq até o momemnto só tinha lido elogios sobr eo filme e nada de comentários a respeitod a narrativa.. realmente não curto muito narrativas longas, mas quando vc tem um final interesante, ou sejam bem estruturadas, com artificios que te predam vale o esforço de não ver nucna o filme terminar... espero que sinta isso dele...
beijos
Nao gostei desse filme. Entretanto concordo que a performance da atriz principal eh o seu ponto alto - (parece que ela passou por um drama semelhante na vida real, o que deve ter ajudado na caracterizacao), tb destacaria a direcao de arte e figurino.
Eu acho que eh um filme que se perdeu entre a imaginacao infantil poetica e o terror cliche (ateh ri em algumas cenas "assustadoras"). Se o roteiro tivesse seguido o poetico desde o inicio, teria tudo pra resultar em algo genial.
AInda não me interessei por esse filme, apesar dele ser um sucesso na Espanha!
Pedro, não conhecia a Belén Rueda, e ela me impressionou.
Vinícius, concordo plenamente com seu comentário.
João, isso que você falou é uma pura verdade. "O Orfanato" é até um filme de suspense comum.
Rodrigo, espero que goste de "O Orfanato". Meu maior problema com o filme foi mesmo a extensão da trama, os falsos finais.
Romeika, entendo seu ponto de vista e não sabia que a Belén Rueda tinha passado por algo semelhante em sua vida.
Cassiano, você, que gosta de cinema europeu, tem que assistir a este filme.
Millinha, ela fez também Mar Adentro, ela é a advogada com a doença degenerativa ... a mulher é uma ótima atriz ... pena que entrou para um projeto tão fraco ... acho que tentou imitar Os Outros ou sei lá ...
Eu gostei bem mais dO ORFANATO... Dei um notão para o filme (8,9)Gosto de filme que parecem complicados mas na realidade são simples.
João, não me lembro mesmo da Belén Rueda! Incrível!
E não acho que "O Orfanato" seja um projeto fraco ou tenta imitar "Os Outros". Acredito que o filme passa por um caminho diferente.
Marfil, exatamente. "O Orfanato" é um filme que parece complicado, mas é tão simples.
O Orfanato é meio convencional mesmo, mas muito bem feito, mesmo assim!
Muitíssimo bem feito, André.
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